segunda-feira, 14 de junho de 2010


NOTÍCIAS


Balança comercial da segunda semana de junho tem corrente de comércio de US$ 7,7 bilhões

A balança comercial da segunda semana de junho de 2010 fechou com déficit de US$ 166 milhões e média diária de menos US$ 33,2 milhões. O saldo comercial negativo dos cinco dias úteis do mês, de 7 a 13, foi resultante da diferença entre exportações de US$ 3,767 bilhões (média diária de US$ 753,4 milhões) e importações de US$ 3,933 bilhões (média diária de US$ 786,6 milhões). Em consequência, a corrente de comércio (soma das duas operações) fechou o período em US$ 7,7 bilhões (média diária de US$ 1,540 bilhão).

No mês, com oito dias úteis, o superávit foi de US$ 979 milhões e a média diária de US$ 122,4 milhões. Somando as duas semanas de junho, as exportações chegaram a US$ 6,969 bilhões (média diária de US$ 871,1 milhões) e as importações a US$ 5,990 bilhões (média diária de US$ 748,8 milhões). A corrente de comércio somou US$ 12,959 bilhões (média diária de US$ 1,619 bilhão).

Na comparação com todo o mês de maio deste ano, utilizando o critério da média diária, as exportações cresceram 3,3% e as importações 10,3%. Em comparação com o mês de junho de 2009, o acréscimo foi maior, com as exportações tendo aumentado 26,4% e as importações 59,4%.

Também pelo critério da média diária, foi registrado aumento na corrente de comércio - mais 6,4% na comparação com maio último e 39,8% frente a junho do ano passado. Por outro lado, o saldo comercial caiu 25,4% se comparado com maio de 2010 e 44,2% em relação a junho de 2009.

Superávit no ano

No acumulado do ano, o superávit da balança comercial foi de US$ 6,588 bilhões, com média diária de US$ 59,9 milhões. O resultado foi 41,4% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, que teve saldo comercial positivo de US$ 11,248 bilhões e resultado médio diário de US$ 102,3 bilhões.

Nas exportações, na comparação pela média diária, o resultado deste ano está 28,5% acima do registrado de janeiro a segunda semana de junho de 2009. De US$ 61,525 bilhões (média diária de US$ 559,3 milhões) passou para US$ 79,063 bilhões (média diária de US$ 718,8 milhões), este ano.

As importações também aumentaram, na mesma comparação. Este ano houve acréscimo de 44,2%, com importações de US$ 72,475 bilhões (média diária de US$ 658,9 milhões). No mesmo período de 2009, o valor registrado foi de US$ 50,277 bilhões (média diária de US$ 457,1 milhões).

Números detalhados sobre a balança comercial da segunda semana de junho serão divulgados às 15h, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no site www.mdic.gov.br.

Clique aqui e acesse os números preliminares.

MDIC – 14.06.2010

Executivos voltam do exterior ou preferem nem sair

Com a economia brasileira em expansão, chances de crescimento profissional começam a ser maiores aqui do que lá fora

Ligia Aguilhar, especial para O Estado

O aumento da relevância brasileira no cenário internacional e a ainda lenta recuperação dos países mais afetados pela crise têm sido motivos suficientes para que executivos brasileiros desistam, pelo menos temporariamente, detentar carreira lá fora.

O fato de o Brasil ser "a bolada vez" também atrai executivos estrangeiros para cá e faz com que os brasileiros expatriados queiram retornar. É o que aponta levantamento feito pela consultoria Fesa, especializada no recrutamento de profissionais de alto Escalão.

Segundo a pesquisa, o número de currículos recebidos de profissionais à procura de vagas no Brasil aumentou 20% de 2008 para 2009 e 30% em 2010. São, pelo menos, 100 currículos recebidos por mês, parte deles vinda de profissionais do exterior. "A economia vai muito bem, nossa moeda está valorizada, então faz todo sentido investir no Brasil, em vez de tentar ganhar dinheiro lá fora", afirma o CEO da Fesa, Alfredo Assumpção.

Foi o que fez o executivo Fábio Marchior, 40, no fim do ano passado, quando decidiu voltar ao Brasil após três anos em Londres, onde era diretor global de finanças da Unilever. "Eu estava interessado em migrar para a Ásia, Europa ou Estados Unidos, mas a falta de oportunidades e a dificuldade para conseguir o visto me fizeram voltar", conta.

