terça-feira, 12 de janeiro de 2010


Protecionismo 'salva' 542 mil vagas na Argentina

AE - Agencia Estado

BUENOS AIRES - Um relatório do Ministério da Economia da Argentina indicou que mais de meio milhão de postos de trabalho - um total de 542.370 - foram "salvos" pelas medidas protecionistas aplicadas intensamente ao longo de 2009 para impedir as denominadas "invasões" de produtos estrangeiros. As principais vítimas das licenças não-automáticas do governo da presidente Cristina Kirchner foram os produtos "made in Brazil" destinados ao mercado argentino.

Segundo o ministério, outros 21.510 postos de trabalho foram protegidos pela aplicação de medidas antidumping. Desta forma, um total de 563.880 postos de trabalho salvaram-se da concorrência de produtos estrangeiros. O Ministério da Economia indicou que os setores mais beneficiados pelas medidas protecionistas foram o têxtil, o móveis e o de bens de capital.

A ofensiva protecionista do governo Kirchner, que também englobou a imposição de autolimitações "voluntárias" de exportações brasileiras para a Argentina, afetou a entrada de calçados, eletrodomésticos, móveis, têxteis, brinquedos, baterias, toalhas, copos de vidro, máquinas de lavar roupa, geladeiras e fogões, entre outros.

Segundo a consultoria Abeceb, o Brasil registrou em 2009 um superávit comercial de US$ 738 milhões com a Argentina, o que representa 83% a menos de saldo favorável na comparação com 2008. Foi o menor superávit com o país vizinho nos últimos sete anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OESP – 12.01.2010


Venezuela espera reduzir em até 40% as importações após desvalorização

da France Presse, em Caracas (Venezuela)
da Folha Online

O governo venezuelano espera reduzir em até 40% as importações do país após a desvalorização da moeda local, um cenário que representa "uma oportunidade de ouro" para o setor produtivo nacional, afirmou o ministro do Planejamento, Jorge Giordani.

"Entre 30 e 40%", respondeu Giordani ao ser questionado sobre quanto esperava de redução das importações em uma entrevista ao canal oficial VTV. "O setor privado tem uma oportunidade de ouro para criar e ter uma economia interna mais forte", completou.

O governo do presidente Hugo Chávez anunciou na sexta-feira passada (8) a desvalorização do bolívar, que tinha cotação fixa de 2,15 por cada dólar desde 2005.

A Venezuela tem agora duas cotações oficiais para o dólar: 2,60 para produtos de primeira necessidade, remessas e importações do setor público e 4,30 para os demais produtos e para a venda dos dólares obtidos com o petróleo.

Diante da correria às lojas de produtos importados, Chávez ordenou no domingo (10) a militares e autoridades que fiscalizassem se o comércio não estava remarcando preços. Ele advertiu, inclusive, que poderia confiscar qualquer loja que especulasse.

As autoridades da Venezuela chegaram a fechar temporariamente nesta segunda-feira lojas da rede varejista colombiana Almacenes Exito, acusada de remarcar preços de produtos.

O fechamento dos supermercados do grupo Almacenes Exito de Caracas e de Zulia vale por um período de 24 horas, disse o Instituto para a Defesa das Pessoas no Acesso aos Bens e Serviços (Indepabis).

Segundo Chávez, "quando fizer falta" e o governo fizer "um estudo bem consciente", se decidirá sobre eventuais aumentos em produtos e serviços submetidos a um adicional controle estatal de preços e tarifas.

Chávez repetiu várias vezes que "a organização e o poder popular", neste caso contra a especulação, permitirá transformar a Venezuela em "uma potência média", objetivo que também passa, de acordo com ele, por um combate adicional ao latifúndio e até ao tabagismo e ao alcoolismo.

