sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


NOTÍCIAS

Mantega: governo vai anunciar novidades para exportação

DANIELA MILANESE - Agencia Estado

DAVOS, SUÍÇA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que o governo anunciará "em breve" novas medidas para estimular as exportações brasileiras. As iniciativas virão das áreas financeira, tributária e de tecnologia. Entre elas, está o financiamento para os compradores de bens de capital e máquinas fabricados no Brasil, de modo a facilitar as vendas para a América do Sul.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já atua nessa área, mas ainda de forma limitada, na visão de Mantega. "Vamos ampliar, de modo que o BNDES faça em grande escala", revelou a jornalistas brasileiros em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

Mantega disse que a preocupação com as exportações brasileiras é constante - atualmente, o Brasil acumula déficit comercial no ano. "Estamos continuamente pensando em medidas que possam aumentar a competitividade dos exportadores brasileiros."

O objetivo é estimular a exportação de bens manufaturados, que sofre com o ambiente de crise externa. Segundo ele, somente os países asiáticos, especialmente a China, continuam demandando, com foco em produtos básicos. "Os demais países estão patinando e comprando menos do Brasil."

Mantega acredita que o comércio externo não irá melhorar este ano, somente a partir de 2011. Ele trabalha com a perspectiva de crescimento das exportações brasileiras entre 6% e 7% este ano, abaixo do avanço obtido em anos anteriores, entre 10% e 15%.

Para o ministro, o câmbio está agora na "direção certa". O próprio déficit em transações correntes acabará provocando a desvalorização do real, que beneficia as vendas externas. "O câmbio estava muito valorizado em agosto de 2008, a R$ 1,55. Agora, a R$ 1,85... nunca está bom, mas certamente está melhor."

Agencia Estado – 29.01.2010

Suape terá primeira ZPE em operação no País

Da Redação

O presidente Lula assinou esta semana o decreto de criação da primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) a entrar em operação no País. Agora, falta somente o alfandegamento pela Receita Federal para que a área seja liberada. Chamado de ZPE de Suape, o espaço contará com R$ 12 milhões da Moura Dubeux (construtora dona do terreno de 198,84 hectares onde está a ZPE) para investimentos na infraestrutura interna.

O Governo do Estado responderá pelos acessos viários externos, gastando R$ 3,75 milhões. A licitação para a contratação das empresas que farão essas obras foi assinada nesta quarta-feira.

“Agora, começa formalmente a existência da nossa ZPE. Começa a construção de sua infraestrutura e as empresas que chegarem vão saber que Pernambuco tem a primeira ZPE rodando do País, e vão querer vir para cá. Vamos dar todo o apoio que já temos dado aos empreendedores que chegam, para ajudar o Estado a crescer, gerar emprego e renda para nossa gente”, afirmou o governador Eduardo Campos.

A ZPE garantirá a suspensão de impostos - a exemplo do IPI, liberdade cambial e procedimentos administrativos simplificados - com a condição de destinarem pelo menos 80% da produção ao mercado externo. O que for comercializado no mercado local é taxado normalmente.

A concessão durará por 20 anos. Ainda não há definição sobre o grupo que administrará a Zona de Processamento ou a respeito das companhias que já estão na lista para disputar uma “vaga” no lugar.

Fonte: Folha de Pernambuco

A Tribuna – 28.01.2010

Índia eleva depósito compulsório e mantém juros em 4,75% ao ano

da Reuters, em Mumbai
da Folha Online

O banco central da Índia surpreendeu os mercados nesta sexta-feira ao elevar o depósito compulsório dos bancos mais do que o esperado e alertar sobre riscos inflacionários, sugerindo que o próximo movimento pode ser uma alta de juro.

O BC manteve a taxa básica de juro na reunião desta sexta-feira em 4,75%. A autoridade elevou o depósito compulsório em 0,75 p.p. (ponto percentual), acima da estimativa de analistas de 0,50 p.p., para 5,75%. O compulsório é o dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a deixar depositados no banco central.

