segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


NOTÍCIAS

Corrente de comércio soma US$ 6,028 bilhões na primeira semana de fevereiro

Entre os dias 1º e 7 de fevereiro de 2010, a balança comercial brasileira apresentou déficit de US$ 172 milhões, com média diária de menos US$ 34,4 milhões. Na primeira semana do mês, as exportações somaram US$ 2,928 (média diária de US$ 585,6 milhões) e as importações US$ 3,100 bilhões (média diária de US$ 620 milhões). A corrente de comércio (soma das exportações com as importações) chegou a US$ 6,028 bilhões, o equivalente a transações médias diárias de US$ 1,205 bilhão.

Pelo critério da média diária, as exportações brasileiras cresceram 10% em relação a fevereiro do ano passado, quando o desempenho diário dos embarques nacionais foi de US$ 532,6 milhões. Já em relação a janeiro último (média diária de US$ 565,3), a alta foi de 3,6%.

Na semana, as importações aumentaram 42,6% em relação à média diária registrada em fevereiro de 2009 (US$ 434,7 milhões) e 8,1% na comparação com janeiro de 2010 (US$ 573,6 milhões).

O saldo comercial ficou 135,2% abaixo do registrado em fevereiro de 2009: US$ 1,761 bilhão com média diária de US$ 97,8 milhões. Em relação a janeiro deste ano – que apresentou saldo comercial mensal negativo de US$ 166 milhões – o déficit cresceu 314,5%.

Nesses cinco dias úteis, a média diária da corrente de comércio cresceu 24,6% sobre a registrada em fevereiro de 2009 (US$ 967,3 milhões) e 5,9% na comparação com janeiro deste ano (US$ 1,138 bilhão)

Ano

De janeiro à primeira semana de fevereiro, as exportações somaram US$ 14,233 bilhões, com média diária de US$ 569,3 milhões. Esse valor é 18,2% maior que o verificado no mesmo período de 2009 (média de US$ 481,6 milhões).

As importações totalizaram US$ 14,571 bilhões, com média diária de 582,8 milhões. Por esse critério, houve incremento de US$ 20,5% na comparação com o mesmo período de 2009, quando o desempenho médio diário dos desembarques brasileiros foi de US$ 483,8 milhões.

No ano, o saldo comercial está deficitário em US$ 338 milhões, ou seja, com média diária de menos US$ 13,5 milhões. Esse déficit é 506,1% maior que o registrado no mesmo período de 2009, quando a média diária foi de menos US$ 2,2 milhões.

Na mesma comparação, a corrente de comércio cresceu 19,3%. No ano passado foi de US$ 25,102 bilhões, com média diária de US$ 965,5 milhões, e, de janeiro à primeira semana de 2010, chegou a US$ 28,804 bilhões (média de US$ 1,152 bilhão).

Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgará no site www.mdic.gov.br o detalhamento das informações sobre as exportações e importações brasileiras na primeira semana de fevereiro.

MDIC – 08.02.2010

Balança comercial tem deficit de US$ 172 mi na 1ª semana de fevereiro

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

A balança comercial brasileira registrou deficit de US$ 172 milhões na primeira semana de fevereiro --média diária de US$ 34,4 milhões. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, o saldo negativo é resultado de exportações de US$ 2,92 bilhões e importações de US$ 3,1 bilhões no período de 1º a 7 de fevereiro.

Com o resultado, 2010 acumula um deficit de US$ 338 milhões na conta comercial, resultado de US$ 14,57 bilhões importados e US$ 14,23 bilhões exportados.

Em todo o mês de fevereiro de 2009, o resultado foi superavitário em US$ 1,76 bilhão --média diária de US$ 97,8 milhões.

Em janeiro, a balança comercial brasileira teve deficit de US$ 166 milhões, com exportações somando US$ 11,3 bilhões e importações de 11,47 bilhões.

Folha Online – 08.02.2010

Projeção para o dólar sobe para R$ 1,80 neste ano

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central na última sexta-feira aumentaram a projeção para a cotação do dólar ao final deste ano de R$ 1,76 para R$ 1,80. Para o fim de 2011, a estimativa foi mantida em R$ 1,85, por dólar.

A informação é do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central (BC), elaborada com base nas projeções dos analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) para este ano permaneceu em US$ 10 bilhões e passou de US$ 4,5 bilhões para US$ 3,750 bilhões, em 2011.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), neste ano, os analistas alteraram a estimativa de US$ 49,3 bilhões para US$ 48 bilhões. Em 2011, os analistas esperam resultado negativo de US$ 58,990 bilhões, acima dos US$ 59,740 bilhões previstos anteriormente.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 38 bilhões, em 2010, e em US$ 40 bilhões, em 2011.

Os analistas também mantiveram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, em 5,35%, neste ano, e em 4,5%, em 2011. Para a produção industrial, neste ano, a previsão é de crescimento de 8,61%, contra 8,30% estimados anteriormente. Para o próximo ano, a estimativa passou de 4,75% para 4,85%.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB caiu de 42% para 41,70%, neste ano. Para 2011, a estimativa para esse indicador passou de 40,50% para 40,70%.

Agência Brasil – 08.02.2010

Empresários mexicanos temem negociação comercial com Brasil

da France Press, no México

México e Brasil, as duas maiores economias da América Latina, negociam um acordo comercial em meio à desconfiança dos empresários mexicanos, que dizem temer o protecionismo brasileiro, que para eles sempre impôs obstáculos a seus produtos.

