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Lufthansa inicia maior greve na história do transporte aéreo alemão
da France Presse, em Berlim
Os pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa iniciaram nesta segunda-feira uma greve que deve prosseguir até quinta (25), no maior movimento de paralisação na história do transporte aéreo alemão.
A greve, convocada pelo sindicato Cockpit --que representa mais de 4.000 pilotos-- teve início no horário previsto, à meia-noite (20h do domingo em Brasília) segundo Stefanie Stotz, porta-voz da empresa.
O sindicato e a direção da Lufthansa fracassaram no fim de semana na tentativa de chegar a um acordo para a retomada das negociações.
O Cockpit também programou para esta segunda-feira protestos nos dois grandes aeroportos alemães, Frankfurt e Munique.
A Lufthansa organizou um plano de emergência para garantir entre 50% e 60% dos voos, quase mil voos. No entanto, muitos destes voos tiveram que ser pura e simplesmente cancelados na manhã de hoje, o que deve se repetir durante todo o dia.
A Lufthansa projeta um prejuízo de 100 milhões de euros com a greve.
O sindicato reivindica a mesma convenção de salários para todos os pilotos do grupo que voam sob a insígnia da Lufthansa, incluindo as duas filiais do grupo no exterior, o que a empresa não aceita.
Também reclama uma garantia para os empregos, ponto que em tese deve ser mais fácil de negociar.
As filiais Lufthansa Germanwings e Lufthansa Cargo (transporte de cargas) também foram afetadas pela greve, programada para até a meia-noite de quinta-feira.
Os voos das companhias regionais da Lufthansa devem ser os únicos que não serão afetados.
Em condições normais, a Lufthansa tem 1.800 voos diários, incluindo 160 intercontinentais, número que inclui também os voos de suas companhias regionais.
Folha de São Paulo – 22.02.2010
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