A alta do depósito ocorrerá em duas partes: um aumento de 0,50 p.p. entra em vigência em 13 de fevereiro e o 0,25 p.p. restante passa a valer a partir de 27 de fevereiro.

O banco aumentou sua previsão para a inflação no atacado no ano fiscal que se encerra em março, de 6,5% para 8,5%. A expectativa das autoridade é de uma moderação no ritmo da inflação a partir de julho.

A medida da autoridade monetária indiana chega dias depois de ter entrado em vigor um aumento no depósito compulsório de 0,5 p.p. (ponto percentual) implementado pelo Banco do Povo da China (banco central do país). O aumento foi o primeiro desde que reduziu a taxa em dezembro de 2008 como parte de um ciclo de afrouxamento monetário naquele período.

O governo chinês vem elaborando e implementando medidas a fim de conter a expansão do crédito no país. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou recentemente que a China irá manter um "crescimento razoável" no crédito e na oferta de dinheiro e que manterá políticas fiscais para expandir a demanda doméstica.

Folha Online – 29.01.2010

Japão retoma recuperação, mas com questões pendentes para 2010

JAIRO MEJÍA
da Efe, em Tóquio

O Japão fechou o ano de 2009 com uma certa recuperação da produção e do consumo, mas com a deflação como a maior ameaça para uma economia que poderia ceder este ano seu posto de segunda maior potência mundial para a China.

O desemprego ficou em 5,1% em 2009, o pior nível em seis anos, mas, para as autoridades japonesas, o maior temor é uma deflação que se instalou no Japão com uma queda dos preços de 1,3% no ano passado, segundo dados divulgados hoje.

Estes dois problemas podem colocar em risco, em 2010, a recuperação iniciada no setor manufatureiro, com a melhora da produção pelo décimo mês consecutivo e a melhora das exportações, que contribuíram para que o PIB (Produto Interno Bruto) japonês comece a se recuperar.

O Banco do Japão (BC do país) acredita que a economia japonesa crescerá 1,3% no ano fiscal que começa em abril, mas alertou sobre os problemas que a deflação que já dura dez meses pode causar sobre o indicador que mede a riqueza do país.

O primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, disse hoje que a primeira missão do governo deve ser devolver o Japão ao caminho do crescimento e evitar, assim, uma recaída, por isso pediu o apoio da Dieta (Parlamento) para a aprovação de novos programas de estímulo.

Além disso, Hatoyama pediu ajuda ao banco central para corrigir a deflação que está afetando gravemente a receita das empresas japonesas e prejudica a evolução de uma economia com um grande componente de consumo interno.

Quando saírem os dados do PIB do último trimestre de 2009, o Japão poderia ceder o posto de segunda maior economia mundial à China, mas a forte valorização do iene em relação ao yuan e ao dólar, e a mais que provável melhora nesse período, poderia adiar a substituição.

No entanto, para o governo japonês, há problemas mais urgentes, como a redução da dívida nacional, que está se aproximando de um volume que representa o dobro do PIB e que não parece que vá diminuir a curto prazo, devido às necessidades de financiamento das medidas anticrise.

Devido a este peso, o Standard & Poor's reduziu esta semana a qualidade creditícia AA do Japão para "negativo", em vez de "estável", argumentando que o governo não está tomando medidas sérias para reduzir a dívida, a maior de todas as nações industrializadas.

O Executivo japonês prometeu uma política fiscal sólida e cortes de despesas desnecessárias para financiar os planos de estímulo e um novo orçamento para o ano fiscal que começa em abril, com o objetivo de reduzir os problemas dos governos regionais, das empresas e incentivar o consumo.

No entanto, hoje, o Japão continua sendo uma economia sólida, que consolidou o superavit comercial perdido há um ano, tem a segunda maior reserva de divisas do mundo e mantém o iene como uma das principais moedas nos mercados de capital.