Não demorou muito para ele receber diversas propostas de emprego e identificar um cenário melhor do que esperava. Atualmente, é diretor-financeiro e de relações com investidores do Grupo Fleury de medicina diagnóstica. Para ele, é hora de aproveitar as oportunidades no Brasil. "A experiência internacional é importante, mas talvez esse não seja omelhor momento", diz. "Estamos em um período de expansão, no qual o executivo pode aprender a vencer sua fraqueza, que é trabalhar em um cenário positivo, de crescimento."

Segundo o CEO da Fesa, além de boas oportunidades de negócio aqui, o executivo encontra também melhores salários. "Faltam profissionais de talento. Por isso,quem estiver bem preparado vai ser disputado e fatalmente isso levará ao aumento dos salários", afirma. A valorização da moeda brasileira também tornou os salários pagos no País compatíveis com os do exterior.

Empreendedor

O empresário Luis Yananishi, 35, é outro executivo que percebeu cedo as chances de crescimento no Brasil. Entre 2004 e 2008, trabalhou em quatro países como diretor de Marketing da Ambev na América Central. Em julho de 2008, pouco antes de estourar a crise, decidiu voltar. "Eu sentia falta das minhas raízes e percebia o surgimento de novas oportunidades no Brasil", conta.

Com a experiência obtida nas viagens internacionais, decidiu montar um negócio próprio. Abriu, no início do ano passado, o restaurante Viva, um fast food de comida natural. Em menos de dois anos, a loja já tem quatro filiais. "Hoje não há mais risco de grandes mudanças na economia, o País está amadurecendo e tem muitas oportunidades", conta ele.

Experiência

Ir para o exterior, porém, continua sendo benéfico para a carreira do executivo. Uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer indica que 82% das empresas levam em consideração experiências internacionais na hora de preparar lideranças. Em 57% delas, o principal executivo é brasileiro, sendo que 60% deles já estiveram fora.

A recomendação dos consultores é que o executivo esteja pronto para atuar globalmente. "Ele deve buscar o lugar mais atrativo. Há três anos os Estados Unidos, a Europa e a Ásia não oferecem oportunidades", diz o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Mercer, Marcelo Ferrari.

Enquanto isso, sobram investimentos no Brasil. "A menos que aconteça uma catástrofe, deve continuar assim pelos próximos anos", afirma.

E as oportunidades no Brasil não existem apenas pelo aumento no número de negócios em consequência do aquecimento da economia, mas também porque faltam no mercado profissionais altamente qualificados. "A demanda aumentou muito e não temos pessoas preparadas para isso", afirma Ferrari. A solução para as empresas é manter os executivos no País ou buscá-los no exterior.

A pesquisa da consultoria Mercer aponta que 40% das empresas pretende manter seus profissionais trabalhando no Brasil.

OESP – 14.06.2010

Mantega ameaça reduzir alíquota para importar aço

SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na sexta-feira que o governo pode reduzir a alíquota de importação de aço. A declaração foi dada depois que foi anunciado que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 3,14% no primeiro decêndio de junho. No mesmo período do mês de maio, a taxa foi de 0,49%. A principal causa da elevação foi a alta do minério de ferro, matéria-prima da produção de aço.

A taxa de variação do índice referente a Bens Finais recuou de 0,11% para -0,65%.

A divulgação pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aponta que o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) variou 2,21%, no primeiro decêndio do mês de junho em decorrência do aumento de preços do aço e do minério de ferro. Para o mesmo período de apuração no mês anterior, a variação foi de 0,47%.

"O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de 11,26%. No mês anterior, a taxa foi de 0,53%. O item que mais contribuiu para a trajetória de aceleração deste grupo foi o minério de ferro (de -2,67% para 75,25%)", relata o documento apresentado pela FGV.

De acordo com o ministro, a Câmara de Comércio Exterior tem a palavra final sobre o possível aumento das tarifas.

"Quando o setor começa a exagerar na dose e elevar preços, ele já sabe o que vai acontecer: vamos baixar a tarifa de importação", declarou Mantega, em São Paulo. "O que mais preocupa é o aço, porque ele causa um impacto em toda a economia."

O ministro disse que a expansão da demanda interna não está gerando pressão na inflação e que não há superaquecimento econômico. "É bom deixar claro que a inflação que tivemos no primeiro trimestre deste ano não se deveu ao ritmo de crescimento", disse o ministro.

Segundo Mantega, a economia já está se desacelerando por causa do fim das medidas de estímulo, devendo crescer de 6% a 6,5% este ano.

