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Emenda propõe incluir Redex entre beneficiados do Reporto
Da Redação
A Câmara dos Deputados analisa a inclusão dos Recintos Especiais para o Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), entre os beneficiários do programa de isenção fiscal do setor portuário, o Reporto. A proposta integra uma das duas emendas apresentadas pelo deputado federal Alberto Mourão (PSDB-SP), um dos representantes da Baixada Santista no Congresso, à Medida Provisória (MP) nº 556.
A MP foi editada pela presidente Dilma Rousseff em 26 de dezembro último, prorrogando a validade do Reporto (Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária). O programa, que seria encerrado no final do ano passado, foi mantido até 31 de dezembro de 2015.
O regime foi instituído em 2004. Ele permite a importação de equipamentos para o setor com isenção de até 50% na carga tributária.
Atualmente, são beneficiados pelo Reporto terminais portuários, recintos alfandegados de zona secundária, centros de treinamento do setor, operadores ferroviários e empresas de dragagem.
Em sua segunda emenda à MP nº 556, o deputado propôs o fim de valores mínimos para as peças de reposição de equipamentos que podem ser importadas através do Reporto. Hoje, somente se o artigo apresentar um valor aduaneiro superior a 20% do aparelho pronto, a compra pode receber o desconto.
Mourão propôs que, se o valor aduaneiro da peça for inferior a 20%, para aproveitar o Reporto, a empresa que a importa poderá ter de atender “obrigações adicionais”, definidas pelo Governo.
A Tribuna – 10.02.2012
Importações da China encolhem 15% com menor demanda
DA REUTERS, EM PEQUIM
As importações da China tiveram em janeiro a maior queda desde as profundezas da crise financeira global, gerando preocupação de que a demanda possa estar ainda mais fraca que o previsto, apesar da influência sobre os dados do fechamento das fábricas para o ano novo lunar.
As importações desabaram 15,3% em relação a janeiro do ano passado --a maior baixa desde agosto de 2009. As exportações diminuíram 0,5%, no pior resultado desde novembro de 2009, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira.
Embora gerem temor sobre a resiliência da demanda doméstica, que tem protegido a segunda maior economia do mundo da piora das exportações, os dados também são um alerta para a capacidade da China em sustentar a frágil economia global.
"Uma queda de mais de 15% em janeiro não pode ser integralmente explicada pelo calendário lunar, e reforça a opinião de que a produção econômica está mais lenta que os indicadores podem sugerir", disse Ren Xianfeng, economista da IHS Global em Pequim.
Ainda assim, as distorções causadas pelo ano novo lunar deixarão as autoridades hesitantes em agir rapidamente. Analistas esperam que os formuladores de políticas avaliem os números de janeiro e fevereiro combinados antes de decidir se o ligeiro afrouxamento atual deverá ser intensificado.
A grande queda das importações, combinada com o declínio menor das exportações, deixou a China com um superávit comercial de 27,3 bilhões de dólares em janeiro, o maior em seis meses, contrariando expectativas de uma redução.
As exportações para a União Europeia, maior mercado da China, caíram 3,2% em janeiro, no primeiro declínio desde fevereiro do ano passado.
Os embarques para os Estados Unidos subiram 5,5%, desacelerando após a alta de 11,9% registrada em dezembro e marcando o menor ritmo desde fevereiro de 2010.
Folha – 10.02.2012
Sozinho, Brasil não pode romper acordo automotivo com México
MAELI PRADO
DE BRASÍLIA
A despeito das ameaças feitas nos bastidores nas últimas semanas pelo governo, o Brasil não pode, por conta própria, romper o acordo automotivo com o México, em vigor desde 2002. Se desejar sair da parceria, precisará contar com o apoio da Argentina, Paraguai e Uruguai.
Isso porque o primeiro artigo do acordo define como "partes contratantes" do documento Mercosul e México.
Quando o texto se refere à possibilidade de rompimento do acordo, afirma que "a parte contratante que desejar denunciar este acordo deverá comunicar sua decisão à outra parte contratante com 60 dias de antecipação".
Após anunciar a intenção de romper a parceria, o acordo se mantém por um ano antes de ser interrompido.
DEFICIT
A necessidade de revisão do documento surgiu por causa do elevado deficit comercial brasileiro com o país em veículos, que ultrapassou US$ 1,5 bilhão em 2011.
Pelo acordo de 2002, decisões como a alta no IPI para veículos que não tenham 65% de conteúdo regional não valem para o México.
Técnicos mexicanos vieram ao país e mantiveram reuniões com representantes brasileiros nesta semana.
O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) afirmou ontem que as discussões estão em nível preliminar.
Além de ter de convencer os outros integrantes do Mercosul, o Brasil precisa enfrentar a oposição das grandes montadoras se quiser romper o acordo automotivo.
O Itamaraty afirmou que as negociações técnicas com o México serão retomadas nas próximas semanas.
Diversos modelos vendidos no mercado interno são fabricados pelas empresas no México, como o Fusion (Ford), Fiat 500 e Freemont (Fiat), Jetta (Volkswagen), Captiva (GM) e March, Sentra, Tiida e Versa (Nissan).
