quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


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Mercosul e Palestina terão acordo comercial

JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo

Depois de reconhecer o Estado palestino, o governo brasileiro dará mais um passo na direção de Ramallah. Um acordo comercial será assinado em breve entre Brasil, Mercosul e Autoridade Palestina. O objetivo é reforçar a mensagem de que, de agora em diante, os territórios palestinos serão tratados como Estado soberano e os países do bloco sul-americano querem ajudar a economia de Ramallah.

Segundo o subsecretário de Comércio e Economia do Itamaraty, Valdemar Carneiro Leão, o acordo será assinado na semana que vem entre o Mercosul e os palestinos. "É algo de grande simbolismo", diz Leão.

O Mercosul já tem um tratado comercial com Israel desde 2010. O pacto foi coroado em Brasília com uma visita do presidente Shimon Peres.
"Já temos um acordo com Israel e era importante mostrar um equilíbrio e também ter um acordo com os palestinos agora", disse o diplomata. Segundo ele, Tel-Aviv está sabendo da iniciativa do Mercosul.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, chegou a avaliar a possibilidade de participar da próxima cúpula do bloco sul-americano para assinar ele mesmo o acordo. Mas provavelmente ele não estará presente na reunião.

Os palestinos vendem muito pouco ao Brasil. Além disso, quase tudo que é exportado acaba chegando no mercado brasileiro como vendas de Israel. Com o acordo, não apenas as tarifas para produtos palestinos serão reduzidas, como fica estabelecido que a exportação é mesmo palestina. "Vamos fazer isso pelo código postal de cada região", explica Leão.

Para os palestinos, o acordo faz parte de uma ofensiva ampla para ter seu status de Estado reconhecido internacionalmente. Nesta semana, conseguiram colocar sua bandeira na Unesco, primeira organização da ONU a ter a Palestina como membro pleno.

"Criaremos uma situação em que o Estado palestino será uma realidade, mesmo que os americanos não queiram", explicou um diplomata palestino. "Nisso, o Brasil está nos ajudando muito e esse acordo comercial mostrará que existimos bem além dos debates políticos", completou.

OESP – 15.12.2011


Fatia de mercado dos importados cai para 4,95% em novembro


SÃO PAULO - As importadoras de carros filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) elevaram em 13,8% o número de unidades emplacadas em novembro, para 15.098, na comparação com outubro, quando foram entregues 13.264 veículos. Na comparação com novembro de 2010, o aumento foi de 57%. A entidade ressalta, porém, que a participação das associadas no mercado brasileiro, o que chama de carros importados oficiais, caiu de 5,03% em outubro para 4,95% em novembro.

No acumulado de janeiro a novembro, as associadas à Abeiva chegaram a 180.215 unidades emplacadas, 94% de crescimento sobre igual período de 2010.

Na comparação entre novembro e outubro deste ano, segundo nota da Abeiva, as associadas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) elevaram suas importações de 21,76% para 21,99%.

O presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, comenta em nota o Decreto 7.567, que no entender da entidade "é inconstitucional e fere todos os princípios do livre comércio. O veículo, ao ser importado e pagar alíquota máxima de 35%, torna-se um produto nacional. Então, já foi penalizado por não ser fabricado no País. O IPI para o setor automotivo é um imposto diferenciador por uso, consumo e potência, visando favorecer os veículos de entrada e sobretaxar os de alto luxo. Assim, o tratamento não isonômico de IPI, além de absurdo, é inconstitucional".

OESP – 15.12.2011


MDIC nega mudança em alta do IPI para carros importados

Lu Aiko Otta, da Agência Estado

BRASÍLIA - A secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloisa Menezes, disse nesta quinta-feira, 15, que o aumento do IPI sobre automóveis importados que não cumprem o índice de nacionalização de 65%, e que entrará em vigor amanhã, não será alterado ao longo do ano de 2012.

Heloisa explicou que o governo analisa possíveis mudanças, por exemplo, no cálculo do índice de nacionalização, que hoje considera itens como publicidade e margem de lucro da revendedora. Ela disse, porém, que qualquer alteração só valerá a partir de janeiro de 2013.

Segundo a secretária, o governo pretende decidir essas mudanças o quanto antes, apenas para que os setores envolvidos se preparem para as alterações a partir de 2013. O mesmo se aplica aos regimes alternativos para as montadoras que desejam entrar no mercado brasileiro a partir de agora.

OESP – 15.12.2011

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