quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


NOTÍCIAS

Fundo Soberano pode comprar dólares

Azelma Rodrigues Valor

BRASÍLIA - O secretário do Tesouro, Arno Augustin, disse que o Fundo Soberano do Brasil (FSB) está pronto para comprar dólares no mercado interno a qualquer momento. Segundo ele, depende de avaliação do governo se há ou não oscilação excessiva no mercado de câmbio. O secretário lembrou que uma das políticas do FSB será a aquisição de dólares no mercado doméstico.

"O governo está atento e está deixando o FSB pronto porque acha que pode ser um bom instrumento contra a volatilidade excessiva no mercado de câmbio. Se achar que há excessos, vai tomar medidas", comentou.

As declarações de Augustin foram a propósito da criação nesta semana por decreto presidencial do Conselho Deliberativo do FSB, formado pelos ministros da Fazenda, Planejamento e presidente do Banco Central. " A criação do conselho conclui a fase de regulamentação do FSB e o conselho já pode se reunir. Estamos avaliando a situação " , sustentou.

O secretário conclui que " não foi positiva para o país " a forte oscilação na cotação do dólar no início da crise internacional ao fim de 2008. " O ideal é que o dólar não se valorize tanto quanto ocorreu e nem se desvalorize tanto depois. Mas estamos atentos " , concluiu.

(Azelma Rodrigues Valor)

Valor Econômico – 24.02.2010

Fundo Soberano poderá ser usado para equilibrar câmbio, diz secretário do Tesouro

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo pode usar o Fundo Soberano do Brasil para conter a volatilidade excessiva do câmbio, informou hoje o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Segundo ele, o governo já concluiu a fase de regulamentação e editou dois decretos, e o fundo já está pronto para operar. Atualmente o saldo do fundo é de R$ 16,4 bilhões.

O secretário lembrou que o fundo é um instrumento criado pelo governo, que pode estabelecer um conjunto de políticas.

“Uma delas é de reserva fiscal”.

A outra possibilidade é a atuação cambial, que de acordo com Augustin, no momento em que o governo entender oportuno, poderá atuar no câmbio.

“Tudo dependerá das variáveis cambiais ao longo do ano. O que nós achamos é que o governo precisa estar atento para evitar uma volatilidade excessiva do câmbio".

O Fundo Soberano foi criado pela Lei 11.887, em 2008, com o objetivo de “promover investimentos em ativos no Brasil e no exterior, formar poupança pública, mitigar os efeitos dos ciclos econômicos e fomentar projetos de interesse estratégico do País localizados no exterior”.

Agência Brasil – 24.02.2010

Lula defende novo acordo bilateral com o México

TÂNIA MONTEIRO Agencia Estado

CANCÚN, MÉXICO - Em entrevista ao lado presidente do México, Felipe Calderón, depois de participar de reuniões do Grupo do Rio e da Cúpula da América Latina e do Caribe, em Cancún, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a necessidade de ampliação do comércio dos países e um novo acordo bilateral com o governo mexicano. Aproveitou para atacar "os ingênuos" que dizem que as novas organizações que estão sendo criadas têm por objetivo de deixar apenas os Estados Unidos de fora.

Segundo Lula, estas iniciativas nasceram porque os países estão funcionando como filhos que adquiriram maturidade e que querem agir sem a proteção da mãe. "Ninguém precisa ficar incomodado por estarmos procurando caminhos para nos organizarmos. Criar fóruns de deliberações entre nós. Estabelecer ajudas mútuas entre nós", disse.

Segundo Lula, as pessoas "estão mais ansiosas de se reunirem pelo mundo afora". E avisou: "Ninguém é ingênuo para criar ruptura com os EUA ou União Europeia, até porque sabemos a importância dos Estados Unidos na relação com todos os países, tanto comercial quanto política. Nós queremos manter esta boa relação. Nós queremos ainda, mantendo esta boa relação, ter um espaço de discussão entre nós mesmos, falando da nossa realidade e construindo uma nova realidade para nós, para manter espaço".

