segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


NOTÍCIAS

Balança comercial tem superavit de US$ 907 mi na 2ª e 3ª semanas de fevereiro

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

A balança comercial brasileira registrou superavit de de US$ 907 milhões na segunda e terceira semanas de fevereiro. O valor da segunda semana ainda não havia sido divulgado por conta do feriado de Carnaval.

Na segunda semana, o saldo foi positivo em US$ 691 milhões --média diária de US$ 138,2 milhões. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, o saldo positivo é resultado de exportações de US$ 3,66 bilhões e importações de US$ 2,97 bilhões no período de 8 a 14 de fevereiro.

Já na segunda semana, o resultado foi superavitario em US$ 216 milhões, saldo de exportações de US$ 2,17 bilhões e importações de US$ 1,96 bilhão entre 15 e 21 de fevereiro.

Com isso, em fevereiro o resultado acumulado é positivo em US$ 735 milhões, média diária de 56,5 milhões. Pela média diária, o saldo em fevereiro deste ano é 42,2% menor do que em todo o mês de fevereiro de 2009.

No ano, a balança comercial acumula superavit de US$ 569 milhões, média diária de US$ 17,2 milhões. As exportações em 2010 somam US$ 20,07 bilhões e as importações US$ 19,5 bilhões.

Em janeiro, a balança comercial brasileira teve deficit de US$ 166 milhões, com exportações somando US$ 11,3 bilhões e importações de US$ 11,47 bilhões.

Folha Online – 22.02.2010

Greve da Lufthansa pode afetar oito voos no Brasil

MARIANA SALLOWICZ
Colaboração para a Folha Online

A greve de pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa poderá levar ao cancelamento de oito voos com origem ou destino no Brasil, informou nesta segunda-feira a empresa. A paralisação dos pilotos, considerada a maior na história da aviação na Alemanha, começou hoje à 0h [20h de domingo no horário de Brasília] e vai até quinta-feira (25) às 23h59 [19h59 no horário de Brasília].

No Brasil, seriam 14 voos até quinta-feira, sendo que seis deverão ser mantidos. Em todos os países onde opera, a Lufthansa vai cancelar 800 voos hoje, dois terços dos que oferece diariamente (1.800).

Entre os voos cancelados no Brasil, dois partem de São Paulo rumo a Frankfurt, às 18h25, e dois têm como destino Munique, com saídas às 13h40. Outros quatro partem da Alemanha, sendo que dois viriam de Munique às 21h30 (horário local) e dois de Frankfurt às 22h35 (horário local).

Os passageiros podem verificar o status de sua reserva no site da companhia, clicando em "My bookings", onde consta o eventual cancelamento, os dados da reserva e alternativas de viagem.

De acordo com a Lufthansa, os clientes estão sendo informados dos cancelamentos. A companhia declara que os passageiros com reserva em algum voo entre hoje e quinta-feira que queiram mudar seus planos de viagem podem transferir sua reserva gratuitamente para outro voo da companhia.

Para isso, porém, a passagem deverá ter sido emitida antes de 18 de fevereiro e a nova data de viagem deve ser anterior ao dia 31 de março. Os locais de origem e destino da viagem não podem ser alterados. Segundo a companhia, quem comprou após essa data sabia do possível cancelamento. Neste caso, o passageiro terá que fazer uma transferência do voo sem isenção de tarifas.

Orientação da Anac

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), porém, diz que quando há cancelamentos a companhia não pode cobrar qualquer tarifa adicional "porque a reacomodação para outro avião, seja da própria empresa ou de outra, é um direito do passageiro". Também é possível pedir reembolso, sendo que o pagamento deverá ocorrer em até 30 dias.

O sindicato alemão pede um aumento salarial de 6,4% durante um ano, apesar de estar disposto a abrir mão disso na rodada de negociações se a Lufthansa garantir o emprego dos pilotos.

Os grandes aeroportos alemães de Frankfurt, Düsseldorf, Munique, Hamburgo e Berlim registravam já nesta manhã dúzias de cancelamentos e suspensões de voos programados.

As filiais Lufthansa Germanwings e Lufthansa Cargo (transporte de cargas) também foram afetadas pela greve. Os voos das companhias regionais da Lufthansa devem ser os únicos que não serão afetados.

Prejuízo

A Lufthansa projeta um prejuízo de 100 milhões de euros (cerca de R$ 245 milhões) com a greve. O ministro de Transportes alemão, Peter Ramsauer, tentou mediar um acordo entre os pilotos e a companhia para evitar a paralisação, mas não conseguiu.

O sindicato de pilotos, o Cockpit, mobilizou 4.000 pilotos no maior movimento de paralisação na história do transporte aéreo alemão e alega querer impedir que a companhia contrate parte de seus voos com empresas terceirizadas, com pilotos que trabalham com salários mais baixos.

