terça-feira, 14 de setembro de 2010


NOTÍCIAS


Valorização de moedas locais coloca em risco o crescimento da América Latina

DA FRANCE PRESSE, EM GENEBRA

A valorização das moedas latinoamericanas, em especial do real brasileiro, poderá afetar a competitividade das exportações da região e desacelerar o crescimento desses países em 2011, com um impacto negativo para a reativação mundial, estimou nesta terça-feira a UNCTAD (Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento).

"O perigo, uma vez em certos países latinoamericanos, em particular no Brasil, está vinculado à forte valorização das moedas nos últimos meses", indicou o economista Heiner Flassbeck, ao apresentar o relatório anual da UNCTAD, em Genebra.

De fato, as moedas latinoamericanas não deixam de se reforçar diante do dólar desde o início do ano.

O melhor exemplo desta situação é dado pelo real brasileiro, que alcançou em 10 setembro seu nível mais alto ante a moeda americana, a 1,7202 unidades por dólar.

Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o real valorizou 105,38%, passando de 3,533 por dólar a seu valor atual.

Flassbeck teme que essas apreciações "reduzam as exportações latinoamericanas" por tornarem-se menos competitivas, o que poderia se traduzir numa queda do poder aquisitivo dos consumidores e um crescimento mais frágil nos países da região.

Além disso, uma desaceleração da atividade econômica na América Latina terá consequências no resto do mundo, à medida que nos países desta região e os da Ásia são os que empurram atualmente o crescimento mundial, segundo o informe da UNCTAD.

Com seus volumes de intercâmbios comerciais outras vez nos níveis anteriores à crise o PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina crescerá neste ano 5%, enquanto que o da Ásia registrará um crescimento de 8%, de acordo com as projeções desta agência das Nações Unidas.

De seu lado, o PIB real mundial só crescerá 3,5% em 2010, segundo a UNCTAD, que observa uma nova aceleração do crescimento da produção em quase todas as regiões com exceção da UE (União Europeia).

Mas frente aos cortes orçamentários adotados pelos governos, Flassbeck se mostra menos otimista para 2011 e espera um crescimento entre 2% e 2,5% do PIB.

Folha de São Paulo – 14.09.2040


Balança comercial registra superávit de US$ 159 milhões na segunda semana de setembro

A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 159 milhões, com média diária de US$ 39,8 milhões, nos quatro dias úteis (6 a 12) da segunda semana de setembro de 2010. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 6,017 bilhões, com média diária de US$ 1,504 bilhão.

As exportações, no período, foram de US$ 3,088 bilhões, com média diária de US$ 772 milhões, 11,5% inferior à média de US$ 872 milhões da primeira semana do mês. Houve retração nas vendas das três categorias de produtos.

Nos semimanufaturados (-17,5%), os principais produtos que tiveram queda foram açúcar em bruto, ferro-ligas, couros e peles, catodos de cobre e óleo de soja em bruto. Nos manufaturados (-12,3%) houve redução nas vendas de automóveis, açúcar refinado, aviões, autopeças, suco de laranja, polímeros plásticos e motores/geradores. Nos básicos (-7,8%), a diminuição atingiu petróleo, carne de frango e bovina, café em grão, farelo de soja e milho em grão.

As importações, na segunda semana de setembro, chegaram a US$ 2,929 bilhões, com média diária de US$ 732,3 milhões. Houve queda de 11,3% na comparação com a média da primeira semana (US$ 826 milhões). Ocorreu diminuição dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos/inorgânicos e siderúrgicos, na comparação com a primeira semana do mês.

Mês

No mês, as duas semanas de agosto (sete dias úteis) tiveram exportações de US$ 5,704 bilhões (média diária de US$ 814,9 milhões). Na comparação pela média diária, o valor é 23,4% superior à média de US$ 660,1 milhões que foi registrada em setembro do ano passado.

No período, houve crescimento nas vendas de básicos (38,6%), explicado, principalmente, pelos aumentos em milho em grão, minério de ferro, petróleo, carnede frango, bovina e suína e café em grão. Nos semimanufaturados (21,3%), os destaques ficaram por conta de óleo de soja em bruto, ouro em forma semimanufaturada, açúcar em bruto, couros e peles e catodos de cobre. Nos manufaturados (11%), o aumento se deu em razão de suco de laranja não congelado, automóveis de passageiros, açúcar refinado, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, óleos combustíveis e polímeros plásticos.

Na comparação com agosto deste ano (US$ 874,4 milhões), a média das exportações aferida foi 6,8% menor, com declínio nas vendas de produtos básicos (-13%) e de semimanufaturados (-3,4%). Por outro lado, foi registrado aumento nas vendas de bens manufaturados (0,4%).