O presidente do Instituto de Aço Brasileiro (IABR), Marco Polo de Mello Lopes, contestou a declaração de Mantega.

Segundo Lopes, a declaração foi recebida com surpresa, uma vez que a redução teria dois motivos para ser exceção de mercado: a especulação de preço ou o desabastecimento do produto internamente.

"Hoje temos um excedente da ordem de 90%, o setor de aço é o que possui maior sobra de produção. Já a especulação de preços existente pelos setores de bens duráveis, como linha branca e automobilístico, é irreal. Fizemos uma análise por meio do IPT em carros e eletrodomésticos e constatamos que os carros utilizam no máximo 10% de aço em sua composição, o que não teria um impacto significativo gerado pelo fator do aumento de preço", frisou Lopes.

Mauro Calil, educador do Centro de Estudos Calil & Calil, argumenta que não é necessário essa medida, por mais que ela tenha resultados positivos.

"O ministro diz que não precisaremos nos preocupar com a inflação, uma vez que a Selic está em alta e a economia se desacelerando, então qual o objetivo dessa redução do preço das importações de aço? Além disso, ela é desnecessária, uma vez que gerará perda de competitividade do setor, redução dos lucros e possível aumento do nível de desemprego", declarou Calil.

"O governo poderia ter tido esta ideia quando o preço do minério de ferro, que é um dos componentes do aço, teve a modificação em sua forma de precificação, ao passar de anual para trimestral e ter aumento de 100%. Agora, não há um real motivo", afirmou.

Segundo ele, o minério de ferro e o carvão representam mais de 50% da estrutura de produção do setor de aço; é impensável que o setor siderúrgico simplesmente absorva isso. Nós achamos que o governo não deve intervir no que diz respeito ao aço. Querem colocar anormalidade onde existe normalidade. Os preços são compatíveis, os aumentos são mundiais", complementou o vice-presidente do IABR.

Empresário do setor afirmou que com essa redução haverá realmente uma redução do número de empregos, pois não há estabilidade de regras, o que complica investimentos futuros.

O analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, relata que os IGPs são decorrentes da alta de 75% do minério de ferro, que vem no processo de altas fortes, mas já atingiu o seu máximo. "O minério de ferro já teve sua cotação em US$ 189 por tonelada; hoje está em US$ 150 e deve apontar a US$ 136 no final de 2010", recorda.

De acordo com o analista da Rosenberg Consultores Associados Felipe Insunza, o efeito do minério de ferro nos índices de preço deve acabar já este mês. No entanto, ele prevê que o preço do insumo básico da siderurgia deve manter um patamar alto, uma vez que, anualizado, o aumento do setor siderúrgico será de 12%.

"Qualquer redução no imposto de importação iria aliviar os preços. Mas não terá um impacto tão considerável, uma vez que o Brasil é muito competitivo, pela alta produção", disse Insunza.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na sexta-feira que o governo pode reduzir a alíquota de importação de aço, mas Vale e Votorantim contestam a necessidade de o governo tomar essa iniciativa.

A declaração de Mantega aconteceu depois que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 3,14% nos primeiros 10 dias de junho. No mesmo período de maio, a taxa foi de 0,49%. A principal causa foi a alta do minério de ferro, matéria-prima da produção de aço.

"Quando o setor começa a exagerar na dose e elevar preços, ele já sabe o que vai acontecer: vamos baixar a tarifa de importação", declarou Mantega, em São Paulo. "O que mais preocupa é o aço porque ele causa um impacto em toda a economia."

As declarações de Mantega são contestadas por gigantes da siderurgia e da produção de minério de ferro. "Hoje o Brasil tem uma boa oferta de aço", afirma o diretor de Negócios da Votorantim Siderurgia, Paulo Musetti. Segundo ele, o País conta com excedente de produção para atender às necessidades internas, sem precisar recorrer à importação do produto.

O presidente da Vale, Roger Agnelli, alerta dos riscos de uma eventual redução da tarifa de importação do aço como forma de combater a inflação, e diz que o minério de ferro não é vilão da inflação. "O aço é importante insumo para várias indústrias e é setor de peso na economia brasileira, por isso é preciso examinar esse assunto com muita cautela", alertou Agnelli.

Valor Econômico – 14.06.2010

Força do euro ocultou problemas fiscais, diz Van Rompuy

DA EFE, EM LONDRES

A força do euro escondeu dos países da zona da moeda única os problemas fiscais subjacentes, segundo o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Em entrevista publicada hoje pelo "Financial Times", o político belga critica ao mesmo tempo os mercados financeiros por sua reação, que considera excessiva às dificuldades econômicas atuais e por guiar-se por "rumores e preconceitos".

