quarta-feira, 1 de setembro de 2010


NOTÍCIAS


Balança comercial registra superávit de US$ 2,440 bilhões em agosto

Nos 22 dias úteis de agosto de 2010, o Brasil exportou US$ 19,236 bilhões (média diária de US$ 874,4 milhões) e importou US$ 16,796 bilhões (média diária de US$ 763,5 milhões). Tanto as exportações quanto as importações do mês registraram os valores mais elevados de 2010. No período, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 36,032 bilhões (média diária de US$ 1,637 bilhão) e o superávit (diferença entre exportações e importações) de US$ 2,440 bilhões (média diária de US$ 110,9 milhões).

Na comparação pela média diária, as exportações aumentaram 32,7% em relação a agosto do ano passado, que teve média de US$ 659,1 milhões. Considerando o mesmo período comparativo, as importações cresceram 48,6% (média de US$ US$ 513,7 milhões em agosto de 2009), enquanto o saldo comercial diminuiu 23,7% (média diária de US$ 145,4 milhões, nesse mesmo período).

No comparativo com a média diária das exportações registradas em julho deste ano (US$ 803,3 milhões), houve aumento de 8,8%. A média das importações também cresceu 2,9% sobre a do mês passado (US$ 741,6 milhões), assim como a média do saldo comercial, que teve aumento de 79,8% na comparação com o resultado do mesmo período (US$ 61,7 milhões).

Semanas

Nos cinco dias úteis (23 a 29) da quarta semana do agosto, a balança comercial registrou superávit de US$ 22 milhões (média diária de US$ 4,4 milhões). No período, as exportações foram de US$ 4,295 bilhões (média diária de US$ 859 milhões) e as importações de US$ 4,273 bilhões (média diária de US$ 854,6 milhões). A corrente de comércio alcançou US$ 8,568 bilhões (média diária de US$ 1,713 bilhão).

A quinta semana do mês, com dois dias úteis (30 e 31), teve saldo positivo de US$ 184 milhões (média diária de US$ 92 milhões). As exportações alcançaram US$ 1,774 bilhão (média diária de US$ 887 milhões) e as importações chegaram a US$ 1,590 bilhão (média diária de US$ 795 milhões). A corrente de comércio somou US$ 3,364 bilhões (média diária de US$ 1,682 bilhão).

Ano

No acumulado do ano (167 dias úteis), o saldo comercial foi superavitário em US$ 11,673 bilhões (média diária de US$ 69,9 milhões). Na comparação com a média diária, o saldo é 41,6% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que teve 166 dias úteis e superávit de US$ 19,872 bilhões (média diária de US$ 119,7 milhões).

De janeiro a agosto de 2010, foram exportados US$ 126,096 bilhões (média diária de US$ 755,1 milhões). Na comparação com os US$ 97,934 bilhões (média diária de US$ 590 milhões) do mesmo período de 2009, houve crescimento de 28%, pelo critério da média diária. Nas importações, também pela média, houve aumento de 45,7% em relação aos oito primeiros meses do ano passado, passando de US$ 78,062 bilhões (média diária de US$ 470,3 milhões) para US$ 114,423 bilhões (média diária de US$ 685,2 milhões), este ano.

A corrente de comércio, no acumulado do ano, foi de US$ 240,519 bilhões (média diária de US$ 1,440 bilhão). Na comparação pela media diária, houve crescimento de 35,8%, em relação ao mesmo período de 2009, que teve corrente de comércio de US$ 175,996 bilhões (média diária de US$ 1,060 bilhão).

Coletiva

Às 15h30, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, concede entrevista coletiva no auditório do MDIC para comentar os dados da balança comercial mensal.

Clique aqui para acessar os números preliminares da balança comercial de agosto.

MDIC – 01.09.2010


Real ganha espaço e vira alvo do mercado financeiro

Levantamento do Banco de Compensações Internacionais (BIS), o Brasil tem a maior expansão porcentual de contratos de derivativos nos últimos anos e o mercado de câmbio no País quase triplicou desde 2007

Agência Estado

GENEBRA - O real passou a ser alvo das apostas do mercado financeiro internacional. Segundo levantamento do Banco de Compensações Internacionais (BIS) - o "banco central dos bancos centrais" - o Brasil tem a maior expansão porcentual de contratos de derivativos nos últimos anos e o mercado de câmbio no País quase triplicou desde 2007, com o segundo maior crescimento entre todas as economias emergentes.

O real, segundo o levantamento com dados oficiais e coletados em mais de 1,3 mil agentes financeiros, é uma das duas moedas de emergentes que mais ganharam espaço no mercado mundial de divisas nos últimos três anos. A moeda já é a 20ª mais trocada por esse mercado. Segundo o BIS, o mercado mundial de divisas cresceu 20% entre 2007 e 2010, com contratos fechados em cerca de US$ 4 trilhões por dia. Há três anos, o volume chegava a US$ 3,3 trilhões. Apesar da expansão, ela não ocorreu no mesmo nível do período de 2004 a 2007, quando foi de 72%.