As importações, no acumulado mensal, foram de US$ 5,407 bilhões (média diária de US$ 772,4 milhões). Pela média diária, o número é superior em 29,2% à média de setembro de 2009 (US$ 597,8 milhões). Cresceram os gastos com siderúrgicos (109,6%), borracha e obras (68,6%), aeronaves e partes (58,2%), combustíveis e lubrificantes (48,3%), equipamentos mecânicos (37,3%) e veículos automóveis e partes (32,6%).

Já no comparativo com a média verificada em agosto passado (US$ 763,5 milhões), houve aumento de 1,2%, com elevação das compras de aeronaves e partes (70,4%), cobre e suas obras (41,1%), combustíveis e lubrificantes (25,7%), instrumentos de ótica e precisão (12,3%), adubos e fertilizantes (4,1%) e borracha e obras (1,7%).

A corrente de comércio do mês alcançou US$ 11,1 bilhões (média diária de US$ 1,587 bilhão) e o saldo comercial foi superavitário em US$ 297 milhões (média diária de US$ 42,4 milhões). Pelo resultado médio diário, o saldo da balança comercial das duas semanas de setembro reduziu 61,7% na comparação com agosto passado (US$ 110,9 milhões) e 31,9% em relação a setembro de 2009 (US$ 62,3 milhões).

Ano

No acumulado de janeiro a segunda semana de setembro deste ano (174 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 131,8 bilhões (média diária de US$ 757,5 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2009 (US$ 593 milhões), as exportações cresceram 27,7%.

As importações, no acumulado do ano, foram de US$ 119,819 bilhões, com média diária de US$ 688,6 milhões. O valor é 45,2% acima da média registrada no mesmo período do ano passado (US$ 474,2 milhões).

O superávit da balança comercial no ano chegou a US$ 11,981 bilhões, com média diária de US$ 68,9 milhões. O número está 42,1% abaixo da média registrada no mesmo período do ano passado (US$ 118,8 milhões).

A corrente de comércio acumulada no mesmo período totalizou US$ 251,619 bilhões (média diária de US$ 1,446 bilhão). Pela média, o valor foi 35,5% maior que o aferido no mesmo período de 2009 (US$ 1,067 bilhão).

Clique aqui e veja os números completos da segunda semana de setembro.

MDIC – 13.09.2010


A Alca e os complexados

O chanceler Celso Amorim vangloriou-se em Genebra de uma das maiores tolices cometidas pela diplomacia brasileira em várias décadas. Segundo ele, o Brasil ganhou por haver rejeitado em 2003 o projeto de criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A declaração foi feita num seminário sobre segurança internacional. No auditório havia militares e estrategistas americanos e europeus. Alguns deles deviam saber alguma coisa sobre economia e comércio internacional. Devem ter ficado perplexos diante das explicações do ministro brasileiro. Depois, devem ter rido muito.

Segundo o chanceler, a aceitação da Alca teria consolidado a posição da América Latina como quintal dos Estados Unidos. O governo brasileiro, de acordo com seu arrazoado, preferiu promover um novo arranjo regional, trabalhando pela integração sul-americana. Esse trabalho foi realizado, na área comercial, por meio de acordos entre o Mercosul e parceiros da região.

Uma das consequências dessa política, explicou o chanceler, foi a redução da importância do mercado americano como destino das exportações brasileiras. Há oito anos, 26% dos dólares obtidos pelo Brasil no comércio exterior vinham dos Estados Unidos. Hoje essa participação é inferior a 10% (de fato, 9,9% entre janeiro e agosto deste ano).

É fácil perceber o outro lado da história. As exportações do Brasil para os EUA poderiam ter crescido mais do que cresceram nesse período. Entre 2002 e 2008, quando começou a fase aguda da crise, as importações americanas de bens aumentaram 82,6%, segundo o governo americano. Nesse período, as compras de produtos brasileiros cresceram 94,6%. Bom desempenho do Brasil? Nem tanto. Outros países tiraram mais proveito da prosperidade da maior economia do mundo.

Na prática, exportadores brasileiros deixaram de conquistar fatias desse mercado, ocupadas por produtores de várias partes do mundo. Entre os maiores beneficiários estiveram os chineses. Entre 2002 e 2008, suas exportações para os EUA cresceram 170,2%.

Robert Zoellick, principal negociador comercial dos EUA naquela época, havia prevenido: se a Alca fosse criada, os brasileiros teriam alguns anos de vantagem sobre os chineses. Estava certo, mas o presidente Lula havia decidido enterrar o projeto de integração comercial do hemisfério, com a ajuda do governo argentino.