O Cockpit também programou para esta segunda-feira protestos nos dois grandes aeroportos alemães, Frankfurt e Munique.

Folha Online – 22.02.2010

Governo analisa ideia de acelerar crédito tributário a exportador

O governo estuda a possibilidade de adotar parcialmente a proposta de devolução mais rápida de créditos tributários para as empresas exportadoras. Segundo fontes, essa pode ser uma saída para driblar a restrição fiscal imposta pela meta mais elevada este ano de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) e assim implementar a medida. Há meses, essa é a principal reivindicação do setor exportador para ampliar sua competitividade em um ambiente de real valorizado ante o dólar.

A medida pode ser implementada por diversos mecanismos. Um deles é a definição de qual segmento exportador poderá ser beneficiado ou até mesmo o porte da empresa pode ser um critério para definir quem receberá mais rapidamente os créditos. Uma linha que tem sido comum na atuação do governo em casos semelhantes foi exatamente a opção pelo porte de empresas, pela devolução mais acelerada apenas de novos créditos ou de parte dos créditos já existentes.

Segundo a fonte, um padrão que também pode ser considerado é o que foi aplicado para a desoneração da folha de pagamentos. Em 2008, o governo reduziu à metade a contribuição patronal para a Previdência das empresas exportadoras do setor de semicondutores, o que é considerado um "projeto-piloto" para uma ação mais ampla nessa área. A equipe econômica sonha em estender a desoneração da folha a outros setores, de modo a estimular as contratações pelas empresas e aumentar a competitividade delas. No entanto, essa iniciativa só será levada adiante quando houver sobra de caixa no governo porque existe o temor de que a desoneração em larga escala possa afetar negativamente as contas da Previdência.

No caso dos créditos tributários dos exportadores, não está descartada a possibilidade de a devolução, em um primeiro momento, ficar restrita a um grupo de empresas e depois, havendo margem nas contas do governo, ser estendida a outros.

O que pode barrar a adoção mesmo parcial desse incentivo aos exportadores é a decisão do governo de trabalhar com uma meta de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para o superávit primário de 2010. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, dá sinais inequívocos de que irá cumprir essa meta fiscal sem usar a possibilidade de abater os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Quando isso acontece, a meta de resultado primário é reduzida. O próprio Mantega já havia dito no início do ano que o governo adotaria medidas de estímulo às exportações.

DCI – 22.02.2010

Governo vai anunciar medidas de incentivo às exportações nos próximos dias, diz presidente da Apex

Enviado por Rivadavia Severo

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O governo brasileiro deve tomar medidas de desburocratização para incentivar as exportações. As medidas devem ser anunciadas nos próximos dias, segundo o presidente da Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira.

Ele não antecipou o conteúdo do pacote, mas disse que serão medidas de desburocratização. Entidades do setor defendem o aumento de linhas de financiamento, a redução de impostos e a organização da logística nas aduanas. “São propostas de médio e longo prazo que possam estimular a competitividade”, disse Teixeira.

De acordo com o presidente da Apex-Brasil, independente das medidas adotadas pelo governo, alguns setores, só devem apresentar sinais de recuperação no segundo semestre, quando os Estados Unidos e a Europa, mostrarem sinais de recuperação.

Teixeira disse que para se tornar menos vulnerável, o Brasil deve buscar acelerar o processo para exportação e investir em infraestrutura, com o objetivo de reduzir custos da produção. Ele defende que as exportações brasileiras podem se tornar menos vulneráveis às variações do câmbio se o país conquistar mercados e ganhar competitividade.

Segmentos como o de alimentos e minérios, deram sinais de recuperação nos primeiros meses do ano com a alta da moeda estrangeira (que subiu 6,88%, em 2010). Outros setores, no entanto, ainda sofrem com a fraca demanda internacional, como o têxtil e de calçados.

“Qualquer melhora do dólar [da desvalorização do real diante do dólar] traz ganhos. Mas o Brasil não pode deixar de ser um grande exportador por causa das mudanças cambiais. O Brasil tem que conquistar os mercados independente do câmbio”, defendeu o presidente da Apex-Brasil.

Agência Brasil – 20.02.2010

Argentina vai destravar entrada de máquinas

Uma medida argentina que já dura quase nove anos e tira a competitividade dos bens de capital brasileiros no mercado vizinho deverá finalmente perder a validade em agosto. A medida em questão foi adotada em março de 2001, na gestão do ex-ministro Domingo Cavallo, às vésperas do auge da crise econômica na Argentina. Por decreto, o governo reduziu para zero a alíquota de importação de máquinas e equipamentos produzidos fora do Mercosul, em exceção à Tarifa Externa Comum, que é normalmente de 14%.

