terça-feira, 27 de outubro de 2009


Balança comercial tem deficit de US$ 74 milhões na quarta semana

da Folha Online

A balança comercial brasileira apontou deficit de US$ 74 milhões na quarta semana de outubro (entre os dias 19 e 25). Neste mês, no entanto, o saldo ainda é positivo, em US$ 1,239 bilhão, resultado de importações de US$ 9,762 bilhões e exportações de US$ 11,001 bilhões.

O volume médio de exportações em outubro foi calculado em US$ 687,6 milhões, o que significa um desempenho 18,3% inferior se comprado com a média diária de volume exportado em outubro do ano passado. Em comparação com setembro último, essa média é apenas 4,2% maior.

No caso das importações, a média diária foi calculada em US$ 610,1 milhões nas quatro semanas deste mês. É um volume 21,9% abaixo do desempenho registrado em outubro do ano passado e representa um incremento de somente 2,2% sobre a média de importações/dia útil registrada em setembro.

Ano

De janeiro até a quarta semana de outubro, o saldo comercial brasileiro está acumulado em US$ 22,510 bilhões. Isso significa um saldo médio diário de US$ 110,9 milhões. Considerando esse critério, há um avanço de 12,2% sobre a média diária registrada no ano passado no mesmo período.

As exportações neste ano totalizam US$ 122,798 bilhões. Pelo critério do volume exportador por dia útil, chega-se ao valor de US$ 604,9 milhões/dia. Trata-se de um número 24,5% abaixo da média diária calculada para o ano passado.

Já as importações somaram US$ 100,288 bilhões, ou US$ 494 milhões por dia útil, uma cifra 29,6% inferior ao desempenho registrado no acumulado de janeiro a outubro do ano passado.

Folha Online – 27.10.2009


Corrente de comércio na quarta semana de outubro foi de US$ 6,604 bilhões

A corrente de comércio (soma das importações com as exportações) da balança comercial da quarta semana de outubro de 2009 (de 19 a 25) foi de US$ 6,604 bilhões, o melhor desempenho do mês. As importações brasileiras, nesses cinco dias úteis, chegaram a US$ 3,339 bilhões (média diária de US$ 667,8 milhões), cifra que superou em US$ 74 milhões o resultado das exportações no mesmo período, US$ 3,265 bilhões, com média diária de US$ 653 milhões. Este foi o sexto déficit semanal do ano. Antes, o último registrado havia sido na quinta semana de setembro (menos US$ 10 milhões).

Mês

Apesar do déficit semanal, até o dia 25 deste mês, o saldo comercial ficou superavitário em US$ 1,239 bilhão, com média diária de US$ 77,4 milhões. Esse desempenho foi 28,2% maior que a média registrada em outubro de 2008 (US$ 60,4 milhões) e 22,4% acima da verificada em setembro último (US$ 63,3 milhões).

As exportações, nas quatro primeiras semanas do mês, totalizaram US$ 11,001 bilhões, com uma média diária de US$ 687,6 milhões. Esse valor foi 18,3% menor que o desempenho médio diário em todo o mês de outubro do ano passado (US$ 841,5 milhões), mas 4,2% maior que a média registrada em setembro último (US$ 660,1 milhões).

Os desembarques de produtos estrangeiros no país somaram US$ 9,762 bilhões, o que significou, em média, importações de US$ 610,1 milhões por dia útil, até a quarta semana do mês. Pelo critério da média diária, as importações apresentaram retração de 21,9% sobre outubro de 2008 (US$ 781 milhões) e crescimento de 2,2% em relação a setembro deste ano (US$ 596,9 milhões).

Ano

De janeiro até a quarta semana de outubro (203 dias úteis), o superávit brasileiro somou US$ 22,510 bilhões, com média diária de US$ 110,9 milhões. Por esse critério, o desempenho foi 12,2% maior que o registrado no mesmo período de 2008, quando a média diária do saldo comercial foi de US$ 98,9 milhões. A corrente de comércio, na mesma comparação, totalizou US$ 223,086 bilhões (média diária de US$ 1,098 bilhão), valor 26,9% menor que o apresentado no mesmo período do ano passado (US$ 1,503 bilhão).

As exportações, no ano, somaram US$ 122,798 bilhões, com média diária de US$ 604,9 milhões, valor 24,5% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 801,1 milhões). As importações totalizaram US$ 100,288 bilhões (média diária de US$ 494 milhões). Essa cifra é 29,6% menor que o desempenho do ano passado, quando a média foi de US$ 702,2 milhões.

Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgará no site www.mdic.gov.br o detalhamento das informações sobre as exportações e importações brasileiras na quarta semana de outubro.

MDIC – 27.10.2009


Argentina convoca embaixador brasileiro por atrasos de caminhões

da Reuters

A chancelaria argentina convocou nesta segunda-feira (26) o embaixador brasileiro naquele país, Mauro Vieira, para esclarecer a demora que os caminhões argentinos com mercadorias perecíveis enfrentam na fronteira com o Brasil.

Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores argentino informou que o secretário de Relações Econômicas Internacionais, Alfredo Chiaradía, irá se reunir com Vieira nesta terça-feira para solicitar explicações.

O Brasil é o principal sócio comercial da Argentina e ambos os países têm uma vasta extensão fronteiriça.

O chanceler argentino, Jorge Taiana, disse estar "preocupado pela interrupção do fluxo comercial com o Brasil, já que vários caminhões com produtos perecíveis argentinos estão sofrendo demora nas diferentes fronteiras com o país vizinho sem aviso prévio."

Vieira foi chamado para transmitir ao país "nossa preocupação por essas decisões que interrompem o fluxo comercial" entre Argentina e Brasil, acrescentou Taiana, de acordo com o comunicado da chancelaria.

A assessoria de imprensa do Itamaraty não confirmou a informação na noite desta segunda-feira.

Folha de São Paulo – 27.10.2009


Pesquisa mostra exportador otimista, apesar do câmbio

Fora do olho do furacão da crise, empresários brasileiros e asiáticos acreditam em uma melhora das transações comerciais internacionais já no final deste ano e também em 2010, segundo a HSBC Trade Confidence Index, pesquisa feita pela instituição financeira com empresários de todo o mundo. Os exportadores brasileiros, porém, ainda estão cautelosos, principalmente por conta da valorização do real.

"Para o exportador brasileiro, há ainda um cenário de cautela principalmente por causa da questão cambial", explica Ivan Boeing, consultor da B&A consultoria empresarial. No levantamento, feito com 3.500 empresas estrangeiras que faturam até US$ 100 milhões, 58% dos brasileiros acusam o câmbio flutuante como vilão da queda das exportações. Por outro lado, 46% acreditam na melhora do cenário geral.

Segundo o especialista, o volume de importações e exportações nos últimos 12 meses no Brasil, comparado ao período anterior, foi bem pior que o registrado no mercado internacional: queda de 28,5% contra 10%, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC). "Alguns setores, como tecnologia, se saíram bem, mas outros apanharam mais do que ladrão, como o de manufaturas, derrubado pela fraca demanda global", afirma.

Os mais animados, segundo o estudo, são Indonésia e China, com uma taxa positiva de 120 em uma escala de 0 a 200 - o Brasil registrou 110, média internacional. A expectativa não vem de graça, afirma Boeing. O arquipélago asiático é um grande produtor de matéria-prima e commodities, produtos cujos preços, diz ele, devem voltar a subir. "A Indonésia, exportadora de manufaturados e minérios e manufaturados, será puxada pela China."

Aliás, a China, cuja economia continuou crescendo, deve manter o acentuado ritmo. Mesmo assim, há ainda, no país, os pessimistas. Aproximadamente 20% dos chineses não preveem uma melhora no comércio exterior no próximo trimestre, índice bem acima da média geral, de 14%.

"Uma das explicações é o pragmatismo dos empresários", afirma. "A economia dos EUA, principalmente, e da Europa importa muitos produtos chineses, especialmente manufaturados".

Fortemente abaladas pela crise financeira, essas sólidas economias ainda passam por um processo de recuperação, após a retração sofrida recentemente. Isso talvez explique o relativo pessimismo do Reino Unido, EUA e Austrália, que ficaram abaixo da média geral no levantamento.

No entanto, Boeing alerta que o caso representa mais o amadurecimento do empresariado do que pessimismo. "Essas economias vão sair da crise, mas demorará um pouco. A retomada dos financiamentos para investimento em empresas exportadoras e importadoras começou a se recuperar neste terceiro trimestre."

Para Rodrigo Caramez, diretor de Produtos Pessoa Jurídica do HSBC, o volume de capital usado pelo banco em financiamentos no Brasil "caiu consideravelmente", mas a tendência é de crescimento. "Hoje, há uma diminuição de riscos e estabilidade. Até o final deste ano devemos ter à disposição das pequenas e médias empresas mais US$ 150 milhões", afirma. "No próximo ano, o caixa deve crescer em 25% para o comércio exterior. Isso está no código genético do banco."