Folha Online – 12.01.2010


Desvalorização vai corrigir anomalia em importações da Venezuela, diz deputado

da Folha Online

O presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional, o deputado Ricardo Sanguino, disse nesta terça-feira que a desvalorização do bolívar pelo governo do presidente Hugo Chávez não deve ser usada para custear as despesas do orçamento, e sim para corrigir a "anomalia" nas importações do país.

"O ajuste da taxa de câmbio é tomado não para cobrir o orçamento de despesas, pois é equilibrado, mas para corrigir uma anomalia das importações", disse o deputado, citado pelos jornais venezuelanos "Globovision" e "Ultimas Notícias".

Sanguino afirmou que a mudança da taxa de câmbio, fixa desde 2005 em 2,15 por cada dólar, vai corrigir a desproporção nas importações --já que mais de 90% são provenientes da Comissão de Administração de Divisas (Cadivi) e o resto da permuta do dólar.

A ideia, segundo o deputado, é criar um fundo para estimular a produção nacional do Bicentenário e outro fundo para financiar atividades produtivas para substituir as importações.

"A economia atual da Venezuela impede de se falar em uma sexta-feira negra. [...]", defendeu o deputado, que classificou a oposição como "profeta de desastre" e disse que estaria surpreso se eles dissessem que a desvalorização será positiva.

"Estes analistas da contrarrevolução solicitavam a desvalorização e agora, feitos os anúncios, eles estão contra", disse.

Diante dos temores da população de uma grande perda no poder de compra, o deputado afirmou que a medida não afetará a saúde, que continuará sendo pública, nem reduzirá os salários pela metade. Ele disse que estas afirmações fazem parte da campanha da oposição contra o governo e para criar terror na população.

Correria

Chávez anunciou na sexta-feira passada que a Venezuela tem agora duas cotações oficiais para o dólar: 2,60 para produtos de primeira necessidade, remessas e importações do setor público e 4,30 para os demais produtos e para a venda dos dólares obtidos com o petróleo.

Diante da correria às lojas de produtos importados, Chávez ordenou no domingo (10) a militares e autoridades que fiscalizassem se o comércio não estava remarcando preços. Ele advertiu, inclusive, que poderia confiscar qualquer loja que especulasse.

As autoridades da Venezuela chegaram a fechar temporariamente nesta segunda-feira lojas da rede varejista colombiana Almacenes Exito, acusada de remarcar preços de produtos. O fechamento dos supermercados do grupo Almacenes Exito de Caracas e de Zulia vale por um período de 24 horas, disse o Instituto para a Defesa das Pessoas no Acesso aos Bens e Serviços (Indepabis).

Segundo Chávez, "quando fizer falta" e o governo fizer "um estudo bem consciente", se decidirá sobre eventuais aumentos em produtos e serviços submetidos a um adicional controle estatal de preços e tarifas.

Chávez repetiu várias vezes que "a organização e o poder popular", neste caso contra a especulação, permitirá transformar a Venezuela em "uma potência média", objetivo que também passa, de acordo com ele, por um combate adicional ao latifúndio e até ao tabagismo e ao alcoolismo.

Para acalmar a população, Chávez anunciou ainda que US$ 7 bilhões serão transferidos do Banco Central Venezuelano ao Fundo de Desenvolvimento Nacional, para incentivar o desenvolvimento nacional.

O presidente do Banco Central, Nelson Merentes, explicou que a transferência é possível porque o saldo atual das reservas internacionais da Venezuela está em US$ 35 bilhões, sendo que a reserva legal estabelecida é de US$ 28 bilhões.

Folha Online – 12.01.2010


Espanha planeja que UE feche acordos comerciais com latino-americanos em maio

da Efe, em Bruxelas

Atual ocupante da Presidência da UE (União Europeia), a Espanha apresentou hoje um ambicioso objetivo para o bloco: assinar acordos com o Mercosul, a América Central e países andinos, durante a cúpula de líderes europeus e latino-americanos que será realizada em Madri no mês de maio.

