terça-feira, 20 de outubro de 2009


Brasil será "a grande história" de 2010, diz "Financial Times"

da BBC Brasil

Um artigo publicado na edição desta terça-feira do jornal "Financial Times" afirma que "o Brasil é a potência do século 21 a se observar".

Assinado pelo comentarista Michael Skapinker, o artigo compara duas visões antagônicas do país - uma negativa, na qual se sobressaem problemas de violência e desigualdade social, e uma positiva, que ressalta uma economia pujante e plena de recursos naturais.

Sem tomar partido por uma das visões, o comentarista diz que o país será "a grande história do próximo ano".

Os fundamentos de sua avaliação foram apresentados por ele em um recente encontro que reuniu jornalistas de diferentes publicações internacionais.

"O Brasil acabava de passar por uma crise financeira em boa forma. O país estava sentado em uma vasta descoberta de petróleo em alto mar. Havia testemunhado a maior abertura de capital do mercado neste ano - os US$ 8 bilhões colocados em bolsa pelo braço brasileiro do Santander. Seria também a sede de dois dos maiores eventos esportivos do mundo: a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016."

Para Skapinker, o outro lado da moeda seria a violência. "Não pude esconder certa palpitação em relação às desvantagens conhecidas do Brasil", diz ele, citando relatos e notícias de furtos, assaltos à mão armada a sequestros.

"Não vi nada disso", diz o comentarista, que recentemente fez sua primeira visita ao Brasil. "Mas dois dias após minha saída do país, enfrentamentos armados entre gangues rivais no Rio custaram pelo menos 14 vidas, incluindo as de três policiais mortos quando o helicóptero em que estavam foi abatido."

Para o comentarista, "é grande crédito do Brasil que, durante vários dias de encontros e entrevistas no Rio e em São Paulo, ninguém negou que o crime violento é uma realidade no país, e pode ter um sério impacto no seu desenvolvimento".

Já pelo lado positivo, diz Skapinker, "o Brasil é um país com imenso potencial, um povo acolhedor e diverso, excelente comida e diversas empresas de porte mundial". "Diferentemente da China, o Brasil não tem conflitos étnicos agudos e é uma democracia partidária. Os brasileiros reclamam da corrupção de seus políticos, mas apontam que, ao contrário dos Estados Unidos, os resultados das eleições presidenciais - a próxima é em outubro de 2010 - são anunciados rapidamente."

O comentarista acrescenta que a riqueza petroleira, em um país que produz a maior parte de sua energia de hidrelétricas e etanol, representa um "prospecto intrigante".

"Os brasileiros sabem que o petróleo pode ser uma maldição ou uma bênção. A maneira como empregarem sua nova riqueza determinará se o país se tornará uma força no século 21."

O comentarista encerra o artigo retomando sua idéia inicial. "O Brasil será uma grande história - não apenas no próximo ano mas por muitos anos."

Folha Online – 20.10.2009

Países da zona do euro estão "preocupados" com debilidade do dólar

da Folha Online

Os países da zona euro estão "preocupados" com a situação atual nos mercados de câmbio e com a debilidade do dólar, disse nesta segunda-feira (19) o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

"Discutimos amplamente entre nós as taxas de câmbio, que são um problema que nos preocupa", declarou Juncker à imprensa, em referência à forte queda do dólar, especialmente diante do euro, o que afeta a recuperação econômica na Europa.

Juncker falou após uma reunião, em Luxemburgo, do foro de ministros de Finanças do Eurogrupo.

A moeda única europeia se valorizou fortemente nas últimas semanas e ontem se aproximou do seu mais alto nível em relação ao dólar em 14 meses.

O euro era cotado na noite de ontem a US$ 1,4958, contra US$ 1,4903 no fechamento de sexta-feira (16).

Desde o início de março, o euro já subiu 18% em relação ao dólar.

"Todos concordam que é preciso um dólar forte, que necessitamos (a Europa) de um dólar forte...", disse a ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde.

O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, pediu que as autoridades americanas passem das palavras aos atos para sustentar o dólar.

"Todos escutamos com grande atenção as declarações das autoridades americanas sobre sua política de dólar forte", disse Trichet.

As autoridades dos EUA garantem que apóiam o princípio de um dólar forte, mas a atual situação favorece as exportações americanas, incentiva a compra interna de produtos nacionais e se transforma em um fator importante para a reativação da primeira potência econômica mundial.

Para a zona euro, o dólar fraco reduz as exportações e ameaça o tímido início de reativação econômica na região, após a recessão que varreu o planeta a partir do final de 2008.

Se a atual força do euro persistir, "corremos o risco (...) de deter a recuperação econômica na Europa", declarou Juncker na sexta-feira passada.