Folha de São Paulo – 10.02.2012
Brasil e México continuarão a negociar acordo automotivo
REUTERS
Brasil e México não chegaram esta semana a um acordo para salvar o acordo automotivo entre os dois países que movimentou 2,5 bilhões de dólares em 2011, mas concordaram em continuar negociando até o final de fevereiro, informou o governo brasileiro.
O Brasil ameaçou romper o acordo de 2003 que permite o livre comércio de automóveis e peças com o México, diante do déficit comercial com esse país.
Negociadores reunidos esta semana em Brasília voltarão a se encontrar em 28 e 29 de fevereiro na Cidade do México.
"A reunião contribuiu para o esclarecimento de pontos relevantes a respeito da evolução e das perspectivas do relacionamento comercial bilateral no setor automotivo", informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil em comunicado à imprensa.
"Ambos os países estão empenhados em buscar solução satisfatória que atenda aos interesses das duas partes", acrescentou.
O acordo gerou atrito entre as duas maiores economias da América Latina.
Na semana passada, o Brasil ameaçou romper o acordo automotivo a partir de 2013 e pediu que fosse renegociado para incluir caminhões, ônibus e veículos comerciais, com os quais espera equilibrar sua balança comercial com o México.
O México disse que estava disposto a escutar as queixas brasileiras, mas que não havia nada a ser renegociado.
Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse, no entanto, que depois das reuniões desta semana as posições parecem mais convergentes.
"Não foi possível chegar a um acordo esta semana, mas o diálogo continua", afirmou.
Segundo dados do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior do Brasil, o país importou em 2011 automóveis mexicanos totalizando 2,07 bilhões de dólares e exportou ao país automóveis por apenas 373 milhões de dólares.
OESP – 10.02.2012
Nota à Imprensa - Reunião Brasil-México sobre o ACE-55
Em seguimento à conversa telefônica entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente Felipe Calderón, realizou-se em Brasília, de 7 a 9 de fevereiro, reunião de consulta entre o Brasil e o México sobre o Acordo de Complementação Econômica nº 55 (ACE-55).
A reunião contribuiu para o esclarecimento de pontos relevantes a respeito da evolução e das perspectivas do relacionamento comercial bilateral no setor automotivo.
Ambos os países estão empenhados em buscar solução satisfatória que atenda aos interesses das duas as partes.
Está prevista a realização de diálogo contínuo em nível técnico e de novo encontro nos dias 28 e 29 de fevereiro, na Cidade do México, para avançar nas negociações.
MDIC – 10.02.2012
EUA têm maior déficit comercial desde 2008
Álvaro Campos, da Agência Estado
WASHINGTON - O déficit comercial dos EUA subiu pelo segundo mês consecutivo em dezembro, puxado pela alta nos preços do petróleo e nas importações de carros e aviões.
O déficit no comércio internacional de bens e serviços aumentou 3,7%, para US$ 48,80 bilhões, do dado revisado de US$ 47,06 bilhões em novembro, segundo informou hoje o Departamento do Comércio. O déficit comercial de novembro foi divulgado inicialmente como US$ 47,75 bilhões. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam um déficit de US$ 48,5 bilhões em dezembro.
As exportações dos EUA subiram 0,7% em dezembro, para US$ 178,76 bilhões (sem ajuste de inflação), enquanto as importações avançaram 1,3%, a US$ 227,56 bilhões.
No acumulado de 2011, o déficit comercial dos EUA ficou em US$ 558,02 bilhões, o maior nível desde 2008 e 11,6% superior ao déficit de 2010. As exportações avançaram 14,5% em 2011, perto do nível de 15% necessário para atingir a meta do presidente Barack Obama de dobrar as exportações até 2015.
Em dezembro, o preço médio do petróleo bruto importado pelos EUA subiu US$ 1,63 ante novembro, para US$ 104,13 o barril. Juntamente com um aumento no volume comprado, isso elevou os custos com as importações de petróleo para US$ 29,05 bilhões, de US$ 27,29 bilhões em novembro. O volume comprado subiu para 278,9 milhões de barris, de 266,2 milhões de barris.
O relatório do Departamento do Comércio mostra que o déficit real, ajustado pela inflação, que os economistas usam para medir o impacto do comércio externo no PIB, subiu para US$ 47,74 bilhões em dezembro, de US$ 47,02 bilhões em novembro.
China
O Departamento do Comércio dos EUA informou hoje que o déficit comercial do país com a China atingiu o recorde histórico de US$ 295,46 bilhões no ano passado, uma alta de 8,2% ante 2010.
Mas em dezembro de 2011, o déficit dos norte-americanos com os chineses caiu para US$ 23,14 bilhões, um recuo de 13,9% ante novembro. As exportações para a China caíram 2,3% em dezembro, e as importações recuaram 10,8%.
Já as exportações dos EUA para a zona do euro subiram 1,7% em dezembro, mas um aumento ainda maior nas importações elevou o déficit do país com o bloco para US$ 8,52 bilhões, de US$ 8,36 bilhões em novembro.
As informações são da Dow Jones.
OESP – 10.02.2012