terça-feira, 19 de janeiro de 2010


Balança comercial acumula déficit de quase US$ 1 bi no mês

Sandra Manfrini, da Agência Estado

BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou um déficit de US$ 592 milhões na segunda semana de janeiro (11 a 17). Com mais este déficit, no mês, o saldo acumulado da balança comercial é negativo em US$ 967 milhões. Em cinco dias úteis, as exportações somaram US$ 2,420 bilhões e as importações, US$ 3,012 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 18, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As exportações somam US$ 4,946 bilhões no mês, com média diária de US$ 494,6 milhões, o que representa um aumento de 6,2% em relação a média verificada em janeiro de 2009 (US$ 465,8 milhões) e uma queda de 24,8% ante a média registrada em dezembro passado (US$ 657,4 milhões).

As importações somam, no mês, US$ 5,913 bilhões, com média diária de US$ 591,3 milhões, o que representa um incremento de 20,4% ante a média de janeiro de 2009 (US$ 491 milhões) e de 5,9% em relação a dezembro passado (US$ 558,4 milhões).

Agência Estado – 18.01.2010


Índia e UE se reúnem na próxima semana para discutir pacto comercial

da Reuters, em Nova Délhi (Índia)

Negociadores da Índia e da União Europeia vão se concentrar em reduzir as suas diferenças de acesso ao mercado e de propriedade intelectual quando se reunirem na semana que vem para tentar promover um pacto de comércio bilateral, disse um diplomata europeu nesta segunda-feira.

As negociações iniciadas em 2007 para um acordo de livre comércio entre a Índia e a União Europeia esbarraram em uma série de obstáculos, especialmente nos esforços da UE para ligar o comércio com questões sensíveis como a mudança climática e o trabalho infantil. A Índia quer manter tudo isso fora das negociações.

Os negociadores vão iniciar as conversas na próxima segunda-feira. Sete rodadas de negociações se concentraram no acesso ao mercado para bens e serviços, cobrindo todo o comércio exceto as compras públicas, que a Índia não quer incluir no pacto.

Daniele Smadja, chefe da delegação da Comissão Europeia para a Índia, disse ter esperanças de progresso por causa da vontade política da conferência Índia-UE que aconteceu no final do ano passado, e também por conta do fim das incertezas sobre a indicação de um novo comissário de comércio da UE.

A União Europeia é um dos maiores parceiros comerciais da Índia. As exportações indianas cresceram 29% em relação ao ano anterior, para US$ 34,5 bilhões no ano fiscal de 2007-2008, de acordo com dados do governo. O pacto proposto deve ajudar o comércio bilateral a superar US$ 237 bilhões até 2015.

Folha de São Paulo – 18.01.2010


França e Alemanha elevam previsões de crescimento para 2010

da France Presse, em Paris
da Folha Online

França e Alemanha revisaram em alta nesta segunda-feira suas estimativas de crescimento para 2010, a 1,4 e 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) respectivamente, refletindo a melhoria da conjuntura para os dois países da zona do euro após a recessão de 2009.

Do lado francês, o crescimento neste ano será de 1,4%, ao invés do 0,75% projetado até agora, anunciou a ministra da Economia, Christine Lagarde, durante uma coletiva de imprensa. O FMI (Fundo Monetário Internacional) acaba de subir também sua projeção de crescimento para a França em 2010, estimando que se situará entre 15 e 2% do PIB, ao invés de 0,9%.

Quanto à Alemanha, o governo espera um crescimento de 1,5% contra a previsão anterior de 1,2%, assinalou o Ministério das Finanças. A Alemanha sofreu em 2009 a pior recessão desde o pós-guerra, com uma queda de 5% em seu PIB.

O Bundesbank (banco central alemão) informou hoje que o ritmo da recuperação econômica da Alemanha está diminuindo com a redução dos gastos do consumidor em automóveis e no varejo. Apesar da economia do país ter crescido no quarto trimestre, com a ajuda da demanda externa, seu dinamismo está sendo limitado pela queda na demanda doméstica, avaliou a instituição.

Folha Online – 18.01.2010


Economia global deve continuar em crise até 2013, diz Prêmio Nobel

da Efe, em Belgrado

A crise financeira mundial não está perto do fim e só terminará, pelo menos, em 2013, apesar do otimismo de banqueiros e pessoas da Bolsa, afirma o Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, após advertir que são necessárias medidas e uma resposta global ao problema.

"Certamente, o mundo não sairá da crise nem em 2010, nem em 2011. Talvez nem em 2012 e 2013", disse Stiglitz a uma publicação sérvia.

Segundo o economista, o país onde começou a crise, Estados Unidos, lutará durante muito tempo contra o deficit e pela recuperação da política monetária.

Stiglitz disse que o otimismo em círculos de negócios é baseado nas previsões de que a recuperação está perto e que a bolsa se estabilizou, mas que o sistema financeiro não depende só dos fatores econômicos.

"É normal que em Wall Street se fale do crescimento global da economia, porque isso vende ações. Os economistas com que falei e com os quais estou de acordo não pensam assim. Pelo contrário: afirmam que o sistema financeiro neste momento é muito mais frágil que antes da crise e representa um risco para uma estabilidade duradoura", afirmou.

"A única pergunta que seria preciso fazer é: quando isso tudo se repetirá?", questionou.

Embora se mostre satisfeito com o ligeiro crescimento da economia, Stiglitz está decepcionado pelo fato de o momento não ter sido aproveitado para reformar o sistema financeiro global.

"É horrível ver que a bola está inflando e não fazer nada, embora esteja claro que explodirá. E não se fez nada nem depois da explosão, principalmente nos Estados Unidos", disse.

Entre as propostas feitas por Stiglitz, estão a prevenção de uma nova crise e a criação de um organismo com mais competências e representação que os existentes, porque "a crise global requer uma resposta global".

Outra reforma proposta por Stiglitz é um novo sistema global de reservas, com uma moeda única, porque é necessário um sistema multilateral que não dependa da moeda de nenhum país concreto.

Folha de São Paulo – 19.01.2010

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