Os 16 países que compartilham a moeda única enfrentam ainda a debilidade da moeda chinesa, o iuane, mantida artificialmente baixa há anos por Pequim para apoiar as exportações da China e seu crescimento.

Juncker anunciou na noite de segunda-feira que "até o final do ano" viajará à China, com Trichet, para analisar "a política de câmbio" e tentar convencer Pequim a permitir a valorização de sua moeda, especialmente em relação ao dólar.

Com France Presse

Folha Online – 20.10.2009


Entra em vigor cobrança de IOF em aplicações estrangeiras

Christina Machado
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Diário Oficial da União de hoje (20) publica o decreto que impõe a aplicação de taxa de 2% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações de investimentos estrangeiros no mercado financeiro do país. A medida foi anunciada ontem (19) pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.

A nova regra tem o objetivo de conter a queda do dólar em relação ao real e evitar que haja excesso de especulação na Bolsa de Valores e no mercado brasileiro de capitais. As aplicações estrangeiras pagarão IOF de 2% quando entrarem no Brasil para investimento em renda fixa e bolsa de valores.

A cobrança do IOF não vai valer para as operações de retorno do capital ao país de origem e nem nas operações de reinvestimento desse capital. Estão isentas da cobrança também as doações em espécie recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela União e destinadas a "ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas brasileiras".

Agência Brasil – 20.10.2009

Aprovada recomendação em favor do sistema de fronteiras integradas

Em sessão nesta segunda-feira (19), em Montevidéu, o Parlamento do Mercosul aprovou uma recomendação ao Conselho do Mercado Comum (CMC) para que estimule os países do bloco a tomarem as medidas necessárias para a implementação do sistema de fronteiras integradas. Decidiu recomendar também ao CMC que solicite aos Estados as gestões necessárias para estabelecer o controle fronteiriço integrado entre os países membros do Mercosul e seus associados.

As recomendações foram sugeridas pelo parlamentar Julián Martín Obiglio. Nas considerações antes da formulação da proposta, o Parlamento defende a necessidade de melhorar a integração aduaneira entre os países membros do Mercosul e lembra que alguns países firmaram convênios nos quais está prevista a integração dos controles fronteiriços por meio das chamadas fronteiras integradas.

O Parlamento manifesta a convicção de que os controles fronteiriços integrados oferecem maiores condições de segurança, ao mesmo tempo em que agilizam os trâmites na passagem de pessoas e mercadorias, beneficiando o turismo e as economias regionais. E esclarece que o sistema de fronteiras integradas tem como objetivo o controle fronteiriço, composto por autoridades de ambos os Estados e utilizando procedimentos administrativos e operacionais compatíveis, na busca da melhoria do combate diário ao crime organizado, que atravessa as fronteiras com mercadorias ilegais e traficando ilegalmente pessoas.

Na mesma sessão, foi aprovada recomendação ao Conselho do Mercado Comum, sugerida pelo parlamentar argentino Adolfo Rodríguez Saa, para que o CMC sugira aos Estados-partes a realização de estudos de viabilidade sobre as principais vias terrestres que ligam os Oceanos Atlântico e Pacífico entre os países do Mercosul para poder realizar uma obra de duplicação da rede existente.

Trabalho

Também foi aprovada nesta segunda-feira a elevação à categoria de Protocolo da declaração sociolaboral do bloco. Para isso, deverão ser incluídos novos temas de discussão que se inseriram no mercado de trabalho do Mercosul, como questões de gênero e discriminação e migração e livre trânsito de pessoas.O Parlamento também recomenda que se estimule a inclusão do direito à negociação coletiva supranacional e o incentivo à criação do Instituto de Trabalho do Mercosul e do Tribunal de Solução de Controvérsias para questões sociais e profissionais.

Sugere ainda o estímulo à intervenção nesse processo do Grupo do Mercado Comum, do CMC, da reunião de ministros do trabalho e de representantes profissionais, empresariais e do Parlamento do Mercosul.
Rita Nardelli / Agência Senado

Agência Senado – 19.10.2009


Decisão atende reivindicações de armadores

Da Redação

O Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Itajaí homologou na última sexta-feira a resolução 23/2009, que cria uma tarifa especial para operações de transbordo. A medida atende a uma antiga reivindicação das armadoras.

A ação busca incrementar esse tipo de operação na região, até então pouco praticada, com a disponibilização de tarifas competitivas e isenção de taxas de armazenagem pelo prazo de dez dias.

Entretanto, para que o Porto possa realizar transbordo de cargas, será necessário um esforço conjunto, com o envolvimento da autoridade portuária, trabalhadores e demais órgãos anuentes, adequando o “custos Itajaí” aos praticados pelos portos que oferecem essa opção de serviço.