A cúpula está marcada para os dias 18 e 19 de maio. Até lá, a Espanha espera atingir "objetivos ambiciosos" para que a reunião "seja um sucesso", afirmou hoje a primeira vice-presidente do Governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega.

Fernández de la Vega se reuniu hoje com o presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), José Manuel Durão Barroso, para expor este objetivo de Madri e acelerar o trabalho do organismo, o responsável por negociar em nome dos 27 membros do bloco europeu.

O passo mais importante será o reatamento das negociações entre a UE e o Mercosul, suspensas desde 2004, e conseguir dar a elas um impulso rumo à assinatura de um acordo de associação na reunião de maio.

"Para nós, é prioritário que as negociações do acordo UE-Mercosul sejam retomadas", afirmou Fernández de la Vega em entrevista coletiva na qual considerou que existem "as condições necessárias" e há "vontade política" de ambas as partes.

A primeira vice-presidente do Governo espanhol lembrou o trabalho da Comissão Europeia nos últimos meses para avaliar a possibilidade de retomar as discussões e "o apoio político a este objetivo" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua colega da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, cujo país ocupa atualmente a Presidência do Mercosul.

A Presidência espanhola da UE considera "fundamental" não desperdiçar "esta bagagem política" dos últimos meses, com o objetivo de passar dos contatos exploratórios para "negociações formais", acrescentou Fernández de la Vega.

A vice-presidente do Governo espanhol reconheceu que o objetivo "não é fácil", mas insistiu em que europeus e sul-americanos estão diante de "um momento único" para que a UE possa fechar "o acordo regional mais importante de toda sua história."

As negociações entre a UE e o Mercosul estão suspensas desde 2004 já que a parte sul-americana queria vinculá-las aos avanços na Rodada Doha da OMC (Organização Mundial do Comércio).

Além disso, Fernández de la Vega disse confiar em que a UE poderá assinar um acordo de associação com os países da América Central e com o Panamá em separado durante a cúpula de Madri.

O Panamá não faz parte atualmente da negociação deste acordo, mas já pediu a Bruxelas para fazê-lo, uma proposta que a Comissão Europeia considera como "interessante".

A UE espera retomar ainda no início deste ano as negociações com a América Central, suspensas temporariamente depois do golpe de Estado em Honduras, em junho, e também procura uma forma de incluir este país nas conversas.

A vice-presidente espanhola acrescentou que também há a expectativa de assinar em maio convênios comerciais com Colômbia, Peru e possivelmente Equador.

"A Presidência espanhola acha que é preciso fazer um último esforço para assegurar este importante acordo", destacou Fernández de la Vega, segundo a qual Barroso ofereceu a colaboração da Comissão Europeia para a consecução dos objetivos relacionados à América Latina.

Fernández de la Vega ressaltou a Presidência espanhola quer "aproximar a Europa dos países da América Latina e do Caribe" a fim de reforçar a relação entre ambas as regiões.

A cúpula de maio em Madri terá como temas principais a inovação e a tecnologia para promover desenvolvimento sustentável e inclusão social.

Folha de São Paulo – 11.01.2010


Ação do BC no câmbio limita compra de dólares para o Fundo Soberano

da Reuters

A compra de dólares pelo Fundo Soberano, diante da atual política do Banco Central no mercado de câmbio, pode elevar a volatilidade se as atuações ocorrerem de forma paralela. E o combate à volatilidade é justamente o objetivo declarado do governo, conforme reforçou Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional, em entrevista à agência de notícias Reuters na sexta-feira. Ele também afirmou que não há teto para as compras de dólar pelo fundo.

O Banco Central já tem comprado praticamente toda a sobra de moeda estrangeira no mercado brasileiro, o que limitaria a compra de dólares para o Fundo.

Entre maio e dezembro de 2009, o BC comprou US$ 27,4 bilhões, quase todo o superávit cambial de US$ 28,7 bilhões registrado no ano. Em dezembro, chegou a adquirir US$ 1,5 bilhão a mais do que a entrada líquida de moeda norte-americana no país.

