quarta-feira, 28 de outubro de 2009


Docas prevê gargalos nos acessos ao porto

Da Redação

"Teremos problemas seríssimos de gargalos ferroviários na Baixada Santista e no Planalto", afirmou o diretor de Planejamento da Codesp, Renato Barco, em reunião do Comitê de Usuários de Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), na sede da Asssociação Comercial de São Paulo, na Capital, na noite desta terça-feira.

Os limites dos atuais acessos ferroviários ao Porto de Santos constam de um estudo que a Codesp encomendou, afirmou Barco.

A pesquisa, que deve ser entregue até o final do próximo mês, também destaca que o Sistema Achieta-Imigrantes (SAI), principal acesso rodoviário ao complexo portuário, vai começar a apresentar problemas sérios entre 2018 e 2019.

Os gargalos nos acessos ao Porto ocorrerão com o aumento previsto na movimentação de cargas. Conforme projeções iniciais do master plan do complexo marítimo (estudo que avalia a demanda atual e futura de cargas e a necessidade de infraestrutura), os contêineres terão o maior crescimento na região até 2024.

A Tribuna – 27.10.2009


Brasil poderá ter comércio em moeda local com China, Rússia e Índia, diz Meirelles

LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

O Brasil poderá ter comércio em moeda local com a China, Rússia e Índia, informou nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

De acordo com Meirelles, o BC tem trabalhado com os bancos centrais dos três países para possibilitar a compra e venda de produtos nas moedas locais, como já ocorre com a Argentina.

"Estamos trabalhando os dois bancos centrais juntos para viabilizar comércio com a China em moeda local. Estamos trabalhando também em conjunto com os bancos centrais da Rússia e da Índia", afirmou.

Na semana passada, o BC brasileiro assinou acordo com a autoridade monetária do Uruguai para iniciar processo semelhante. De acordo com o BC, o comércio em moeda local com o Uruguai deverá começar no segundo trimestre do próximo ano.
O comércio em moeda local com a Argentina já funciona desde setembro do ano passado. Em setembro, a corrente de comércio em moeda local entre os dois países foi de R$ 74,8 milhões.

Folha Online – 27.10.2009


Deficit da balança comercial é o sexto do ano

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A balança comercial brasileira registrou deficit de US 74 milhões na quarta semana de outubro, o sexto resultado semanal negativo no ano. O último resultado negativo havia sido na quinta semana de setembro (-US$ 10 milhões).

Números divulgados hoje (27) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior revelam que as importações brasileiras, nos cinco dias úteis do período, chegaram a US$ 3,339 bilhões e as exportações, a US$ 3,265 bilhões.

No mês, o saldo comercial acumula resultado positivo (superavit) de US$ 1,239 bilhão, com exportações de US$ 11,001 bilhões e importações de US$ 9,762.

No ano, em 203 dias úteis, o superavit brasileiro somou US$ 22,510 bilhões, com média diária de US$ 110,9 milhões, desempenho 12,2% maior que o registrado no mesmo período de 2008, quando a média diária do saldo comercial foi de US$ 98,9 milhões.

Segundo o ministério, as exportações do ano somam US$ 122,798 bilhões, com média diária de US$ 604,9 milhões, valor 24,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2008 (US$ 801,1 milhões) e as importações totalizaram US$ 100,288 bilhões (média diária de US$ 494 milhões).

A cifra representa um desempenho 29,6% menor do que o do ano passado, quando a média foi de US$ 702,2 milhões.

Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulga o detalhamento da balança comercial brasileira até a quarta semana de outubro no site www.mdic.gov.br.

Agência Brasil – 27.10.2009


Cenário para entrada da Venezuela no Mercosul é positivo, avalia ministro

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse hoje (27) que o governo avalia de forma positiva o cenário para a aprovação da entrada da Venezuela no Mercosul. Segundo ele, a expectativa é de que a aprovação pelo Brasil poderia influenciar a decisão dos países que ainda não concordaram com a adesão da Venezuela, como o Paraguai.

Na tarde de hoje, a Comissão de Relações Exteriores do Senado realiza uma audiência pública para discutir o assunto, com a participação do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que é opositor ao governo do presidente venezuelano Hugo Chávez.

Padilha disse ter a expectativa de que o prefeito defenda a entrada da Venezuela, mesmo sendo opositor ao governo de Chávez. “É uma visita importante porque tira qualquer conotação de apoio ao atual presidente da Venezuela.”

Se for aprovado na Comissão de Relações Exteriores, o relatório autorizando a adesão da Venezuela no Mercosul deve ser votado pelo plenário do Senado – o que deve ocorrer em novembro.

A Argentina e o Uruguai já autorizaram a Venezuela a tornar-se membro do bloco. No Paraguai, por não contar com maioria absoluta no Senado, o presidente Fernando Lugo retirou o pedido. De acordo com negociadores paraguaios, o processo só será solucionado em 2010, depois que for definida a decisão brasileira.