Mas o projeto de integração foi enterrado apenas para alguns países da região. O México já era sócio do Nafta, o acordo comercial dos três países da América do Norte. Sem a Alca, os EUA concluíram acertos comerciais com países do hemisfério. Um dos sul-americanos, o Chile, já se havia antecipado. Suas exportações para os EUA aumentaram 118,2% entre 2002 e 2008. As da Colômbia cresceram 137,8%. Excluídas as quatro maiores economias da região - Brasil, Argentina, México e Venezuela -, as vendas da América Latina e do Caribe para os EUA expandiram-se 112,7% nesses anos.

Ao mesmo tempo, ampliaram-se as exportações dos Estados Unidos para a América Latina. O Brasil não tirou proveito significativo das preferências negociadas com os sul-americanos, até porque nos anos seguintes houve a invasão chinesa. A China tornou-se o maior mercado para produtos brasileiros, mas quase só compra matérias-primas e bens intermediários. Os EUA sempre foram mais importantes para os exportadores brasileiros de manufaturados. Mas Brasília desprezou esse fato e hoje se vangloria de ver o Brasil transformado num grande fornecedor de commodities para a China. Para isso, não seria preciso renunciar à Alca.

O "resto do mundo" também não desprezou o mercado americano. As exportações da Holanda para os EUA aumentaram 119,9% naqueles anos; as da Suíça, 148%; as da Áustria, 119,6%; e as da África do Sul, 147%. Enquanto isso, o Brasil ficou preso a um Mercosul emperrado, sem nenhum acordo internacional importante, enquanto seus parceiros "estratégicos" tratavam de ocupar os mercados do mundo rico. Esses países, sim, não têm complexo de vira-lata.

OESP – 14.09.2010


Retomada da economia desacelera no Brasil, diz OCDE

AE Agencia Estado

GENEBRA - A recuperação da economia brasileira é a que perde mais fôlego entre os 35 principais mercados mundiais e o processo de retomada do crescimento no período pós-crise já teria atingido seu pico. O alerta é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), confirmando que a recuperação mundial está sofrendo uma importante desaceleração e novos incentivos podem ser necessários para evitar que o Produto Interno Bruto (PIB) global volte a estagnar.

Amanhã, a quebra oficial do Lehman Brothers completa dois anos, um incidente que deixou claro que o mundo vivia uma crise. Alguns meses depois da quebra do banco americano, o PIB global se contraía e trilhões de dólares tiveram que ser gastos por governos para salvar o sistema. Mas, diante da pior recessão em 70 anos, o sinal positivo veio dos países emergentes, que teriam resistido à queda.

Agora, a OCDE afirma que o bom momento da economia brasileira pode ter chegado ao seu limite. Segundo a entidade, o Brasil dá "os sinais mais fortes" entre as maiores economias do mundo de que já atingiu seu pico de expansão. A partir de agora, a tendência é a perda de ritmo de crescimento. Outros dois países que vivem a mesma situação do Brasil são o Japão e os Estados Unidos. "Os sinais mais fortes de que a expansão perdeu ritmo surgiram no Japão, nos Estados Unidos e no Brasil", alertou a OCDE, em relatório publicado ontem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OESP – 14.09.2010


Receita e PF deflagram operação de combate ao contrabando na fronteira do Brasil com o Uruguai

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram hoje (14) a Operação Comodoro, com o objetivo de combater o contrabando e o descaminho na fronteira do Brasil com o Uruguai. Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Federal Criminal de Santana do Livramento (RS). O descaminho ocorre quando as mercadorias podem ser legalmente importadas, mas são desviadas para não ter o imposto recolhido. Já o contrabando se caracteriza pela importação ou exportação clandestina de mercadorias proibidas.

Além de Santana do Livramento, os 25 servidores da Receita Federal e 81 policiais federais envolvidos na operação fazem buscas em residências e estabelecimentos comerciais nas cidades de Porto Alegre, Canoas e Caxias do Sul.

De acordo com a Receita Federal, a quadrilha que atuava no transporte de mercadorias descaminhadas, originalmente destinadas à venda nos free shops de Rivera, no Uruguai, trazia ilegalmente os produtos para o Brasil.

Durante a investigação, foram apreendidos R$ 2 milhões em mercadorias, incluindo pneus, carros antigos, queijos, bebidas e perfumes. O prejuízo aos cofres públicos podem chegar a R$ 20 milhões nos últimos 12 meses segunda a Receita Federal.

Edição: Lílian Beraldo

Agência Brasil – 14.09.2010


Brasil reabre operação com títulos da dívida externa de 30 anos

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Tesouro Nacional anunciou hoje (14) que iniciou uma operação para venda de títulos da dívida externa brasileira. Os papéis de longo prazo têm vencimento em 2041 e são em dólar. A última emissão desse tipo de papel com vencimento em 2041 foi em setembro do ano passado.

O governo vende títulos da dívida externa quando precisa, entre outros objetivos, rolar parte da dívida ou criar uma referência do valor de seus papéis e de empresas brasileiras no exterior.