Para alguns analistas de mercado, é possível que o superávit cambial diminua neste ano, com a piora das transações correntes por conta do aumento das importações.
Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, espera, por exemplo, um superávit cambial de cerca de US$ 14 bilhões em 2010. "É pouco para você imaginar o BC e o Fundo Soberano atuando", disse. "Pode criar uma confusão."

Analistas também descartam o fim dos leilões do BC no momento. As compras têm sido usadas para reforçar as reservas internacionais, atualmente em cerca de US$ 240 bilhões.

Efeito contrário

Ao comprar mais que o superávit cambial, o governo se arrisca também a alimentar a própria queda do dólar: com a liquidez garantida pelo governo, os bancos podem se sentir estimulados a captar moeda no exterior, engrossar artificialmente o fluxo e ganhar com a valorização do real, como já ocorreu no passado. "Aí o dólar vem para baixo, porque os bancos vão operar para ficar vendidos [na moeda norte-americana]", disse Nehme.

No fim de dezembro, segundo os dados mais recentes do BC, os bancos carregavam pouco mais de US$ 3 bilhões em posições compradas. O aumento das compras pelo governo sem a contrapartida de aumento do fluxo reduziria esse estoque até deixar os bancos em posições vendidas, em condições melhores para apostar na queda da moeda norte-americana.

O professor José Francisco de Lima Gonçalves, da Faculdade de Economia e Administração da USP (Universidade de São Paulo), ponderou que ainda há muita incerteza a respeito da atuação do Fundo Soberano.

"Há uma regra implícita [do Banco Central] que foi combinada: o que entrar, ele vai comprar. O que o Tesouro está falando não é isso. Não é 'o que entrar eu compro'. É 'talvez eu compre'", comentou Lima Gonçalves, que também é economista-chefe do Banco Fator.

Além disso, para que a ação do governo induza novamente à queda do dólar, é preciso que haja boas condições de liquidez no exterior --e isso não está garantido para 2010.

Com uma piora no mercado internacional, as compras pressionariam o dólar para cima, disse o gerente de câmbio de um banco internacional, que preferiu não ser identificado. "Tem que ver qual é o objetivo dele [governo]. Se é puxar o dólar, pode ter sucesso", afirmou.

"No grito"

Na visão de alguns analistas, o poder do Fundo Soberano pode apenas servir como ameaça contra a especulação pela queda do dólar. Na entrevista à Reuters, Augustin reconheceu a utilidade da estratégia: "Basta, às vezes, o mercado saber que há o instrumento para que não haja volatildiade excessiva."

No fim de 2009, muitos profissionais de mercado atribuíram a manutenção do dólar acima de R$ 1,70, em parte, à incerteza sobre as ações do governo, que ameaçava adotar novas medidas além do IOF sobre capital estrangeiro para ações e renda fixa caso a queda dólar se aprofundasse. "Só a possibilidade [de compra] já é um fato. Já faz um pouco de preço", afirmou Lima Gonçalves.

André Sacconato, economista da Tendências Consultoria, concorda que a estratégia de deixar o mercado em dúvida tem resultado no curto prazo. Mas ponderou: no longo prazo, o aumento da incerteza implica em uma piora no prêmio de risco do país. "Aí você aumenta o custo de captação das empresas lá fora", criticou.

Folha de São Paulo – 11.01.2010


Superávit em conta corrente do Japão cresce 76,9%

AE-DOW JONES - Agencia Estado

TÓQUIO - O superávit em conta corrente do Japão cresceu pelo quarto mês consecutivo em novembro, uma vez que a demanda asiática e de outros mercados no exterior continuaram a dar suporte à economia japonesa, disse o Ministério das Finanças.

