segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


Balança comercial fecha 2009 com superávit de US$ 24,615 bilhões

A balança comercial brasileira fechou 2009 com superávit de US$ 24,615 bilhões (média diária de US$ 98,5 milhões). Esse resultado é a diferença entre exportações de US$ 152,252 bilhões (média diária de US$ 609 milhões) e importações de US$ 127,637 bilhões (média diária de US$ 510,5 milhões). A corrente de comércio – soma das duas operações – totalizou US$ 279,889 bilhões no período.

No ano, as exportações brasileiras – pelo critério da média diária – registraram queda de 22,2% em relação ao desempenho de 2008, quando a média diária dos embarques nacionais chegou a US$ 782,4 milhões. Na mesma comparação, as importações caíram 25,3% ao saírem de uma média diária de US$ 683,7 milhões em 2008, para os US$ 510,5 milhões deste ano.

Também pela média diária, o superávit comercial deste ano (US$ 98,5 milhões) ficou 0,2% menor que o de 2008 (US$ 98,6 milhões). A corrente de comércio - média diária de US$ 1,119 bilhão em 2009 - decresceu 23,6% em relação a 2008 (US$ 1,466 bilhão).

Dezembro

Em dezembro, as exportações somaram US$ 13,720 bilhões (média diária de US$ 623,6 milhões), cifra 0,7% menor que a registrada no mesmo mês de 2008 (US$ 628 milhões). Em comparação com a média diária das exportações verificada em novembro de 2009 (US$ 632,7 milhões), a retração foi de 1,4%.

No mesmo período, as importações chegaram a US$ 12,285 bilhões, com média diária de US$ 558,4 milhões. Esse desempenho foi 6,8% superior ao registrado em dezembro do ano passado (US$ 522,8 milhões) e 7,2% menor que o de novembro de 2009, quando a média diária das importações brasileiras foi de US$ 601,9 milhões.

O saldo comercial em dezembro foi de US$ 1,435 bilhão. O superávit, pela média diária (US$ 65,2 milhões), apresentou redução de 38% sobre o saldo comercial médio registrado em dezembro de 2008 (US$ 105,2 milhões) e crescimento de 112,1% em comparação com a média diária do saldo comercial em novembro de 2009 (US$ 30,8 milhões).

Quarta e quinta semanas de dezembro

Nos quatro dias úteis da quarta semana do mês (entre 21 e 27), as exportações brasileiras chegaram a US$ 2,444 bilhões, com média diária de US$ 611 milhões, e as importações a US$ 1,981 bilhão, com média diária de US$ 495,3 milhões. O superávit registrado nessa semana foi de US$ 463 milhões (média diária de US$ 115,8 milhões) e a corrente de comércio de US$ 4,425 bilhões (média diária de US$ 1,106 bilhão).

Já na quinta semana, entre os dias 28 e 31 (quatro dias úteis), os embarques brasileiros para mercados estrangeiros somaram US$ 2,192 bilhões, com média diária de US$ 548 milhões, e os desembarques de bens importados, US$1,816 bilhão (média diária de US$ 454 milhões). O saldo comercial da última semana de dezembro ficou em US$ 376 milhões (US$ 94 milhões) e o fluxo comercial em US$ 4,008 bilhões (média diária de US$ 1 bilhão)

MDIC – 04.01.2010


Balança comercial fecha o ano com pior resultado desde 2002

SOFIA FERNANDES
colaboração para a Folha Online, em Brasília

A balança comercial brasileira fechou 2009 com superavit de US$ 24,615 bilhões, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento. O resultado é 1,4% menor que o registrado em 2008 e o pior desde 2002, quando o superavit foi de US$ 13,1 bilhões.

Segundo dados do ministério, o resultado do ano passado marca também a terceira redução seguida no saldo positivo da balança comercial brasileira. Em 2006, houve o melhor resultado da série, com US$ 46,45 bilhões de superavit. Depois desse pico, 2007 registrou superavit de US$ 40 bilhões e 2008 teve um saldo positivo de US$ 24,96 bilhões.