Lula ainda brincou, lembrando que cada país participa de mais de 500 organizações. "Se eu fosse atender todos os ''Gs'' que eu participo, não sobraria tempo de governar o Brasil", declarou, provocando risos e palmas dos empresários brasileiros e mexicanos que, pouco antes, participaram de uma reunião com Lula e ouviram dele que não devem ter medo de fazer um acordo bilateral.

Agencia Estado – 24.02.2010

Comércio mundial caiu 12% em 2009 mas mostra sinais de recuperação, diz OMC

da Reuters, em Bruxelas

O comércio global contraiu cerca de 12% em 2009, mas já começou a se recuperar, disse o diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, nesta quarta-feira.

Ele informou que a OMC revisou sua previsão anterior de contração de cerca de 10% em 2009. Ele não forneceu um prognóstico para este ano.

"O comércio mundial também foi uma vítima dessa crise... caindo cerca de 12% em 2009", afirmou ele, acrescentando que essa queda é a maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Questionado sobre 2010, ele preferiu não fazer uma previsão dizendo apenas que "certamente há uma recuperação". "Se essa recuperação é breve, ou se é sustentável, é difícil dizer, mas certamente estamos recuperando", explicou.

Folha de São Paulo – 24.02.2010

Europa precisa de 10 anos para se recuperar, diz FMI

AE Agencia Estado

GENEBRA - O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que os países altamente endividados da Europa poderão levar de 10 a 20 anos para pôr suas contas em ordem e voltar a ser competitivos. O recado foi dado no dia em que uma missão do FMI, União Europeia e Banco Central Europeu desembarcou na Grécia para começar a avaliar a situação do país. Hoje, a Grécia enfrentará uma greve geral em resposta aos planos de ajustes do governo.

Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, disse que o ajuste será "extremamente doloroso". Para ele, sanear as contas da Europa poderia levar "mais de 10 ou 20 anos". Sem poder desvalorizar suas moedas, países da zona do euro que estão endividados terão de sacrificar salários para reconquistar competitividade.

Blanchard, que há poucas semanas rompeu com um dos pensamentos tradicionais do FMI e afirmou que metas de inflação nem sempre podem funcionar, também defendeu o corte de gastos e o aumento de impostos na Europa e nos Estados Unidos.

Os comentários do economista-chefe do FMI ocorrem no momento em que uma missão de peso desembarcou ontem para começar a avaliar as contas gregas. O país assegurou que vai reduzir seu déficit dos atuais 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para menos de 3% até 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OESP – 24.02.2010

Economia alemã fica estagnada no quarto trimestre

da Reuters, em Berlim

O PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha ficou estável no quarto trimestre de 2009 em relação ao terceiro, já que quedas nos investimentos e no consumo contrabalançaram um melhor comércio externo.

O dado divulgado nesta quarta-feira pela agência federal de estatísticas confirma a leitura preliminar do dado publicada recentemente.

O comércio externo somou 2 pontos percentuais ao PIB, com as importações caindo e as exportações subindo. O consumo privado tirou 0,6 ponto. Uma liquidação dos estoques subtraiu 1,2 ponto.

Em relação ao quarto trimestre de 2008, a economia retraiu 1,7%, após cair 4,7% no terceiro trimestre na comparação anual. Esse dado também foi mantido em relação à divulgação preliminar.

Folha de São Paulo – 24.02.2010

Encomendas à indústria da zona do euro surpreendem e sobem em dezembro

da Reuters, em Bruxelas

As encomendas à indústria da zona do euro inesperadamente aumentaram em dezembro, estimuladas por um programa automotivo na França que visa aumentar as vendas do setor.

As encomendas subiram 0,8% sobre novembro e 9,5% contra dezembro de 2008, informou a agência de estatísticas Eurostat nesta quarta-feira.

Economistas consultados pela Reuters previam uma queda mês a mês de 1% e uma alta de 6% na comparação anual.