O superávit subiu 76,9% em novembro, em base anual, para 1,103 trilhão de ienes (US$ 11,95 bilhões), antes do ajuste sazonal. O resultado foi melhor que a alta de 65% prevista pelos economistas entrevistados pela Dow Jones. Em outubro, o superávit em conta corrente havia aumentado 42,7%, para 1,398 trilhão.

As exportações caíram 7% em novembro, em base anual, para 4,704 trilhões de ienes (US$ 50,98 bilhões). Em outubro, os embarques tinham recuado 24,6%. Em bases ajustadas sazonalmente, as exportações cresceram 4%, no mês, de acordo com dados do ministério.

As importações japonesas apresentaram queda de 18,2%, para 4,214 trilhões de ienes (US$ 45,67 bilhões), menor que o recuo de 37,7% registrado em outubro. As importações aumentaram 9% no mês, em bases ajustadas sazonalmente. As informações são Dow Jones.

Agencia Estado – 12.01.2010


Ministro das Finanças japonês concorda com EUA sobre câmbio

REUTERS

TÓQUIO, 12 DE JANEIRO - O novo ministro das Finanças do Japão, Naoto Kan, concordou com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, e disse que a estabilidade do mercado de câmbio é desejável, nas primeiras conversas por telefone com o colega norte-americano desde que assumiu o cargo na semana passada, disse uma fonte do governo nesta terça-feira.

Em uma ligação na tarde de segunda-feira, Kan disse a Geithner que ele participaria da reunião dos ministros das Finanças dos países do G7, que acontecerá no Canadá em 5 e 6 de fevereiro, disse à Reuters a autoridade japonesa com conhecimento direto do assunto.

Não ficou claro se Kan e Geithner vão se reunir para conversas bilaterais no decorrer da reunião do G7, apesar de isso ser normal nessas circunstâncias, disse a autoridade.

A conversa por telefone foi iniciada no Japão, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

Kan, de 63 anos, que também é vice-primeiro-ministro do Japão, foi nomeado ministro das Finanças na quarta-feira passada, subistituindo Hirohisa Fujii, de 77 anos, que deixou o cargo por motivos de saúde.

OESP – 12.01.2010


BC chinês reforça ações para enxugar liquidez no mercado

REUTERS

XANGAI - O banco central chinês sinalizou em suas operações de mercado aberto que está enxugando a liquidez de curto prazo em um ritmo acima do esperado como resposta ao aumento das preocupações sobre o super aquecimento da economia.

O Banco Popular da China elevou o yield da oferta de 20 bilhões de iuans (2,9 bilhões de dólares) de títulos de 1 ano em 8 pontos-básicos, para 1,8434 por cento, após manter o rendimento estável nos 20 leilões anteriores. Analistas aguardavam uma alta de 4 pontos-básicos.

O BC chinês ainda enxugou um recorde de 200 bilhões de iuans por meio de seus acordos de recompra de papéis de 28 dias, garantindo que irá reduzir a liquidez sobressalente nesta semana.

As ações acontecem após relatórios mostrarem que os empréstimos bancários dispararam na primeira semana do ano para 600 bilhões de iuans, elevando os temores de que a terceira maior economia do mundo estaria super aquecida.

OESP – 12.01.2010


Déficit comercial britânico cai acima do esperado em novembro

REUTERS

LONDRES - O déficit comercial britânico com o resto do mundo caiu acima do esperado em novembro, após o déficit com países fora da União Européia recuar para o menor nível desde 2005, mostraram dados oficiais nesta terça-feira.

A agência nacional de estatísticas divulgou que a balança comercial da Grã-Bretanha registrou um saldo negativo de 6,784 bilhões de libras em novembro, ante 7,016 bilhões de libras em outubro, reflexo de uma queda de 0,8 por cento nas importações e alta de 0,1 por cento nas exportações.