No ano passado, as exportações brasileiras atingiram o valor de US$ 152,252 bilhões, 23,08% abaixo dos US$ 197,942 bilhões de 2008. As importações chegaram a US$ 127,637 bilhões, ante US$ 172,986 bilhões um ano antes --um decréscimo de 26,21%.

A corrente de comércio --soma das exportações com as importações, que mede o aumento dos negócios do Brasil com o exterior-- chegou a US$ 279,889 bilhões em 2009, contra US$ 370,928 bilhões em 2008, uma queda de 24,5%. É a primeira diminuição desde 2002, quando houve um baque de 6,64%, e também a pior redução desde o início da série histórica, em 1990.

O saldo comercial do mês ficou em US$ 1,435 bilhão, registrando uma queda de 38% em relação ao saldo de dezembro de 2008, e um aumento de 57,14%% na comparação com novembro de 2009.

Em dezembro, o país exportou US$ 13,72 bilhões, contra US$ 13,81 bilhões no mesmo período em 2008. À medida que as exportações caíram, cresceu o total de importações, que somaram US$ 12,28 bilhões no mês, ante US$ 11,50 bilhões no mesmo período no ano passado.

O mês de dezembro de 2009 contou com 22 dias úteis, mesmo número de dezembro de 2008. Novembro teve 20 dias úteis.

No último dia 28, a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) previu um crescimento de 12% nas exportações brasileiras neste ano, para US$ 170,7 bilhões.

A projeção da agência foi feita com base em uma projeção de US$ 152,4 bilhões em exportações no ano passado, bastante próximo do resultado divulgado hoje.

Já as importações devem crescer cerca de 24%, por causa da taxa de câmbio e do crescimento interno, considerando uma elevação de 5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Folha Online – 04.01.2010


Exportações brasileiras têm maior queda percentual em 60 anos

da Folha Online, em Brasília

O Brasil registrou em 2009 a pior queda percentual nas suas exportações, levando em conta a série histórica elaborada pelo Ministério do Desenvolvimento, que teve início em 1950.

Neste ano, as exportações brasileiras caíram 23,08%. Até então, o pior resultado foi registrado em 1952, quando houve uma queda de 19,8% nas exportações do país em relação ao ano anterior.

O país não experimentava uma retração percentual em suas vendas desde 1999, ano de crise no país, quando as exportações brasileiras caíram 6,1% em relação a 1998.

A balança comercial brasileira fechou 2009 com superavit de US$ 24,615 bilhões. O resultado é 1,4% menor que o registrado em 2008 e o pior desde 2002, quando o superavit foi de US$ 13,1 bilhões.

Segundo dados do Ministério, o resultado do ano passado marca também a terceira redução seguida no saldo positivo da balança comercial brasileira.

Em 2006, houve o melhor resultado da série, com US$ 46,45 bilhões de superavit. Depois desse pico, 2007 registrou superavit de US$ 40 bilhões e 2008 teve um saldo positivo de US$ 24,96 bilhões.

Folha Online – 04.01.2010


Dólar sofre maior desvalorização anual da história frente ao real

O dólar atingiu neste ano sua maior desvalorização em relação ao real, aponta estudo da consultoria Economatica. Nas contas da empresa, a moeda norte-americana perdeu 25,46% até a última terça-feira. A alta desvalorização representa a maior perda anual dos 15 anos de história do real.

A Economatica, que detém registros do câmbio desde 1965, afirma que esta é a maior desvalorização nominal do dólar em relação a todas as moedas brasileiras.

Antes de 2009, a maior valorização do real sobre o dólar tinha acontecido em 2003, quando a moeda americana caiu 18,23% no acumulado anual. Apesar da queda expressiva, do fim de 1994 ano em que foi instituído o plano a 2009 o dólar subiu 106%.

Enquanto a desvalorização do dólar no Brasil no ano marcou 25,46%, no Chile foi de 21,03%; na Colômbia, de 9,17%; no Peru, de 7,4%; e no México, de 5,59%, detalhou a Economatica.