"Os mercados se mostraram excessivamente indulgentes na primeira década, mas agora a maior parte do tempo reagem de modo excessivo aos mínimos incidentes", critica Van Rompuy.

"O erro não ocorreu este ano. O erro aconteceu nos 11 primeiros anos da história do euro", assinala o presidente europeu.

"O euro se transformou em uma moeda forte com muito pequenos diferenciais das taxas de juros (nos bônus do Tesouro). Foi como um sonífero, como uma droga. Não percebemos os problemas subjacentes", explica Van Rompuy.

Segundo ele, o bloco de 16 países que integram a zona do euro estiveram a ponto de ruptura no mês passado, algo que teria originado uma crise mundial.

Agora, no entanto, os dirigentes europeus compreenderam que a única forma de avançar é aplicar reformas econômicas que serão politicamente impopulares, mas são necessárias, como a flexibilização dos mercados trabalhistas e o atraso da idade de aposentadoria.

Van Rompuy presidirá na próxima quinta-feira em Bruxelas uma cúpula de chefes de Estado e do governo da União Europeia que deve aprovar um programa de reforma econômica para os próximos dez anos.

Folha de São Paulo – 14.06.2010

Dívida pública da Itália bate recorde de 1,8 trilhão de euros em abril

DA FRANCE PRESSE, EM MILÃO

A dívida pública da Itália, uma das mais importantes do mundo, alcançou 1,81279 trilhão de euros (US$ 2,19 trilhões) em abril, um nível recorde, indicou nesta segunda-feira o banco da Itália.

A dívida italiana progrediu 0,8% em relação ao nível de 1,797734 trilhão de euros (US$ 2,16 trilhões) do mês de março. O Banco de Itália não indica o que representa esta dívida em percentagem em relação ao PIB.

O último recorde em valores absolutos da dívida foi em outubro de 2009, mês que chegou a 1,802264 trilhão de euros (US$ 2,17 trilhões).

Em 2009 a dívida pública da Itállia alcançou 115,8% do PIB e deve progredir a 118,4% este anos, segundo as previsões do governo.

Para sanear as finanças públicas e tranquilizar os mercados, o governo adotou em 25 de maio um plano de ajuste de 24,9 bilhões de euros (US$ 30,08 bilhões) para 2011 e 2012. Isso permitirá uma redução do deficit público de 2,7% do PIB em 2012 contra 5,3% no ano passado.

O plano prevê congelar por três anos os salários dos funcionários, uma redução de 10% dos orçamentos ministeriais e uma contribuição importante das coletividades locais nas medidas de poupança e luta contra a evasão.

Folha de São Paulo – 14.06.2010

Produção industrial da Zona do euro tem maior avanço desde 1991

DA REUTERS, EM BRUXELAS

A produção industrial da zona do euro registrou em abril a maior alta na comparação anual em quase duas décadas, segundo dados da Agência de Estatísticas Eurostat, divulgados nesta segunda-feira.

A atividade cresceu 0,8% sobre março e saltou 9,5% ante abril de 2009, a maior variação desde o início da série histórica em janeiro de 1991.

A Eurostat revisou para cima o dado de março, para crescimento de 1,5% ante fevereiro e de 7,7% sobre o ano passado, ante as leituras preliminares de, respectivamente, 1,3% e 6,9%.

Folha de São Paulo – 14.06.2010

Fiesp mapeia escassez de profissionais

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Para evitar o risco de "apagão" de mão de obra em 23 setores da economia, a Fiesp (federação das indústrias de São Paulo) iniciou um trabalho para identificar que profissionais serão necessários no Estado até 2012), informa reportagem de Claudia Rolli para a Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

O mapeamento começou pelo setor de alimentos, maior empregador em São Paulo. São 365.381 mil trabalhadores em 6.777 empresas, segundo dados do Ministério do Trabalho até abril.

A partir da previsão de crescimento desse setor nos próximos dois anos (4,84% neste ano, 3,30% em 2011 e 3,87% em 2012), o estudo considera que serão criados 8.560 empregos no Estado.

Quase 70% deles estão concentrados em ocupações ligadas a quatro áreas: fabricação e refino de açúcar; produção e conservação de alimentos; panificação e confeitaria; e abate e preparo de carnes e aves para venda.

Leia a reportagem completa na Folha desta segunda-feira.