Entre as moedas de países emergentes, o real foi um dos destaques, com o segundo maior crescimento em participação no mercado internacional, atrás apenas da lira turca. A moeda brasileira, que em 2007 representava 0,4% do mercado de divisas, passou a representar 0,7% em 2010. Há 12 anos, a taxa era de apenas 0,2%.

A participação de 0,7% é pequena, principalmente em relação ao dólar, com 85%. Mas o BIS admite que a expansão chama a atenção pela velocidade. O levantamento mostra ainda que o Brasil foi o país onde o mercado de derivativos mais se expandiu nos últimos três anos. Entre 2004 e 2007, o volume negociado diariamente no Brasil caiu de US$ 900 milhões para US$ 100 milhões. Mas neste ano atingiu US$ 7,5 bilhões. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

OESP – 01.09.2010


China seguirá eliminando restrições ao iuane, diz BC

PEQUIMTÓQUIO - A China continuará a relaxar gradualmente as restrições na utilização do iuane, mas mudanças na atual taxa de câmbio não solucionarão os grandes desequilíbrios comerciais do país com os Estados Unidos, afirmou Hu Xiaolian, a vice-presidente do Banco do Povo da China.

Em entrevista ao The Wall Street Journal, Hu disse também acreditar que a economia global continuará a se recuperar - embora lentamente - e que não espera a volta da recessão. "Com certeza, há volatilidade, mas não um duplo mergulho. Mas a recuperação será bastante lenta", disse Hu.

As frustrações com o ritmo da apreciação do iuane contra o dólar crescem novamente nos EUA, desde que a mais recente alteração da política, em junho, não conseguiu produzir nada além da apreciação marginal da moeda chinesa.

Japão

O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de ontem em baixa de 3,55%, a 8.824 pontos, menor nível nem 16 meses, em consequência dos temores da valorização do iene em relação ao dólar e ao euro. O dólar chegou a ser negociado a 84,16 ienes ontem, contra 84,55 na véspera, e o euro a 106,42 ienes, ante 107,07 de segunda-feira.

DCI – 01.09.2010


PF deflagra operação para prender 8 servidores por importação fraudulenta no Rio

DE SÃO PAULO

A Polícia Federal do Rio de Janeiro deflagrou nesta quarta-feira a Operação Poseidon para prender servidores públicos da Receita Federal e empresários por esquema de importação fraudulenta nos portos do Rio de Janeiro. Segundo a PF, estão sendo cumpridos oito mandandos de prisão para a detenção de três auditores fiscais, um guarda portuário, dois empresários e dois despachantes aduaneiros.

Além dos mandados de prisão, há ainda 24 mandados de busca e apreensão.

A investigação, que culminou na operação de hoje, começou há um ano e resultou na identificação de um consórcio criminoso que agia nos portos do Estado. Foram apuradas reincidências de diversos crimes envolvendo a zona portuária, como importação e o desembaraço fraudulento de mercadorias, de acordo com a PF.

Os investigados são acusados de impor aos cofres públicos um prejuízo de dezenas de milhões de reais em sonegação de impostos, além de serem responsáveis pelo contrabando de centenas de toneladas de mercadorias falsificadas de origem chinesa que abasteceriam a máfia da China em São Paulo.

Folha de São Paulo – 01.09.2010


Alemanha adota plano de US$ 100 bilhões até 2014 para sanear finanças

DA FRANCE PRESSE, EM BERLIM

O governo alemão adotou nesta quarta-feira um plano de austeridade de 80 bilhões de euros (US$ 100 bilhões) até 2010 para sanear as finanças públicas, abaladas pela crise.

O plano adotado pelo conselho de ministros prevê cortes nos gastos sociais, em particular na indenização aos desempregados de muito tempo ou no auxílio aos pais.

Também inclui cortes no orçamento de Defesa e a criação de um imposto sobre as passagens de avião com saída da Alemanha, que deve representar um bilhão de euros (US$ 1,27 bilhão) por ano e que foi muito criticado tanto pelas companhias aéreas como pelo aeroportos.

As empresas instaladas na Alemanha participarão no ajuste com um aumento da fiscalização ecológica e uma reforma da legislação sobre falências.

A chanceler Angela Merkel havia apresentado o programa de austeridade em junho. O plano foi muito criticado dentro e fora do país pelos potenciais efeitos negativos sobre a recuperação econômica.

TAXA

Apesar do risco de isolamento na Europa e no resto do mundo, a Alemanha adotou na quarta-feira (28) um projeto de taxa bancária como o objetivo de evitar que o contribuinte pague pelas falências dos bancos, mas a iniciativa pode terminar sendo apenas simbólica.

Os bancos alemães deverão destinar ao Estado uma parte de seus benefícios, segundo a iniciativa, que deve passar primeiro pelo Parlamento até o fim do ano.

A quantia arrecada criará um fundo ao qual será possível recorrer em caso de ameaça de falência de um banco considerado de importância estratégica.