Para não prejudicar os fabricantes locais, o governo também instituiu um benefício tributário para a indústria argentina: a devolução de 14% da receita das vendas na forma de um bônus usado no abatimento de impostos. Com tudo isso, os bens de capital argentinos mantiveram uma espécie de proteção contra os concorrentes estrangeiros, mas o Brasil perdeu a vantagem tarifária garantida, teoricamente, pelo Mercosul.

A novidade é que, depois de seguidas renovações anuais do benefício tributário e do “waiver” (liberação) da Tarifa Externa Comum, o governo da Argentina resolveu prorrogar a medida por apenas seis meses, em 19 de fevereiro. E acenou, a vários funcionários brasileiros, que acabará com o mecanismo em agosto, quando acabar a última renovação do decreto. “Foi a primeira vez em que falaram concretamente na extinção do benefício e do waiver”, constata um negociador brasileiro que há nove anos acompanha o assunto pelo Itamaraty.

Uma fonte do Ministério da Produção da Argentina afirmou ao Valor, na semana passada, que “em princípio” não haverá mais renovações do decreto. O secretário de Indústria, Eduardo Bianchi, foi mais evasivo, mas agregou: “O certo é que, uma vez acabando o benefício tributário, o waiver também terminaria.”

O governo brasileiro saiu de uma série de reuniões em Buenos Aires com a expectativa de que uma boa notícia ao setor de bens de capital deverá ser dada em agosto. Se o fim do regime diferenciado da Argentina for confirmado, a medida “seria importante para valorizar a produção regional no Mercosul e permitir maior integração produtiva”, segundo afirmou o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral.

Procurada, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) – entidade que representa o setor – não deu entrevista. Informou, no entanto, que o Brasil exportou US$ 918 milhões em máquinas e equipamentos à Argentina, em 2009. O país vizinho foi o segundo maior mercado para os fabricantes brasileiros, apenas atrás dos Estados Unidos.

Para o governo argentino, ao mesmo tempo em que o waiver à Tarifa Externa Comum barateia os investimentos em expansão da capacidade industrial, o incentivo tributário aos fabricantes do país favorece mais de 3 mil empresas, que geram 280 mil empregos.

Os sinais da Argentina de que a medida está no fim ajudam a distender o ambiente comercial após a aplicação mútua de licenças não automáticas de importação, no ano passado. Na quinta e sexta-feira da semana passada, representantes dos dois lados definiram uma agenda comum para intensificar políticas de integração produtiva na região.

Os dois governos vão tratar dois grupos de setores de formas separadas: os estratégicos (petróleo e gás, autopeças, aeronáutico e de máquinas agrícolas) e os sensíveis (madeira e móveis, linha branca, vinhos e lácteos).

Participaram técnicos da Secretaria de Comércio Exterior do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Banco do Brasil. Pelo lado argentino, sob a liderança da Secretaria de Indústria, havia representantes do Banco de la Nación e do Banco de Investimentos e Comércio Exterior (Bice). Também participaram as chancelarias dos dois lados. Uma nova reunião foi agendada para meados de março.

Avisado previamente, o governo brasileiro não reclamou publicamente da abertura de uma investigação antidumping da Argentina – a pedido de três empresas – contra fios de polipropileno do Brasil. Os argentinos já haviam comunicado informalmente sobre a investigação durante a visita a Buenos Aires, no início do mês, dos ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Guido Mantega (Fazenda) e Miguel Jorge (Desenvolvimento).

Em 2009, o Brasil teve superávit comercial de US$ 738 milhões com a Argentina – o sexto resultado positivo anual consecutivo. Em janeiro, o comércio bilateral começou a reagir. Tanto as exportações quanto as importações aumentaram em torno de 50%. A expectativa do governo brasileiro é que, com o crescimento do comércio, haja um clima maior de entendimento para remover as licenças não automáticas de importação.

Valor Econômico – 22.02.2010

Brasil, Rússia, Índia e China discutem agenda comum para o bloco

Enviado por Graça Adjuto

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Samuel Pinheiro Guimarães Neto, abrem hoje (22), às 9h30, no Palácio da Cidade, em Botafogo, o seminário Uma Agenda para o Bric.

Promovido pela prefeitura, o seminário reúne hoje e amanhã (23) conferencistas do Brasil, da Rússia, Índia e China para discutir temas de interesse comum dos quatro países que formam o bloco.