Economistas previam um déficit de 7 bilhões de libras

OESP – 12.01.2010


Déficit comercial dos EUA cresce a US$ 36,4 bi em novembro

Marcílio Souza, da Agência Estado

WASHINGTON - Os Estados Unidos registraram um déficit comercial de US$ 36,40 bilhões em novembro, um resultado 9,7% maior que os US$ 33,19 bilhões de outubro, informou hoje o Departamento de Comércio. O déficit comercial de outubro foi revisado em relação ao montante de US$ 32,94 originalmente anunciado. A previsão média de analistas era de déficit comercial de US$ 34,7 bilhões em novembro.

Embora as exportações tenham registrado o sétimo mês consecutivo de ganhos, à medida que o crescimento econômico retorna, o aumento dos preços do petróleo contribuiu para que o déficit aumentasse. Depois de um recuo temporário em outubro, as importações de petróleo recuperaram-se em novembro.

O déficit real, ou ajustado para a inflação, que os economistas usam para medir o impacto do comércio sobre o Produto Interno Bruto (PIB), subiu para US$ 40,71 bilhões em novembro, de US$ 38,33 bilhões em outubro, informou o Departamento de Comércio. As exportações dos EUA cresceram 0,9%, para US$ 138,24 bilhões, o maior nível em um ano. Em outubro, elas foram de US$ 137,01 bilhões. As importações aumentaram mais acentuadamente, passando de US$ 170,20 bilhões para US$ 174,64 bilhões, uma alta de 2,6%.

As importações de petróleo bruto pelos EUA subiram para US$ 17,81 bilhões em novembro, ante US$ 17,44 bilhões de outubro, já que os preços mais elevados mais que compensaram a queda em volume. O preço médio do barril em novembro saltou US$ 5,15, para US$ 72,54, o nível mais alto desde outubro de 2008. Em volume, as importações de petróleo bruto caíram para 245,45 milhões de barris, o menor nível desde fevereiro de 1999. Em outubro de 2009, elas haviam somado 258,83 milhões de barris.

Agência Estado – 12.01.2010


Exportação dos EUA para China atinge recorde de US$ 7,33 bi

Marcílio Souza, da Agência Estado

WASHINGTON - As exportações dos Estados Unidos para a China subiram em US$ 469 milhões entre novembro e outubro de 2009, para um recorde de US$ 7,33 bilhões, informou o Departamento de Comércio do país. O déficit comercial dos EUA com a China passou de US$ 22,66 bilhões para US$ 20,22 bilhões entre os dois meses.

Na segunda-feira, 11, no entanto, a China anunciou um aumento de suas exportações totais em dezembro, de 17,7%, num indício de que o déficit comercial dos norte-americanos em relação aos chineses teria aumentado naquele mês.

O déficit comercial dos EUA com o Canadá caiu para US$ 1,42 bilhão em novembro, de US$ 2,09 bilhões de outubro. O déficit com o Japão aumentou para US$ 5,43 bilhões, de US$ 4,42 bilhões de outubro, enquanto o déficit para com a zona do euro subiu de US$ 3,76 bilhões para US$ 4,96 bilhões. O déficit comercial com o México aumentou de US$ 4,55 bilhões para US$ 5,14 bilhões. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado – 12.01.2010


Representante britânico vem ao Brasil aprofundar relações

SÃO PAULO - O posicionamento do Brasil frente a crise financeira global e os resultados positivos encontrados pelo governo federal para combater os efeitos econômicos negativos fizeram com que o secretário-geral do Reino Unido viesse ao País para entender o posicionamento econômico atual e futuro dos economistas brasileiros.

De acordo com a assessoria de imprensa da Embaixada britânica, o objetivo da visita de Sir Peter Ricketts é aprofundar o crescente relacionamento entre Brasil e Reino Unido em vários aspectos, que passam pelo aumento relações comerciais, cooperação relacionada aos Jogos Olímpicos de Londres e Rio de Janeiro e mudanças climáticas. Brasil e Reino Unido são membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2010, e compartilham agendas internacionais comuns.