Folha de São Paulo – 14.06.2010

Adiada mais uma vez prazo para instalação de antifurto em veículos

Determinação que entraria em vigor no mês de julho deverá valer agora só a partir de setembro

Solange Spigliatti, do estadão.com.br

SÃO PAULO - Foi adiada, pela terceira vez, a instalação obrigatória, na fábrica, de dispositivo antifurto nos veículos novos nacionais e importados à venda no Brasil, segundo informações publicadas nesta segunda-feira, 14, no Diário Oficial da União.

A determinação entraria em vigor no dia 1 de julho e agora valerá a partir de 1 de setembro. O sistema será instalado gradualmente, de acordo com cronograma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

A primeira alteração da data para a determinação ocorreu em julho do ano passado, quando entraria em vigor em 1º de agosto de 2009 e passou a valer a partir de fevereiro de 2010 e novamente adiada para 1 de julho.

De acordo com o cronograma, a partir de 1º de setembro, 20% da produção total de automóveis, caminhonetes e utilitários sairão das linhas de montagem com o sistema. O equipamento estará instalado em 100% da produção a partir de 1º dezembro de 2011, prevê o Contran.

CONFIRA O NOVO CRONOGRAMA:

I - Nos automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários:

a) a partir de 1º de setembro de 2010, 20% da produção total destinada ao mercado interno;

b) a partir de 1º de dezembro de 2010, em 50% da produção total destinada ao mercado interno;

c) a partir de 27 de dezembro de 2010, em 100% da produção total destinada ao mercado interno.

II - Nos caminhões, ônibus e micro-ônibus:

a) a partir de 1º de setembro de 2010, em 30% da produção total destinada ao mercado interno;

b) a partir de 1º de dezembro de 2010, em 60% da produção total destinada ao mercado interno;

c) a partir de 27 de dezembro de 2010, em 100% da produção total destinada ao mercado interno.

III - Nos caminhões-tratores, reboques e semirreboques, a partir de 27 de dezembro de 2010.

IV - Nos ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos:

a) a partir de 1º outubro de 2010, em 5% da produção total destinada ao mercado interno;

b) a partir de 1º dezembro de 2010, em 15% da produção total destinada ao mercado interno;

c) a partir de 27 de dezembro de 2010, em 20% da produção total destinada ao mercado interno;

d) a partir de 1º de agosto de 2011, em 25% da produção total destinada ao mercado interno;

e) a partir de 3 de outubro de 2011, em 50% da produção total destinada ao mercado interno;

f) a partir de 1º de dezembro de 2011, em 100% da produção total destinada ao mercado interno.

OESP – 14.06.2010

Encontro nacional debate fiscalização do uso de agrotóxico

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A capital do Maranhão será sede, a partir de hoje (14), do 8º Encontro de Fiscalização e Seminário Nacional sobre Agrotóxicos (Enfisa). O evento é promovido pelo Ministério da Agricultura e coordenado pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura.

Desde que o órgão foi criado, há oito anos, o primeiro passo foi regularizar a situação do comércio de agrotóxicos no estado. “Porque nós entendemos que o comércio é o principal elo, já que existe aquele comércio de feira e quitanda, no interior principalmente”, disse à Agência Brasil a engenheira agrônoma Filomena Antonia de Carvalho, coordenadora de Defesa Vegetal da Aged.

Ela informou que atualmente o Maranhão tem quase 400 lojas registradas na Aged, comercializando agrotóxicos dentro dos padrões previstos na legislação. “A gente não pode dizer que [a fiscalização] acaba com o comércio de feira porque a ilegalidade no país é dificil, mas que diminui sensivelmente, sim”.

O objetivo principal do Enfisa é a harmonização dos procedimentos de fiscalização de agrotóxicos no Brasil e também das legislações estaduais. “O nosso objetivo é trazer para discutir aqueles temas que, realmente, interessam à sociedade, para enriquecer o nosso profissional de maior conhecimento”.

Filomena acredita que os procedimentos de fiscalização sobre agrotóxicos estão caminhando com rapidez no sentido da harmonização. “Hoje, nós, estados, já discutimos os temas juntos, alinhamos o nosso discurso. Acho que foi um ganho muito grande, que anteriormente não existia. Cada estado fazia a mesma coisa de outra forma. Hoje, a gente se direciona para um rumo comum”.