Entre os convidados estão o economista inglês Jim O’Neill, que criou a sigla Bric para se referir aos quatro países, o vice-governador da cidade russa de São Petersburgo, Roman Filimonov, e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

Agência Brasil – 22.02.2010

Brasil é o que menos investe em infraestrutura entre maiores economias

PEDRO SOARES
da Folha de S.Paulo, no Rio

Os investimentos em infraestrutura no Brasil ainda são menores do que os verificados em países desenvolvidos ou com altas taxas de crescimento, segundo o economista Júlio César Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

O setor público aplica pouco mais de 1% do PIB em infraestrutura. No setor privado, o percentual sobe para 2%. Em muito países desenvolvidos ou com altas taxas de crescimento, o percentual chega a 5%.

Segundo a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entre as 11 maiores economias, o Brasil tinha, em 2007, a menor taxa de investimento (percentual do PIB destinado à construção e à ampliação de capacidade de produção): 17,52%. Na China, era de 40%.

Para Almeida, o país ficou muitos anos sem exercitar suas ferramentas de planejamento e desaprendeu a investir. Nos anos 70, diz, o governo investia 4% do PIB.

Uma das principais causas do baixo investimento público é o elevado gasto com custeio, diz o economista Carlos Thadeu Filho, do grupo de Conjuntura da UFRJ. "Ao dar prioridade ao custeio, o governo desestimula o investimento privado."

Primeiro, de acordo com Thadeu Filho, porque, ao gastar, o governo cria pressão inflacionária, o que induz o BC a elevar o juro. Taxas mais altas encarecem o investimento, desmotivando empresários e investidores no setor produtivo.

Além disso, juros mais altos pressionam as taxas de retorno pagas pelo Tesouro para rolar a dívida pública. "O resultado é que os títulos públicos se tornam mais atraentes, em termos de rentabilidade, que o investimento no setor produtivo." Na prática, o investidor faz as contas e conclui que vai ter retorno maior comprando título do que investindo em projeto.

Para Almeida, o PAC foi apenas um "primeiro passo": "Muito ainda tem de ser feito." Ele identifica duas necessidades: azeitar o planejamento estatal --para realizar novos investimentos em infraestrutura e melhorar a gestão e execução dos projetos-- e equacionar a falta de financiamento ao setor.

O apoio do BNDES, diz Almeida, é importante, mas não basta. "É fundamental incentivar o mercado de capitais [ações e títulos de dívidas, como debêntures], para que as empresas tenham nele uma fonte barata de recursos para investir."

Colaboraram Samantha Lima e Cláudia Antunes, da Sucursal do Rio

Folha de São Paulo – 22.02.2010

Infraestrutura terá investimentos de R$ 274 bi até 2013

AE Agencia Estado

RIO - Os grandes projetos nas áreas de energia elétrica e de telecomunicações continuarão a liderar a expansão da infraestrutura do País, que deve receber R$ 274 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos. A maioria dos recursos será aplicada durante a administração do próximo governo.

A projeção é de um novo estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que prevê aumento de 37,3% nos investimentos do setor entre 2010 e 2013 comparado com os R$ 199 bilhões entre 2005 a 2008. O ano de 2009 ficou fora da comparação, porque os dados não estão fechados.

Do total de investimentos para o atual quadriênio, 33,6% virá de projetos de geração, transmissão e distribuição de energia. Os R$ 92 bilhões previstos até 2013 com grandes obras, como as hidrelétricas na Região Norte e a terceira usina nuclear de Angra dos Reis, vão significar aumento de 35,7% no setor em relação ao período entre 2005 e 2008.

Para os técnicos do BNDES, o volume pode ser ainda maior, já que novos projetos poderão surgir nos próximos anos, consolidando a liderança da energia elétrica na expansão da infraestrutura. O lugar foi das telecomunicações entre 1997 e 2001 e vinha sendo dividido pelos dois setores.

O banco considerou que as duas usinas em construção no Rio Madeira (Jirau e Santo Antônio) devem receber R$ 20 bilhões nos próximos quatro anos. A usina de Belo Monte, cujo leilão está previsto para abril, deve ter nesse período R$ 8 bilhões consumidos do seu orçamento. Eles também consideraram R$ 8 bilhões previstos em 70 projetos de energia eólica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OESP – 22.02.2010

Estado pode sediar novo porto e estaleiro

Da Redação

A empresa norte-americana Edson Chouest Offshore, que atua no Golfo do México e presta serviço para diversas empresas petrolíferas brasileiras, como a Petrobras, está interesssada em estabelecer uma base de apoio às plataformas no Espírito Santo. O novo complexo seria como um porto de "supply boat", numa primeira fase.

O interesse da companhia, despertado pela proximidade do Espírito Santo com a Bacia de Campos e as mais recentes descobertas de reservas de petróleo no litoral, foi anunciado nesta quarta-feira ao governador Paulo Hartung durante visita à sede da empresa, nos Estados Unidos.