Todavia, o banco não prevê a criação de novos produtos para captar clientes, não só no Brasil, mas também no exterior, e aposta que o mercado asiático será o responsável pelo reaquecimento da economia. "A Ásia será o grande motor mundial e o Brasil, como grande vendedor de commodities, vai se beneficiar disso".

DCI – 27.10.2009


Comus realiza reunião sobre o Porto de Santos

Lyne Santos

O Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), promoverá nesta terça-feira, às 18 horas, uma reunião para discutir questões relacionadas ao planejamento estratégico do Porto de Santos. O encontro acontecerá na Associação Comercial do Estado de São Paulo (Rua Boa Vista, 51, em São Paulo).

O evento contará com a presença do diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, o engenheiro Renato Barco, que abordará temas como o balanço de fluxo de cargas, investimentos nas instalações portuárias e acessos ao complexo, e o Porto sem Papel.

Barco acredita que o plano de eliminar o manuseio de vários formulários e papéis, criando um sistema informatizado para integrar os agentes envolvidos nas operações portuárias, tem grande importância no desenvolvimento do Porto de Santos. "O Porto sem Papel é um elo importante na cadeia portuária. Estamos com a previsão de que seja concluído entre abril e maio de 2010".

Apesar do Porto 24 horas ser pauta da reunião, o diretor da Codesp não pretende discursar a respeito deste projeto. Barco firmará sua apresentação nas projeções otimistas do Porto de Santos para os próximos anos, como o Macro-planejamento do Complexo Portuário de Santos, o Master Plan. "Temos a expectativa de em 2024 estar movimentando 230 milhões de toneladas", acredita.

Para o coordenador do Comus, José Candido Sena, o projeto Porto 24 horas será o destaque do encontro, uma vez que o assunto vem sendo defendido pelo Comitê desde 2007. "Nossa expectativa para esta terça-feira é favorável, já que esse é um dos mais importantes programas para o porto e estamos no limiar de grandes avanços, da sua efetiva implantação. O projeto tem sido bem aceito pela comunidade marítima portuária de Santos. Os importadores e exportadores já começam a se sensibilizar e os órgãos anuentes estão dispostos a participar das discussões", destacou Sena.

Segundo ele, durante os últimos dois anos, o Comus já se reuniu com os principais operadores do setor privado e com exportadores e importadores da capital. Para 2010, além de intensificar os debates em São Paulo, a intenção é expandi-los para o interior do Estado. "A primeira cidade será Guarulhos. Queremos alcançar os pontos de atração de carga conteinerizada para abordarmos o esquema do Porto 24 horas", explicou Sena.

Para ele, assim que implantado, o projeto deverá trazer ganho de produtividade às instalações já existentes, com redução de tempo de trânsito de mercadorias e consequente diminuição de custos. "É o que os importadores e exportadores precisam para ter competitividade".

Outro benefício mencionado por Sena foi a geração de empregos. "Assim que desenvolvido em sua plenitude, no porto organizado e retroárea, será um forte indutor de empregos na região".

Mais informações sobre a reunião podem ser obtidas pelo telefone (11) 3244-3500 com Teresa ou pelo e-mail tneuma@acsp.com.br.

A Tribuna – 26.10.2009


Exportações da China devem crescer 10% em 2010, diz economista

da Reuters, em Pequim

A China vai manter as políticas de estímulo às exportações em 2010, mesmo com a previsão de um crescimento de 10% nas vendas externas, afirmou um importante economista do governo nesta terça-feira.

"Essa é uma previsão conservadora", afirmou Zhang Xiaoji, pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Pesquisa, instituto ligado ao governo.

As exportações caíram 15,2% em setembro sobre igual mês de 2008 e o governo projeta um recuo de dois dígitos em 2009 como um todo.

A base fraca deste ano será uma plataforma para recuperação das vendas no próximo, acrescentou Zhang em um fórum.

"O vice-primeiro-ministro, Li Keqiang, disse que a China manterá as políticas tributárias e eu acredito que isso se aplica também às políticas de abatimento tributário", acrescentou.

A China diminuiu uma série de impostos para exportações e elevou os abatimentos tributários para uma série de bens para ajudar a indústria.

Folha de São Paulo – 27.10.2009

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