A promulgação do Decreto 4.074, de 2002, que regulamentou a Lei 7.802, de 1989, referente ao registro de agrotóxicos, facilitou o trabalho da Aged. A coordenadora de Defesa Vegetal da agência avaliou que os estados com leis antigas terão mais dificuldade para se alinhar à harmonização preconizada pelo Ministério da Agricultura.

Não há limite, porém, para atingir a harmonização. O processo prevê medidas prévias, entre as quais a elaboração de manuais padronizados de procedimentos. “Eu acredito que, em um futuro muito próximo, todo mundo estará alinhado”.

Uma comissão formada pelos estados do Nordeste já está trabalhando no manual padronizado para a região. “O manual facilita [o trabalho] para o fiscal que está no campo. A dúvida que ele tiver, ele busca no manual de procedimentos”. Segundo Filomena Carvalho, a tendência é de adesão da totalidade dos estados ao projeto. “Porque fica mais prático”, concluiu.

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil – 14.06.2010

Ministério quer padronizar fiscalização de agrotóxicos no país

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Um dos objetivos do 8º Encontro de Fiscalização e Seminário Nacional sobre Agrotóxicos (Enfisa), que o Ministério da Agricultura promove a partir de hoje (14) em São Luís (MA), é harmonizar os procedimentos de fiscalização sobre agrotóxicos.

Nos últimos oito anos, os avanços têm sido significativos, segundo o coordenador-geral de Agrotóxicos da pasta, Luís Rangel. “A gente saiu de uma situação em que cada estado tinha um entendimento de como fazer o seu trabalho, para ter agora situações bem mais harmonizadas em estados similares”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Para isso, o Brasil foi dividido em três regiões. A Norte abrange os estados de agricultura incipiente, mais extrativista, enquanto a Nordeste engloba aqueles com similaridades socioeconômicas. Já na Centro-Oeste/Sul/Sudeste, estão os estados de agricultura mais desenvolvida, com mais tecnologias e recursos para a fiscalização.

No seminário, os estados participantes vão firmar um protocolo de intenções no qual se comprometem a cumprir as metas e os objetivos no próximo ano.

Há cerca de 20 anos, o ministério vem se dedicando à questão dos agrotóxicos. O trabalho é feito com a colaboração da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que têm uma visão mais específica sobre os impactos na saúde e no meio ambiente.

Além do trabalho de rotina, a agenda inclui a reavaliação de agrotóxicos. Luís Rangel disse que o debate envolve as preocupações que as áreas de agricultura, saúde e meio ambiente têm sobre alguns produtos. “O debate é acalorado mas, no final, eu acho que a gente vai poder ter um resultado favorável para todo mundo”.

Para o coordenador-geral, não há competição ou divergência entre os dois modelos de agricultura – tradicional e orgânica – em relação ao uso de agrotóxicos. “A gente não acredita que exista o bem e o mal na discussão dos agrotóxicos e produtos orgânicos. Até porque a agricultura orgânica está registrando produtos conosco para poder controlar suas pragas. E muitos deles são usados na agricultura tradicional.”

Segundo ele, é preciso vencer barreiras tecnológicas a fim de substituir produtos antigos por substâncias mais modernas e menos perigosas. “É neste enfoque que o ministério se encaixa”, disse Rangel, ao destacar que a agricultura brasileira necessita de insumos para controle de pragas.

De acordo com o coordenador-geral, o ministério está instituindo uma proposta nacional para o manejo de risco, para que o sistema de defesa agropecuária “de fato cumpra o seu papel, que é fiscalizar a gestão do risco”.

Rangel destacou que um dos problemas é o desvio de uso de agrotóxicos, como no caso de produtos específicos para soja e cana-de-açúcar, que podem ser usados de forma segura nessas lavouras, mas são desviados para culturas menores, como de hortaliças. “Neste caso, o risco é maior.” Para coibir esses desvios, o ministério incentiva os estados a intensificar a fiscalização.

Luiz Rangel disse que nos últimos cinco a dez anos, a agricultura brasileira ampliou de maneira considerável a produção. Como se trata de uma agricultura tropical, há necessidade de utilização de defensivo para controle de pragas.

O uso de agrotóxicos no Brasil é similar ao de países com o mesmo porte de agricultura, como os Estados Unidos e a Austrália, informou o coordenador-geral. Em termos de valor, os dados disponíveis, referentes a 2008, mostram que o mercado brasileiro de agrotóxicos atingiu US$ 7 bilhões, valor “praticamente igual ao dos Estados Unidos”.

Edição: Juliana Andrade

Agência Brasil – 14.06.2010

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