O dólar em baixa favorece os turistas brasileiros que vão ao exterior ou os consumidores que compram produtos importados.

Mas a desvalorização da moeda não é boa para as exportações brasileiras. Isso fez com que o governo decidisse, em outubro, taxar aplicações estrangeiras na Bolsa de Valores (Bovespa) e nas aplicações em renda fixa. Em novembro, o governo adotou outra medida: a cobrança de IOF sobre operações com ações de empresas brasileiras no exterior.

No Governo Lula, o dólar acumula desvalorização de 50,7%.

A valorização nominal do dólar não considera a inflação do período. O dólar utilizado para a análise foi o dólar Ptax (média das taxas efetivas de transação no mercado interbancário, ponderada pelo volume de transações).

DCI – 04.01.2010


SGPC é paliativo para Doha

Na avaliação de Michel Alaby, consultor de comércio exterior e secretário-geral da Câmara Árabe, o acordo de redução tarifária entre países em desenvolvimento não é substituto para negociação da OMC.

Da redação

São Paulo – O acordo sobre redução de tarifas comerciais assinado por países em desenvolvimento, no início de dezembro, é apenas um paliativo para a falta de conclusão da Rodada Doha. A opinião consta de artigo escrito pelo consultor de comércio exterior Michel Alaby, que é secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.

O tratado foi firmado por 22 países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, no âmbito do Sistema Geral de Preferências Comerciais (SGPC), mecanismo vinculado à Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Ele estabelece que os signatários devem reduzir as tarifas de importação entre si em, no mínimo, 20%, e que tal desoneração tem que atingir pelo menos 70% dos itens comercializados.

“Logicamente, a dimensão é menor do que a conclusão da Rodada Doha, porém, não são tão desprezíveis as reduções tarifárias a serem implementadas. De acordo com o secretário-geral da Unctad, Supachai Panitchpakdi, o aumento do comércio pode atingir US$ 8 bilhões por ano com a redução de 20% nas tarifas aplicadas”, diz Alaby.

Participam das negociações do SGPC, que devem se estender pelo menos até setembro de 2010, além do Brasil, a Argentina, Uruguai, Paraguai, Argélia, Chile, Cuba, Egito, Índia, Irã, Indonésia, Malásia, México, Marrocos, Nigéria, Paquistão, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Sri Lanka, Tailândia, Vietnã e Zimbábue.

Segundo Alaby, “o grupo dos países latino-americanos, africanos e asiáticos responde por 15% do comércio internacional, além de 13% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial (aproximadamente US$ 8 trilhões) e tem um mercado conjunto de 2,6 bilhões de pessoas (38% da população mundial). Responderam por 43% da produção agrícola mundial em 2008 (cerca de US$ 780 bilhões) e 16% da produção industrial (cerca de US$ 2,8 trilhões)”.

Ele ressalta, no entanto, que o SGPC não é substituto para as negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Não há dúvida que a conclusão da Rodada Doha é vital para o crescimento do comércio mundial, pois sabemos que mais da metade dos aumentos projetados pela redução tarifária do SGPC resultará em desvio de comércio, e não a criação de novos fluxos de comércio”, afirma. “Diz o ditado: quem não tem cão, caça com gato, mas não é a solução para uma boa caça”, acrescenta.

Alaby destaca, porém, que “a própria credibilidade da OMC está cada vez mais erodida, visto que a falta de resultados concretos monta mais de oito anos”. Ele lembra do fracasso da última reunião ministerial da OMC, no final de novembro: “Mais uma reunião ministerial foi realizada sem se chegar a um mínimo de resultados. Não se conseguiu marcar uma nova reunião. A resistência dos Estados Unidos em permitir uma maior abertura ao comércio agropecuário tem dificultado qualquer avanço. O único compromisso assumido pelos norte-americanos é o de ‘avaliar o estado geral das negociações’ até março de 2010, porém, sem mencionar se a reunião para avaliação será realizada por ministros ou altos funcionários.”

ANBA – 03.01.2010

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