Ricketts visita o Brasil entre 11 e 14 de janeiro para uma série de encontros em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

Na estadia por São Paulo, Ricketts encontra-se com professores para discutir as estratégias do Brasil para manter a sua posição como global player, e como o Brasil se vê diante da expectativa de que agora é um país cujas decisões são consideradas em uma esfera internacional.

O representante britânico se reúne com jovens empresários que representam a atual economia brasileira e com especialistas em mudanças climáticas.

"Ele se encontrará com jovens empresários que estão vivendo esse momento de projeção do Brasil e que representam o dinamismo da economia brasileira. Entre os convidados estão representantes das empresas Neogama/BBH, Banco Fator, Criatec, Tarpon, Mandalah e Aberdeen Asset Management", afirmou o comunicado da assessoria. Hoje e na quarta-feira, o secretário-geral vai a Brasília para o Encontro Político Anual de Alto Nível (High Level Political Talks) no Itamaraty. Entre os temas a serem discutidos, está a cooperação entre Brasil e Reino Unido no Conselho de Segurança da ONU, na questão das mudanças climáticas após a Conferência de Copenhague e na Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear em maio.

"Sir Peter irá conversar com Fábio Feldman, professor José Goldemberg e Luiz Gylvan de Meira Filho. Objetivo é estreitar a relação entre os dois paises nesse campo, ter um panorama do impacto de Copenhague e como está o engajamento político e social do Brasil com o assunto."

Segundo informações do governo, Ricketts deve se encontrar com o Embaixador Antonio Patriota, que é secretário-geral do Itamaraty para abordar diversos temas bilaterais.

"Será um encontro de consultas políticas, que terá, portanto uma agenda ampla. Poderá ser abordado a cooperação relacionada às Olimpíadas", aponta o comunicado do Itamaraty.

Reforçando o interesse britânico em possíveis parcerias com o Brasil em torno de projetos de planejamento e execução dos Jogos Olímpicos, Peter Ricketts se reúne com representantes do comitê organizador da campanha Rio 2016. O secretário-geral conhecerá as instalações e áreas da cidade já designadas como locais de eventos das Olimpíadas. O Reino Unido tem grande interesse em formar parcerias em torno de projetos de planejamento e execução dos jogos Olímpicos. Ele também terá encontros com executivos de empresas britânicas do setor de petróleo e gás em atuação no mercado brasileiro.

Segundo o professor José Alexandre Hage, da Trevisan Escola de Negócios, outro grande motivo da visita é o "trunfo bioenergético" do País. "O secretário deve estar interessado também no potencial bioenergético do Brasil, que pode fornecer para Londres, que funciona a base de queima de óleo e energia atômica, uma nova alternativa de energia", afirmou.

Comércio bilateral

Entre janeiro e novembro de 2010, o Brasil e o Reino Unido tiveram uma corrente de comércio no valor de US$ 5.489 bilhões, o que representa uma queda de 7,3% na comparação com o mesmo período de 2008.

O saldo comercial, no entanto, permanece favorável para o Brasil em US$ 1.269 bilhões, o que representa um aumento de 6,10% na mesma comparação anual.

DCI – 12.01.2010


Terminais calculam queda de 17,25% nas operações de 2010

Da Redação

O movimento de contêineres no Porto de Santos deve ter fechado 2009 com uma queda de 17,25%. Será a primeira vez, em 10 anos, que este segmento ficará com índices negativos no complexo.

A principal responsável pela redução nas operações de contêineres foi a crise econômica internacional que reduziu o comércio mundial em quase 15%. Dados do Instituto de Navegação e Logística, de Bremen (Alemanha), apontavam, já no primeiro semestre do ano passado, que a retração na troca de contêineres de e para o continente americano seria de 19% no ano.

A Tribuna – 12.01.2010


Economia da Alemanha continua em ritmo fraco, mostram pesquisas

da Folha Online

A economia da Alemanha continua a apresentar ritmo fraco de recuperação da crise, segundo duas pesquisas divulgadas nesta terça-feira.