A Tribuna – 19.10.2009


Superávit da terceira semana de outubro é de US$ 537 milhões

O superávit (diferença entre exportações e importações) da balança comercial brasileira da terceira semana de outubro de 2009 foi de US$ 537 milhões (média diária de US$ 134,3 milhões). A corrente de comércio (exportações mais importações), nesse período, foi de US$ 5,417 bilhões (média de US$ 1,354 bilhão), resultante de exportações de US$ 2,977 bilhões (média de US$ 744,3 milhões) e importações de US$ 2,440 bilhões (média de US$ 610 milhões). A terceira semana (compreendida entre 12 e 18 de outubro) teve quatro dias úteis, ao contrário do que foi informado no texto divulgado pela manhã (cinco dias úteis).

Pela média diária, as exportações, na terceira semana de outubro, cresceram 9,5% sobre a média verificada até a segunda semana do mês (US$ 679,9 milhões). Esse resultado foi causado por embarques de produtos básicos (+21,1%) – principalmente, petróleo em bruto, minério de ferro, carne de frango e bovina, fumo em folhas e soja em grão – e manufaturados (+1,8%) – com destaque para aviões, óxidos e hidróxidos de alumínio, polímeros plásticos, suco de laranja e pneus. Na mesma comparação, caíram as exportações de semimanufaturados (-15,3%), por conta de celulose, semimanufaturados de ferro ou aço, couros e peles e óleo de soja em bruto.

As importações cresceram 7,2%, em relação à média verificada até a segunda semana do mês (US$ 569 milhões), por conta das aquisições de equipamentos mecânicos e eletroeletrônicos, automóveis e partes, adubos e fertilizantes e instrumentos de ótica e precisão.

Mês

No mês, as exportações alcançaram US$ 7,736 bilhões (média de US$ 703,3 milhões) e as importações US$ 6,423 bilhões (média de US$ 583,9 milhões). A corrente de comércio chegou a US$ 14,159 bilhões (média de US$ 1,287 bilhão) e o superávit a US$ 1,313 bilhão (média de US$ 119,4 milhões).

O desempenho médio diário das exportações foi 16,4% menor que o registrado em outubro do ano passado. Nesse comparativo, houve queda dos embarques brasileiros de produtos das três categorias: semimanufaturados (-21,6%) – cuja retração foi atribuída a óleo de soja em bruto, ferro fundido, ferro-ligas, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles e celulose – manufaturados (-21,2%) – principalmente celulares, automóveis, autopeças, motores e geradores elétricos, aviões e açúcar refinado – e produtos básicos (-6,6%) – motivado por minério de ferro, café em grão, soja em grão, carne bovina e de frango e farelo de soja.

Em relação a setembro deste ano – quando a média diária das exportações foi de US$ 660,2 milhões – houve crescimento de 6,5%, por conta do desempenho das vendas de produtos básicos (+16,3%) e semimanufaturados (+10,5%). As exportações de manufaturados, na mesma comparação, caíram 2,6%.

As importações, também pela média diária, ficaram 25,2% abaixo na comparação com outubro do ano passado (média diária de US$ 781 milhões), por conta de combustíveis e lubrificantes (-55,2%), siderúrgicos (-42,9%), adubos e fertilizantes (-37,7%), produtos de borracha (-32,5%) e automóveis e partes (-16,4%).

Sobre setembro deste ano, quando a média diária das importações foi de US$ 596,9 milhões, houve retração de 2,2%, motivada por aeronaves e partes (-35,2%), combustíveis e lubrificantes (-26,8%), automóveis e partes (-5,9%) e equipamentos elétricos e eletrônicos (-3,9%).

Ano

No acumulado do ano (198 dias úteis), as exportações somam US$ 119,519 bilhões, com média diária de US$ 603,6 milhões, valor 24,6% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 801 milhões). As importações totalizam no ano US$ 96,931 (média diária de US$ 489,6 milhões). Essa cifra é 30% menor que o desempenho do ano passado, quando a média foi de US$ 699,2 milhões.

O superávit no ano chegou a US$ 22,588 bilhões, com média diária de US$ 114,1 milhões. Por esse critério, o desempenho foi 12,1% maior que o registrado no mesmo período de 2008 (média diária de US$ 101,8 milhões). A corrente de comércio de janeiro até a terceira semana de outubro somou US$ 216,450 bilhões (média diária de US$ 1,093 bilhão), valor 27,1% menor que o apresentado no mesmo período do ano passado (US$ 1,500 bilhão).

MDIC – 19.10.2009

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