Além disso, o consumo das famílias segue aumentando desde maio, encorajado pelos descontos governamentais ao consumo de eletrodomésticos, eletrônicos e automóveis, que deram força às empresas japonesas, muitas das quais voltaram ao lucro após sofrer o pior da crise em 2008.

Além disso, a China, que vem logo atrás do Japão no ranking das principais economias mundiais, transformou-se no principal mercado que permitiu que o Japão aumentasse suas exportações em dezembro pela primeira vez em 15 meses.

Grandes empresas como a Toyota, a Nissan, a Hitachi e a Panasonic estão orientando sua estratégia de vendas para o mercado chinês, país para onde olha agora o empresariado japonês, em detrimento do tradicional aliado americano.

Folha de São Paulo – 29.01.2010

China enfrentará pressões inflacionárias em 2010, diz Banco Central

da Reuters, em Pequim
da Folha Online

As pressões inflacionárias na China irão se intensificar em 2010, em decorrência dos preços internacionais das commodities e da expansão doméstica da oferta de dinheiro, informou o Banco do Povo da China (Banco Central do país) nesta sexta-feira.

A autoridade monetária chinesa informou também que a recuperação da economia do país está se fortalecendo, mas acrescentou que manterá a política monetária apropriadamente afrouxada, guiando os bancos a concederem empréstimos em ritmo equilibrado.

No ano passado a economia chinesa cresceu 8,7%. Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do país, o valor acumulado do PIB (Produto Interno Bruto) entre janeiro e dezembro de 2009 alcançou US$ 4,91 trilhões. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve queda de 0,7% no ano passado como um todo.

No mês passado, no entanto, o indicador teve alta de 1,9%, na comparação anual. Trata-se do segundo aumento consecutivo após nove meses de recuo. O dado superou as expectativas dos analistas, que previam uma alta de 1,7%. A alta também superou em muito o avanço registrado em novembro, de 0,6%.

Já os preços no atacado tiveram alta de 1,7% no mês passado, na comparação anual, revertendo 12 meses de declínio --em novembro o indicador registrou queda de 2,1%. A expectativa dos analistas era de uma alta de 0,5% em dezembro.

Folha Online – 29.01.2010

Governo dos EUA vê PIB como "melhor notícia" desde explosão da crise

da Folha Online

O governo dos Estados Unidos considerou muito positivo os dados de crescimento do país apresentados nesta sexta-feira, que mostraram um avanço de 5,7% no quarto trimestre do ano passado na comparação com o mesmo período do ano anterior.

O informe sobre o Produto Interno Bruto de hoje é a notícia mais positiva até agora sobre a economia", disse Christina Romer, principal assessora econômica do presidente americano, Barack Obama, em comunicado.

"A mudança desde o primeiro trimestre de 2009, quando o PIB caiu 6,4% em ritmo anual, é realmente extraordinário", insistiu a assessora.

Segundo o Departamento de Comércio, o crescimento do quarto trimestre é o mais alto desde o terceiro trimestre de 2003. Além disso, veio muito acima do esperado pelos analistas de mercado, que apostavam em uma alta de 4,7%.

Apesar da alta inesperada, o PIB americano no ano de 2009 caiu 2,4%. Trata-se do pior resultado desde 1946 --quando a queda foi de 10,9%.

O avanço no trimestre passado refletiu as contribuições positivas dos investimentos em estoques, das exportações e dos gastos do consumidor. Os gastos dos consumidores aumentaram 2% no trimestre passado, menos que no trimestre imediatamente anterior (alta de 2,8%). Os gastos com bens duráveis (com durabilidade mínima prevista de três anos) caíram 0,9%, contra uma alta de 20,4% no período imediatamente anterior. Com bens não duráveis (como alimentos e vestuário) os gastos aumentaram 4,3%, acima do 1,5% visto três meses antes. Os gastos com serviços cresceram 1,7%, após leve alta de 0,8% entre julho e setembro.

Folha Online – 29.01.2010

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