Agência Brasil – 27.10.2009


Embaixador apela ao Congresso para que apoie adesão da Venezuela ao Mercosul

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em defesa da adesão da Venezuela ao Mercosul, o representante permanente do Brasil na Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração (Aladi), embaixador Régis Arslanian, apelou hoje (27) ao Congresso Nacional que apoie a participação de todos os países latino-americanos no bloco. Segundo ele, a “integração” é de interesse do Brasil, que será favorecido com uma vizinhança tranquila e forte.

“É uma necessidade de o Brasil se integrar. Se a Colômbia e o Chile quiserem se unir ao Mercosul [serão bem-vindos]. Não é uma questão de pensarmos na adesão só da Venezuela, mas de todos os países. Qualquer país latino-americano pode aderir ao Mercosul”, disse Arslanian, na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

O embaixador defendeu a integração da Venezuela no Mercosul ao lado do prefeito de Caracas, Antônio Ledezma, que presta esclarecimentos ainda hoje na comissão. “O Brasil tem cumprido a responsabilidade de ser o grande incentivador da integração do Mercosul”, afirmou o diplomata. “Temos de ter uma visão estratégica, como a União Europeia.”

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), reiterou hoje que é contrário ao ingresso da Venezuela no Mercosul porque considera que o governo do país vizinho desrespeita a cláusula democrática. “O atual governo da Venezuela tem tomado providências que representam desmoronamento e desvio da democracia”, disse.

O relatório que pode autorizar a adesão da Venezuela ao bloco será votado na próxima quinta-feira (29), na Comissão de Relações Exteriores. Se aprovado, o documento deverá ser submetido à nova votação, desta vez no plenário do Senado.

O tema é polêmico. O senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE), por exemplo, fez um relatório contrário à adesão da Venezuela ao bloco por acreditar que o governo do venezuelano Hugo Chávez não é democrático. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), no entanto, preparou um voto em separado argumentando que as razões econômicas devem estimular o apoio à adesão.

Agência Brasil – 27.10.2009


Senado decide na próxima quinta-feira envio de missão à Venezuela

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Comissão de Relações Exteriores vai decidir na próxima quinta-feira (29) se um grupo de cinco senadores será enviado à Venezuela para analisar as condições políticas e econômicas para o ingresso do país vizinho no Mercosul. O requerimento propondo o envio dos parlamentares foi apresentado hoje (27) pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), com o apoio do senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Apesar da proposta dos senadores, está mantida para quinta-feira (29) a votação do relatório sobre o ingresso dos venezuelanos no bloco. Senadores da oposição reclamam da suposta existência de pressão para apressar a votação do tema, mas reconhecem também que o governo tem maioria para evitar novos adiamentos nos debates.

Paralelamente, o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) sugeriu hoje (27) que seja feito um acordo com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, para que ele assegure o cumprimento de garantias de que vai respeitar e cumprir os princípios democráticos.

Relator do assunto na comissão de Relações Exteriores do Senado, Tasso sugeriu que a base aliada negocie com o governo de Chávez para assegurar o eventual cumprimento de um acordo a ser definido.

“É necessário que sejam dadas garantias formais de que o jogo democrático será respeitado e também a questão econômica”, afirmou Tasso, que elaborou relatório contrário ao ingresso da Venezuela no Mercosul, sob alegação de que Chávez não respeita a cláusula democrática. “Eu posso rever [o relatório]. Mas não estou dizendo que vou rever.”

Depois de aprovado na comissão, o relatório deverá ser votado no plenário do Senado. Na manhã de hoje (27), o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ratificou que é contra a adesão dos venezuelanos no Mercosul. Assim como os integrantes dos partidos de oposição, Sarney disse que teme o descumprimento da cláusula democrática.

Na tarde de hoje, o prefeito de Caracas (Venezuela), Antonio Ledezma, que faz oposição a Chávez, defendeu com veemência o ingresso de seu país no bloco. Segundo ele, o isolamento pode prejudicar os venezuelanos.

Agência Brasil – 27.10.2009


Economia dos EUA melhora, mas ainda é frágil, diz Tesouro

da France Presse, em Nova York

A economia dos Estados Unidos dá sinais de reativação e o sistema financeiro do país "está melhor", mas a situação ainda é frágil, disse nesta terça-feira (27) o secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, em conferência na cidade de Nova York.

"Há sinais de um início de reativação muito mais rápido que o previsto e mais veloz que nas recessões precedentes", afirmou Geithner.

O sistema financeiro "está melhor", mas a situação ainda não foi definida, avaliou Geithner. Os bancos regionais, em particular, "enfrentam um ambiente difícil, dependem mais de outros bancos e têm mais dificuldades para obter crédito".

Segundo ele, as "estatísticas sobre a confiança" das empresas e dos consumidores "melhoram, o custo do crédito caiu e as grandes empresas já podem obter dinheiro com mais facilidade".

O secretário estimou que a economia americana "ainda não precisa" de um novo plano de reativação, e disse que o Congresso prepara "várias coisas, incluindo a ampliação do prazo do pagamento do seguro desemprego", além de "medidas fiscais".

Folha Online – 28.10.2009

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