Além da base de apoio às embarcações, uma segunda etapa de investimento é prevista pela companhia, que pretende construir um estaleiro para a construção de novas embarcações, a exemplo da que já implantou no Porto de Navegantes, em Santa Catarina.

A Tribuna – 21.02.2010

Complexo Portuário do Itajaí registra queda nas operações

Da Redação

As operações em janeiro deste ano do Complexo Portuário do Itajaí, em Santa Catarina, ficaram atrás das registradas em dezembro de 2009. As estatísticas mostram que a movimentação total de cargas no primeiro mês do ano apresentou um recuo de 15,98%. Se analisados apenas as operações com contêineres, a retração é de 11,51%. As atracações também mostraram uma queda de 7,62%. Os números foram apresentados na reunião do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí, na manhã desta sexta-feira.

Segundo o diretor comercial do Porto de Itajaí, Robert Grantham, a redução registrada no mês se deu por conta de um volume menor movimentado pela Portonave SA – Terminais Portuários Navegantes, com recuos de 26,04% em tonelagem, 20,79% em TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e 14,04% nas atracações.

"Por outro lado o Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Teconvi) mostrou um crescimento de 16,37% em sua movimentação, em tonelagem. Em TEU o avanço foi de 15,21% e o número de atracações cresceu 15,38%, o que mostra a nítida recuperação das operações do terminal", afirma o diretor.

A Tribuna – 21.02.2010

Plano prevê triplicar o giro do Porto de Santos

SANTOS - Para apresentar mudanças necessárias para o mercado de cargas no Brasil, e com enfoque principalmente na região portuária santista, em evento realizado este mês no litoral paulista foram apresentados no Terminal da Concais os estudos de Acessibilidade e o Plano de Expansão para o Porto de Santos. Obtidos segundo metodologia científica, pesquisas apuradas e amplo detalhamento os dados contidos nos dois trabalhos permitirão programar com bastante precisão os rumos do Porto nos próximos 15 anos.

No lançamento do projeto estiveram presentes personalidades e especialistas no mercado de navegação, transporte e logística, dentre eles o ministro Pedro Brito, da Secretaria Especial de Portos, e diversas autoridades de governo e do setor portuário. Segundo Brito, o Plano de Expansão, que prevê triplicar a movimentação de cargas nos próximos 15 anos, caracteriza o cenário portuário nos três próximos quinquênios, considerando o momento atual, os principais projetos consolidados e os factíveis, aliados a estudo de demanda da hinterlândia, abrangendo mercados de origem e destino, principais parceiros comerciais e PIB médio brasileiro e mundial, entre outras variáveis.

O resultado aponta, num aspecto otimista, uma movimentação de cargas de 230 milhões de toneladas em 2024. Atualmente, o Porto tem uma capacidade de atendimento de cerca de 115 milhões de toneladas e deverá fechar 2009 em torno de 82 milhões de toneladas. O estudo foi realizado pela Secretaria Especial de Portos e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A previsão para 2024 também mostra boas marcas de movimentação de projetos hoje em andamento.

No segmento de contêineres, a Embraport apresenta potencial para chegar a 1,85 milhão de TEU (twenty-foot equivalent unit, ou capacidade de um contêeiner de 20 pés, e a BTP, a 1,79 milhão de TEU, somados à e expansão dos terminais existentes que projetam 1,9 milhão de TEU para Santos Brasil, 1,35 milhão de TEU para Libra Terminais, 900 mil TEU para Tecondi e 800 mil TEU à área do Saboó.

Tais projeções mostram que Santos está bem atendida para o crescimento do contêiner e também de cargas como veículos e granéis vegetais, apenas com as soluções já definidas e com projetos bem delineados.

Com relação ao setor de granéis líquidos, fertilizantes e enxofre, no entanto, o estudo apresenta um quadro que requer a aceleração dos negócios visando uma expansão mais premente.

Além da BTP, que atenderá também o setor de granel líquido, há a implantação de novos berços para essa carga, na Ilha Barnabé e no Terminal da Alemoa, e a perspectiva de se dedicar a área de Conceiçãozinha a granel sólido.

Quanto ao estudo de acessibilidade, foram avaliadas as condições necessárias para que as vias de acesso ao Porto de Santos possam estar dimensionadas ao crescimento previsto para a movimentação de carga, com um foco bastante dirigido sobre a hinterlândia primária.

O momento é de depuração dos dados apresentados, identificando-se os principais gargalos. Uma ação determinante será a mudança da matriz de transporte, principalmente para as cargas de curta distância, privilegiando o modal ferroviário, hidroviário (na Baixada Santista), esteiras transportadoras e dutovias, com o objetivo de desafogar o máximo possível o tráfego rodoviário.