O destaque do mês ficou com os bens de capital, que incluem automóveis, com salto de 7% sobre novembro.

Folha de São Paulo – 24.02.2010

Japão registra superavit comercial de US$ 945 mi em janeiro

da France Presse, em Tóquio
da Folha Online

O Japão registrou em janeiro um inesperado superavit comercial de 85,2 bilhões de ienes (US$ 945 milhões), graças a uma alta das exportações para outros países asiáticos, anunciou o ministério das Finanças nesta quarta-feira.

A expectativa média dos economistas era de um deficit de 145 bilhões de ienes (US$ 1,609 bilhão). Em janeiro de 2009, o país registrou um deficit comercial recorde de 956 bilhões de ienes (US$ 10,609 bilhões).

As exportações de janeiro totalizaram 4,9 trilhões de ienes, uma alta de 40,9% na comparação com o mesmo mês em 2009. As importações somaram 4,8 trilhões de ienes, uma alta de 8,6%.

Os principais responsáveis pela altas das exportações foram China (+79,9%), Taiwan (+100,4%) e Coreia do Sul (+41,5%). Também subiu, pela primeira vez em 29 meses, o faturamento de produtos destinados aos Estados Unidos (+24,2%) e União Europeia (+11,1%).

Folha Online – 24.02.2010

Segundo dia de greve de controladores cancela voos na França

da Efe, em Paris

Metade dos voos do aeroporto de Orly e um quarto dos de Charles de Gaulle, que servem Paris, foram cancelados hoje a pedido das autoridades de aviação civil francesas, no segundo dia de greve dos controladores.

O tráfego será afetado também nos demais aeroportos franceses, principalmente pelas conexões em Paris, indicou a DGAC (Direção Geral da Aviação Civil).

A greve, que começou ontem, a pedido de quatro sindicatos, está convocada até a meia-noite da próxima sexta-feira.

Os sindicatos protestam contra o projeto de fundir o controle aéreo francês com os da Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
Além disso, os controladores temem perder sua condição de trabalhadores públicos.

Folha de São Paulo – 24.02.2010

Bernanke afirma que taxas de juros baixas ainda são necessárias nos EUA

da Folha Online

O presidente do banco central dos EUA (o Federal Reserve), Ben Bernanke, afirmou nesta quarta-feira que as taxas de juros baixas ainda são necessárias para assegurar a recuperação da economia americana e ajudar a reduzir o impacto do alto desemprego.

"O mercado de trabalho continua muito fraco, com uma taxa de desemprego próxima a 10% e escassas ofertas de emprego", afirmou, na audiência semestral sobre a política monetária.

Ele ressaltou que a recuperação da economia ainda é demasiado frágil. "Uma recuperação durável vai depender da continuação do crescimento da demanda final do setor privado por bens e serviços", o que hoje não está garantida, já que "o apoio orçamentário ao crescimento econômico deveria diminuir ao longo deste ano", advertiu.

Em depoimento ao Congresso americano, Bernanke procurou transmitir um tom de confiança no processo de recuperação, mas sem elevar demais as expectativas, reportam agências internacionais.

Segundo o titular do Fed, o crescimento econômico moderado previsto para este ano deve fazer com que a taxa de desemprego decline, ainda que de forma lenta.
Bernanke, no entanto, não ofereceu pistas sobre o "timing" dos ajustes da taxas de juros, limitando-se a dizer que devem ficar excepcionalmente baixas por um longo período "de forma que a expansão [da economia] se desenvolva".

O Federal Reserve mantém há mais de um ano os juros básicos dos EUA em níveis próximos de zero, de modo a baratear o custo do dinheiro, estimulando o consumo e o investimento, como reação a pior crise dos últimos 70 anos. Autoridades econômicas já sinalizaram, no entanto, que esses não podem permanecer indefinidamente nesses níveis.

Analistas avaliam que uma mexida na taxas básicas somente devem acontecer no segundo semestre deste ano ou no início de 2011.

Folha Online – 24.02.2010

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