O valor da taxa será proporcional ao tamanho do estabelecimento e ao grau de risco de suas atividades.

A Alemanha é o primeiro país a lançar a ideia de uma taxa deste tipo.

A opinião pública alemã manifestou muita irritação com os valores gastos pelo Estado para resgatar bancos, como por exemplo o do banco especializado no setor imobiliário Hypo Real Estate, que ainda se beneficia de mais de100 bilhões de euros (US$ 126 bilhões) de garantias.

A Alemanha espera convencer outros países a adotar uma iniciativa similar, como uma maneira de preservar a competitividade de seus bancos, mas até o momento apenas a França parece entusiasmada com o projeto.

Folha de São Paulo – 01.09.2010


Porto de Paranaguá tem o melhor mês de julho dos últimos cinco anos

O Porto de Paranaguá registrou em 2010 a maior movimentação de cargas para o mês de julho dos últimos cinco anos. Foram 3,6 milhões de toneladas de mercadorias, entre exportação, importação e cabotagem (navegação pela costa brasileira). Aumento de quase 20% na comparação com o mesmo mês de 2005 – quando foram movimentados cerca de três milhões de toneladas – e 38% maior que o registrado em julho de 2009, quando, mesmo com a crise financeira mundial, foram comercializados 2,6 milhões de toneladas de produtos.

Os números foram divulgados nesta terça-feira pela divisão empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e mostram que, nos sete primeiros meses deste ano, 21.439.910 toneladas de mercadorias entraram ou saíram do Brasil, pelo terminal paranaense.

“A movimentação total já é 14% superior ao mesmo período do ano passado. Significa que nos recuperamos bem dos efeitos da crise que atingiu todo o mercado internacional e que, graças à eficiência dos serviços prestados e as vantagens tarifárias e logísticas, assumimos posição de destaque no cenário mundial, atraindo novos clientes e diversificando os tipos de produtos comercializados”, disse o supertintendente da Appa, Mario Lobo Filho.

O crescimento em relação aos primeiros sete meses de 2009 chega a 34% na movimentação de veículos, quase 25% na de carga geral, 13% de granéis líquidos, 12% de contêineres e cerca de 10% nos granéis sólidos.

CARGAS: Seguindo a vocação graneleira do porto, destaque para a exportação de soja (4,2 milhões de toneladas nos primeiros sete meses do ano); farelos (3,2 milhões de toneladas); e açúcar (1,7 milhões de toneladas em grãos e 206 mil toneladas em sacas).

Também estão entre os produtos mais exportados: carnes congeladas (737 mil toneladas); óleo vegetal (547 mil toneladas); madeira (379 mil toneladas); e papel (201 mil toneladas).

A receita cambial gerada pelo total de exportações feitas através do terminal passou de US$ 7,5 bilhões no acumulado de janeiro e julho do ano passado, quando foram 13,6 milhões de toneladas movimentadas, para quase US$ 8 bilhões no acumulado de 2010, quando foram exportadas 14 milhões de toneladas.

IMPORTAÇÃO: O total de produtos trazidos de outros países para o Brasil via porto de Paranaguá aumentou 60% nos sete primeiros meses deste ano, em comparação com igual período de 2009. Cresceu de 3,4 milhões de toneladas para 5,5 milhões de toneladas.

A movimentação de fertilizantes já é a maior da história do complexo: 3,2 milhões de toneladas. O número movimentado é quase 70% maior que no ano passado (1,9 milhões de toneladas) e a Appa, que disponibiliza dois berços preferenciais em Paranaguá para descarga de navios com este tipo de mercadoria, determinou no mês passado o uso do Porto de Antonina como alternativa para reduzir o tempo de espera das embarcações.

Produtos derivados de petróleo registraram alta de até 64% nas importações, saltando de 299 mil toneladas entre janeiro e julho do ano passado para 490 mil toneladas em 2010. A importação de sal somou 185 mil toneladas nestes sete meses e teve aumento de 25% em relação aos mesmos meses de 2009.

VEÍCULOS E CONTÊINERES: A importação e exportação de veículos, como carros de passeio, caminhões, maquinário agrícola e ônibus, ultrapassaram 86 mil unidades em sete meses e já somam mais que metade do total registrado em todo o ano passado (140 mil automóveis). O Porto de Paranaguá é um dos líderes na movimentação de veículos e responde por aproximadamente 19% das exportações brasileiras.

O número de contêineres movimentados entre janeiro e julho chegou a 391.274 teus (unidades de 20 pés), um aumento de 12% na comparação com 2009. Devido ao bom desempenho, em junho, a Appa determinou a abertura de mais duas janelas públicas de atracação, oferecidas com dia e hora pré-estabelecidos para serviços semanais regulares, além de conseguir, junto à Capitania dos Portos do Paraná, a autorização para que Paranaguá possa receber navios com até 301 metros de comprimento e maior capacidade de carga.

A Tribuna – 01.09.2010

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