Sobre o crescimento dos cruzeiros turísticos que partem do município, o ministro dos Portos, Pedro Brito, afirmou: "Vamos dar a Santos condições de dobrar o atendimento a passageiros".

Desenvolvimento

Embasado nas informações produzidas pelo Plano de Expansão e pelo Estudo de Acessibilidade, será elaborado um novo Plano de Desenvolvimento do Porto, para aumentar seu foco.

A integração desse material com outras iniciativas, como as normas de exploração do Porto e de pré-qualificação de operadores portuários, projetos de planejamento, estrutura física e órgãos intervenientes na cadeia portuária poderiam gerar já em 2010 um documento facilitador para o gerenciamento e para as tomadas de decisão. Entre os principais projetos de expansão, o presidente da Codesp, José Roberto Correia Serra, destaca o de Barnabé-Bagres, a ser implementado na área continental de Santos, que tem quatro estudos técnicos.

A respeito do projeto, o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, afirmou que a administração municipal "está pronta a colaborar para que sejam encontradas as melhores alternativas para que o porto possa crescer de forma sustentável". Investimentos que resultem na maior utilização de ferrovias e hidrovias e na construção de um sistema de dutos foram algumas das iniciativas para aprimorar o acesso ao porto apresentadas pelo secretário de Estado de Transportes, Mauro Arce. "Dois importantes projetos de dutos ligados ao porto estão sendo discutidos pelo governo."

DCI – 22.02.2010

Porto de Salvador é considerado o pior do país

Da Redação

O Porto de Salvador, na Bahia, foi considerado o pior porto do Brasil. A informação integra a pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) que consultou 187 grandes empresas do País sobre o funcionamento de dez dos principais complexos portuários brasileiros. Os empresários apontam o acesso rodoviário, a infraestrutura de armazenagem e as tarifas praticadas como os principais gargalos do porto da capital.

O único complexo baiano voltado para o transporte de cargas através de contêineres, o Porto de Salvador não possui capacidade para atender a demanda do Estado. Segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 35% dos produtos baianos exportados em contêineres são desviados para outros portos do País para chegarem ao seu destino final.

A limitação e deficiências no complexo criou um custo adicional de R$ 150 milhões por ano para o empresariado baiano, além de gerar uma perda de cerca de R$ 300 milhões por ano em serviços que deixam de ser feitos na Bahia.

A Tribuna – 20.02.2010

América Latina consolida ritmo de recuperação econômica, diz FGV

da Folha Online

A tendência de recuperação econômica da América Latina se consolidou entre outubro do ano passado e janeiro deste ano, segundo pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) elaborada em parceria com o instituto alemão Ifo e divulgada nesta segunda-feira. O ICE (Índice de Clima Econômico) da região subiu de 5,2 para 5,6 pontos no período.

Segundo a pesquisa, a evolução reflete principalmente a melhora das avaliações sobre a situação presente da economia. O ISA (Índice da Situação Atual) subiu de 3,3 para 4 pontos (numa escala de 1 a 9 pontos).

Mesmo com o "avanço expressivo" pelo segundo trimestre consecutivo, o índice, no entanto, "mostra que a economia da região ainda não retornou à situação anterior à crise financeira internacional", diz a pesquisa. Em julho de 2008, o ISA estava em 5,7 pontos.

O IE (Índice de Expectativas), por sua vez, passou de 7 para 7,1 pontos, "sinalizando otimismo dos especialistas com as economias da região durante o primeiro semestre de 2010", diz a pesquisa.

América Latina

Dos 11 países acompanhados sistematicamente na América Latina, cinco estão na fase de expansão econômica (Argentina, Brasil, Chile, Peru e Uruguai). Destes, Brasil, Peru e Uruguai já estavam nessa situação no boletim anterior.

Bolívia, Colômbia, México, Paraguai e Equador estão na fase de recuperação, com destaque para este último --que ainda estava na zona de recessão em outubro passado. Segundo a pesquisa, a Venezuela é o único país ainda em recessão na região, com ISA de 1,6 pontos e IE de 4,4 pontos.

Em janeiro, o maior ICE da região foi o do Brasil, de 7,8 pontos. Outros destaques são o Chile (7,4 pontos), Peru (7,3) e Uruguai (7). Os menores ICEs são os de Bolívia, México (ambos com 4,4 pontos) e Venezuela (3 pontos). As avaliações sobre a situação atual são melhores no Brasil único país com ISA superior a 7 pontos (7,7). A seguir, aparecem Uruguai e Chile, com 6,3 e 6,1 pontos, respectivamente.