O pessimismo dos empresários mexicanos em relação ao pacto com o Brasil, cujas economias somam 70% do PIB (Produto Interno Bruto) e 50% da população da América Latina, contrasta com a postura do governo, que aposta na negociação para tornar a região mais competitiva.

"Um acordo comercial com o Brasil seria muito importante para uma integração maior e mais regionalização, para poder competir mais efetivamente frente a outros países", declarou Beatriz Leycegui, vice-ministra do Comércio Exterior.

Em um mundo cada vez mais regionalizado, no qual Ásia e Europa mantêm um intercâmbio comercial dentro da região de 75%, a América Latina fica relegada a exportações e importações internas de 20%.

Em 2008 o comércio entre os dois gigantes econômicos da América Latina ficou em apenas a US$ 7,4 bilhões, com US$ 4,281 bilhões de exportações brasileiras.

"A experiência que temos com o Brasil é que sempre encontramos barreiras não alfandegárias que dificultam a entrada de produtos mexicanos neste mercado", afirma Fernando Ruiz Huerta, diretor técnico do COMCE (Conselho Empresarial Mexicano de Comércio Exterior).

O México tem 12 acordos de livre comércio que envolvem 44 nações e há apenas uma década tentou abrir as portas brasileiras.

"É possível que Brasília imponha barreiras não alfandegárias. Impuseram no passado um imposto aos produtos financeiros, um imposto às operações marítimas e tudo isto nos tira da concorrência", acrescentou Huerta.

"É uma preocupação muito legítima", admitiu Leycegui.

No caso de um avanço nas negociações, o México precisaria ter "a certeza, por parte do Brasil, de que o tema das barreiras não alfandegárias seria um tema central", completou a vice-ministra.

O governo do México também considera indispensável contar com um mecanismo efetivo, ágil e ativo de solução de problemas.

Os governos ainda estão na fase de consulta, na qual o Brasil está na frente, com um estudo que identificou uma lista de quase 40 produtos com possibilidades de entrar no mercado mexicano, com destaque para a agroindústria.

O México é o sexto país no mundo que mais importa produtos agroalimentares, explica Mariana Magaldi, analista do CIDE (Centro de Pesquisas e Docência Econômicas).

"O curioso é que há uma reticência muito grande no setor manufatureiro mexicano, apesar de apenas 2% das importações de manufaturas no Brasil vir do México", acrescenta Magaldi, para quem falta informação ao empresariado mexicano.

A iniciativa privada do México pretende concluir em fevereiro a fase de consulta, segundo Huerta. Ele considera que o país perdeu competitividade e isto não permitiu aproveitar os acordos comerciais já assinados com outras nações.

A economia brasileira, que registrou um crescimento médio de 5% nos últimos anos e mostrou grande capacidade para sair da crise econômica internacional, importa anualmente produtos no valor total de 172 bilhões de dólares.

Já o México, cujo comércio exterior está 80% concentrado nos Estados Unidos, foi a economia mais afetada da região, com uma queda do PIB próxima de 7% em 2009.

Folha de São Paulo – 08.02.2010

Situação da Espanha, Grécia e de Portugal é "preocupante", diz agência

da Folha Online

O presidente da agência de classificação de risco Fitch Ratings, Marc Ladreit Lacharriére, disse que a situação de Portugal, Espanha e Grécia --com altos níveis de endividamento e deficits muito acima do limite de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) pelas regras para os países da zona do euro-- é "preocupante" e sugere uma nova fase da crise financeira.

Segundo reportagem desta segunda-feira do diário espanhol "El País", Lacharriére disse à radio francesa Europe 1 que o país que oferece maior risco é a Grécia --cuja nota de rico foi rebaixada de A- para BBB+.

"Há muitas coisas que não são normais" na economia grega, disse o presidente da Fitch, que lembrou que o país nunca conseguiu seguir as diretrizes europeias em relação ao controle da dívida pública.

Ele disse também que, diante da prova de que a crise ainda não acabou, devem ser mantidas as medidas de apoio e os planos de recuperação implementados por diversos governos. "Novos incidentes aparecem dia após dia, mês após mês" e mostram que a crise "não acabou totalmente", afirmou.

Segundo Lacharriére, no entanto, não há risco de contágio de outros países do bloco de países que utilizam a moeda comum. Frente a esses três países, economias robustas como as da França e da Alemanha têm "credibilidade" suficiente entre os investidores para que não sofram pressões do mercado. "Com França e Alemanha temos a sorte de haver dois pilotos no avião", afirmou.

Deficit e dívidas

O diretor geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse na semana passada que a crise "é muito forte" na Espanha, que deve fazer um 'esforço considerável' para reduzir o deficit público. A dívida pública da Espanha, que representava apenas 36,2% de seu PIB, aumentou até superar 60% em 2010. O desemprego no país atingiu 18,83% no final de 2009 --quase o dobro do da zona do euro.

Em Portugal, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, disse que os investidores apontam agora para seu país, depois de terem se concentrado na Grécia. 'Os investidores estavam muito voltados para uma presa, a Grécia, que parece ter se livrado deles. Agora eles se voltam para outra (presa), para nós', declarou.

Sobre a Grécia, o comissário da UE para Assuntos Econômicos, Joaquín Almúnia, por sua vez, disse na quarta-feira (3) que o plano do governo grego para reduzir o deficit do país nos próximos quatro anos é "factível", mas sua implementação "não será fácil". O deficit orçamentário do país atingiu 12,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado --o limite para países da zona do euro é de 3%--, e sua dívida total passou dos 120% do PIB, considerada alta demais. A expectativa é de que o deficit chegue a 2% em 2012.

Folha Online – 08.02.2010

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