O Destatis (Escritório Federal de Estatística, na sigla em alemão) informou hoje que os tribunais de falências do país receberam 14.180 novos casos em outubro de 2009, um aumento de 6,7% em relação ao mesmo mês de 2008.

Entre janeiro e outubro do ano passado foram registrados 135.517 casos de insolvência entre empresas, 4,1% a mais que um ano antes.

Em outra pesquisa a Associação dos Fabricantes Alemães de Máquinas e Equipamentos (VDMA) informou que as encomendas no setor tiveram em novembro a 14ª queda consecutiva, de 12% em relação ao ano anterior --em outubro os pedidos caíram 29% sobre outubro de 2008.

De setembro a novembro o setor registrou uma queda de 25% nas encomendas, em relação ao mesmo período de 2008, segundo a associação. O economista-chefe da VDMA, Ralf Weichers, disse que os resultados mostram, no entanto, que a queda parece estar diminuindo de ritmo.

"Os pedidos em novembro confirmam nossa previsão de que a forte queda nas encomendas de maquinário está chegando ao fim", afirmou, segundo a agência de notícias AP (Associated Press).

O setor registrou em abril do ano passado uma queda anualizada de 58%, a maior já ocorrida. Em outubro de 2008, por sua vez, a queda foi de 16%, a menor nos registros da associação.

Folha Online – 12.01.2010


Venezuela anuncia plano de racionamento de energia em meio à maxidesvalorização da moeda

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Às voltas com as reações causadas pela corrida ao comércio por causa da maxidesvalorização da moeda, o governo da Venezuela anuncia hoje (12) o plano de racionamento intermediário de energia em todo o país. As medidas vão desde cortes de energia até mudanças no horário de funcionamento de serviços públicos.

Paralelamente as autoridades do setor buscam alternativas para evitar o desabastecimento.

Uma das propostas é cortar a luz por cerca de quatro horas por dia e autorizar o fornecimento apenas em áreas específicas. Outra medida que deve ser adotada é reduzir o horário de funcionamento dos departamentos públicos, aproveitando a luz do sol, abrindo às 8h da manhã e encerrando às 13h.

No último domingo (10), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em seu programa de televisão Alô, Presidente não escondeu sua preocupação com a redução do nível de água do mar. Nesta terça-feira, os presidentes e diretores das companhias de energia elétrica se reúnem para anunciar os detalhes do plano.

No mês passado, Chávez foi à televisão e apelou para que a população reduzisse o consumo de energia em todo país. Bem-humorado, sugeriu que os banhos fossem rápidos e que as pessoas abandonassem banheiras e jacuzis.

O plano de racionamento ocorre no momento em que a Venezuela passa por drásticas mudanças na sua economia. Chávez anunciou a criação de uma taxa cambial dupla – uma para os setores básicos da economia, com um dólar a 2,60 bolívares, e outra para o restante da economia, com o dólar a 4,30 bolívares. A taxa oficial de câmbio era mantida estável pelo governo desde 2005 em 2,15 bolívares por dólar.

A iniciativa provocou uma corrida às lojas de produtos importados, principalmente eletrodomésticos, em decorrência da remarcação de preços. Indignado, Chávez colocou o Exército, a Guarda Nacional, os Conselhos Comunitários e o Comitê de Controladoria para fiscalizarem os abusos. De ontem (11) para hoje 70 lojas foram fechadas.

De acordo com estudos publicados hoje (12) na imprensa venezuelana, a desvalorização do bolívar provocou uma perda de 62,3% no salário mínimo da Venezuela em comparação com os últimos 27 anos. Porém, Chavez insiste que as mudanças de câmbio vão gerar efetivamente a duplicação receitas decorrentes da venda de petróleo e o governo poderá elevar os investimentos em mais de 50%.

Edição: Talita Cavalcante

Agência Brasil – 12.01.2010

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