As expectativas em relação aos próximos seis meses são favoráveis em dez dos 11 países, com destaque para os quatro países com IE superior a 8 pontos em janeiro: Peru (8,8 pontos), Chile (8,6), Paraguai (8,3) e Colômbia (8,2). A Venezuela, com 4,4 pontos, é o único país com IE inferior a 5 pontos (nível de corte entre expectativas otimistas e pessimistas). Embora pessimistas, as expectativas para o país estão no maior nível desde abril de 2007 (à época em 4,5 pontos).

Economia global

Na avaliação da FGV e do Ifo, a recuperação da América Latina acompanha a da economia mundial: o ICE Mundial passou de 5,1 para 5,5 pontos entre outubro e janeiro. "No plano mundial, portanto, a avaliação sobre a situação presente é menos favorável que na América Latina, por influência da lenta evolução nos EUA (2,5 pontos), Europa Ocidental (2,6 pontos) e Japão (1,7 ponto)", diz o documento.

Os mercados emergentes, principalmente os asiáticos, exercem influência positiva: o ISA da Índia ficou em 6,3 pontos; o da Coreia do Sul em 5,9 pontos; e o da China, em 5,2 pontos.

O otimismo em relação aos meses seguintes também é positivo: de nove regiões acompanhadas de forma desagregada pelo Instituto Ifo no mundo, apenas na África, o IE (5,9 pontos) é inferior a 6 pontos. Os maiores IE regionais foram os registrados na América do Norte (7,9 pontos) e Ásia (7,6).

Folha Online – 22.02.2010

Economistas de empresas dos EUA elevam previsão de crescimento

da Reuters, em Washington
da Folha Online

Os economistas de empresas dos Estados Unidos elevaram suas projeções para o crescimento econômico do país neste ano, dizendo que a recuperação está firmemente nos trilhos, segundo pesquisa da Nabe (Associação Nacional de Economistas Empresariais, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira.

A associação previu uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto) de 3,1% em 2010, acima do prognóstico de 2,9% na sondagem anterior, feita em novembro. Para 2011, a estimativa é de um crescimento de 3,2%.

A mediana de previsões para o emprego apontou uma criação mensal de vagas de 50 mil durante o primeiro trimestre de 2010, contra cenário anterior de estabilidade.

A taxa de desemprego deve cair a 9,6% até o quarto trimestre, contra previsão ligeiramente melhor feita em novembro, de 9,5%. Atualmente a taxa está em 9,7%.

No último dia 29 o Departamento do Comércio informou que o PIB dos Estados Unidos caiu 2,4% em 2009. Trata-se do pior resultado desde 1946 --quando a queda foi de 10,9%--, contra leve alta de 0,4% em 2008.

No quarto trimestre, no entanto, a economia cresceu 5,7% (dado anualizado), muito acima dos 4,6% esperados pelos analistas e melhor desempenho trimestral desde o período de julho a setembro de 2003, quando houve expansão de 6,9%.

O governo americano considerou os dados positivos. "O informe sobre o Produto Interno Bruto de hoje é a notícia mais positiva até agora sobre a economia", disse Christina Romer, principal assessora econômica do presidente americano, Barack Obama, em comunicado. "A mudança desde o primeiro trimestre de 2009, quando o PIB caiu 6,4% em ritmo anual, é realmente extraordinário", afirmou à época.

Folha Online – 22.02.2010

Alemanha é a favor de ajuda bilateral à Grécia, diz jornal

da Reuters, em Berlim

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, é a favor de usar uma ajuda bilateral para socorrer a Grécia no caso de uma moratória, informou o jornal econômico alemão "Handelsblatt" nesta segunda-feira.

O Ministério das Finanças não tinha comentários imediatos para a notícia. A informação do "Handelsblatt" foi dada pelo ministério, mas o jornal não detalhou a fonte.

Fontes da coalizão governista alemã disseram à Reuters no começo do mês que a ajuda à Grécia provavelmente seria bilateral, mas que várias ideias ainda estavam sendo discutidas.

No sábado (20) a revista alemã "Der Spiegel" informou que o Ministério das Finanças da Alemanha esboçou um plano pelo qual os países da zona do euro proverão uma ajuda de 20 bilhões a 25 bilhões de euros (de US$ 27 bilhões a US$ 33,7 bilhões) para a Grécia.

Um porta-voz do ministério de Finanças alemão disse que não comentaria a reportagem, que afirmou que a ajuda financeira viria na forma de empréstimos e garantias.

Em público, a Alemanha tem dito que a complacência pode aumentar a pressão sobre Atenas e os governos de outros membros da zona do euro que também estão endividados a reduzir seus déficits fiscais. Mas nos bastidores, parlamentares sabem que Berlim vem preparando medidas para o caso de um socorro se tornar inevitável.