O Tesouro informou também que os títulos serão emitidos nos mercados norte-americano e europeu, mas, dependendo da evolução da operação, poderão ser oferecidos ao asiático.

Haverá uma divulgação de resultados ao final da emissão nos mercados norte-americano e europeu. O resultado total atingido será anunciado somente depois de concluída a eventual oferta no mercado asiático.

Edição: Juliana Andrade

Agência Brasil – 14.09.2010


BC vai atuar no mercado futuro de dólar

Real teve valorização de 4% na comparação com uma cesta de 15 divisas; governo teme especulação e exposição de bancos ao risco

Fabio Graner, Fernando Nakagawa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

O comportamento do real em relação a diversas moedas internacionais, e não só ante o dólar, tem sido atentamente monitorado pelo governo e pode ser o fator determinante para a adoção de uma posição mais agressiva no câmbio. Nas duas primeiras semanas de setembro, a moeda brasileira teve valorização de 4% em relação a uma cesta de 15 divisas - quase o dobro da alta na comparação com o dólar, que foi de 2,05%.

Ou seja, a moeda brasileira, a despeito do movimento mundial de enfraquecimento do dólar, está se valorizando de forma mais acentuada que a moeda de seus principais parceiros, o que preocupa o governo.

Não se sabe se essa valorização veio para ficar ou se é pontual, como decorrência de movimentos específicos, como a capitalização da Petrobrás. De qualquer forma, a situação colocou o governo em alerta e explica a posição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e de fontes da área econômica, que desde a semana passada têm emitido sinais de que a artilharia está montada e o governo pronto para reagir em uma eventual entrada maciça de dólares, a movimentos especulativos e à continuidade do fortalecimento do real.

Na prática, o Banco Central adotou uma política mais agressiva e tem comprado dólares duas vezes por dia e, de outro lado, o Tesouro Nacional acelerou suas aquisições da moeda para pagar a dívida externa. Esses dois movimentos reforçam a ação oficial e dão maior dose de imprevisibilidade ao mercado.

Swap reverso. Mas para ampliar os efeitos sobre a cotação, o governo ainda tem a possibilidade de retomar as atuações no mercado futuro (com apostas de que o real continuará se valorizando) por meio do instrumento conhecido como contrato de swap cambial reverso. Essa operação equivale à compra de dólares. Esses contratos são identificados como uma arma poderosa para conter a valorização do real.

Enquanto estuda a volta desses contratos, o governo já mapeou que investidores estrangeiros estão vendidos -apostando, portanto, na valorização do real. Essa aposta estaria na casa dos US$ 18 bilhões. É uma situação delicada pois o governo sabe que parte dessas apostas oferece um enorme risco. Não está afastada a hipótese de que os bancos não tenham dólares no caixa, as chamadas posições "a descoberto". Além disso, fontes destacam que o cupom cambial - o rendimento em dólar de um ativo - tem subido, o que é avaliado com um sinal de movimentos de natureza mais especulativa e um sintoma da necessidade de intervenção no mercado futuro.

Sondagem, No fim de julho, o BC chegou a sondar informalmente o mercado para retomar a oferta do swap. Na época, a simples conversa com algumas mesas de câmbio mostrou a força do instrumento e, em poucos dias, bancos diminuíram a aposta no real em mais de 20% ou US$ 3 bilhões. E, como consequência, houve ainda pequena desvalorização da moeda brasileira no período.

Se executar essa operação no mercado futuro de câmbio, o BC estará desestimulando a chamada posição vendida dos bancos no mercado à vista e também vai atacar as apostas especulativas. Na crise, as posições do governo em swap reverso renderam dividendos, reduzindo a conta de juros e a dívida pública.

Para o uso desse instrumento, os departamentos jurídicos do governo se debruçaram em torno de uma controvérsia se era permitido à autoridade monetária lançar mão dos swaps. O assunto já foi pacificado na área econômica e não há obstáculo legal para que o BC, responsável por executar essa política, possa vender swaps reversos. Agora, a questão é escolher o melhor momento.

PARA ENTENDER

O swap cambial reverso é um contrato entre o Banco Central e instituições financeiras no mercado futuro. O swap vem do inglês "troca". Nesse caso, é feita uma troca de rentabilidades: dólar por juro. No período do contrato, o BC ganha a variação do dólar, paga pelos bancos. As instituições financeiras, por sua vez, ficam com a remuneração da Selic, bancada pelo governo. Como o BC fica com a variação do dólar, positiva ou negativa, a colocação desses contratos equivale à compra da moeda pelo BC. Por isso, swaps reversos podem elevar o dólar. O termo "reverso" é usado pois, originalmente, os contratos de swap funcionavam de forma inversa: o BC pagava a variação do dólar e recebia o juro.

OESP – 14.09.2010

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