O deficit público grego chegou a 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2009, bem acima do limite definido pela União Europeia, de 3%, e Atenas precisa vender cerca de 53 bilhões de euros em dívida este ano, incluindo pelo menos 20 bilhões de euros entre abril e maio.

União Europeia

No último dia 16 os ministros das Finanças da Alemanha, Áustria e Suécia disseram o governo grego pode precisar adotar novas medidas para colocar suas dívidas sob controle e acalmar os mercados financeiros "irracionais".

O vice-ministro das Finanças alemão, Joerg Asmussen, afirmou que a Grécia deveria fazer o mesmo que a Irlanda e a Letônia, que estão cortando drasticamente os gastos e os salários. "Deixamos claro que a bola está com os gregos", disse. "São necessárias medidas adicionais na Grécia."

Os ministros não se pronunciaram sobre medidas específicas de apoio ou de ajuda, optando por aumentar a pressão sobre a Grécia em troca da promessa de apoio caso as coisas saiam do controle, uma promessa feita pelos líderes europeus no dia 11 deste mês.

Os ministros das Finanças estabeleceram 16 de março como prazo para que a Grécia mostre que seu plano está funcionando de forma eficaz e para eles decidirem o que deverá acontecer em seguida, enquanto tentam afastar os problemas de Atenas e evitar qualquer crise maior nos mercado da dívida.

A Grécia terá de prestar contas novamente em meados de maio e depois a cada três meses. Asmussen, da Alemanha, e outros sugeriram que os conselhos do FMI (Fundo Monetário Internacional), mas não o seu dinheiro, também seriam necessários para ajudar Atenas a superar o desafio.

Folha de São Paulo – 22.02.2010

Zona do euro pode se desfazer se não houver medidas para evitar endividamentos, diz Soros

da France Presse, em Londres

A zona do euro corre o risco de se desmembrar se os países que a integram não modificarem a maneira de enfrentar as próximas crises causadas pelas dívidas públicas de seus membros, advertiu nesta segunda-feira o megainvestidor americano George Soros em artigo publicado no jornal britânico "Financial Times".

A crise financeira iniciada em 2008 "mostrou as fraquezas" da construção do euro, afirmou Soros, acrescentando que"'se os países membros não derem os próximos passos, o euro pode cair."

Para Soros, a zona do euro apresenta uma falha fundamental: a ausência de uma política econômica e orçamentária comum, além de um mecanismo institucional que responda às crises, como a possibilidade de emitir "obrigações-euro" --empréstimos lançados em conjunto por seus Estados membros.

"A ajuda de ofício deve bastar para a Grécia, mas deixa de lado Espanha, Itália, Portugal e Irlanda", que "ocupam uma parte grande demais da zona do euro para serem socorridos do mesmo modo", destacou Soros, que alcançou celebridade como financista em 1992 especulando contra a libra esterlina.

A Grécia, que encerrou 2009 com um deficit de 12,7% de seu PIB (Produto Interno Bruto) e uma dívida pública de 113% do PIB, atravessa uma grave crise orçamentária que desestabilizou o euro e os mercados financeiros nas últimas semanas.

Folha de São Paulo – 22.02.2010

Lula regulamenta Conselho Deliberativo do fundo soberano brasileiro

SOFIA FERNANDES
Colaboração para a Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto, publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, que cria o Conselho Deliberativo do Fundo Soberano do Brasil. O conselho será presidido pelo ministro da Fazenda e integrado pelo ministro do Planejamento e o presidente do Banco Central.

O conselho será encarregado de orientar a aplicação e o resgate dos recursos do fundo soberano, criado em 2008 com parte das reservas internacionais do país. Atualmente, o fundo soma mais de R$ 15 bilhões em ativos.

No decreto publicado hoje, o conselho fica encarregado de resguardar os recursos do fundo, buscando investimentos adequados em relação a riscos e retorno. O grupo deve aprovar projetos de interesse estratégico nacional, aprovar metas de rentabilidade para cada classe de ativos do fundo, entre outras atribuições.

O conselho terá reuniões trimestrais e, extraordinariamente, o presidente poderá convocar outros encontros. Os membros do conselho não terão remuneração adicional, e as decisões do grupo dependerão da aprovação de pelo menos dois integrantes.

A Secretaria-Executiva do conselho será exercida pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.

Aplicações

Em dezembro, o presidente Lula estabeleceu normas para aplicações do fundo. No exterior, deverão ter rentabilidade mínima equivalente à taxa Libor (London Interbank Offered Rate) de seis meses; no Brasil, deverão ter rentabilidade mínima equivalente à TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Outra regra é que as aplicações do fundo deverão ser realizadas em instrumentos financeiros emitidos por entidades que detenham grau de investimento atribuído por, no mínimo, duas agências de risco.

Folha Online – 22.02.2010

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