terça-feira, 22 de junho de 2010


NOTÍCIAS


China vai eliminar desconto sobre imposto de exportação

DA REUTERS, EM PEQUIM

A China vai encerrar descontos sobre impostos que incidem sobre exportações de uma série de commodities, incluindo produtos siderúrgicos, amido de milho, produtos de borracha e etanol, informou o Ministério das Finanças, apesar do país enfrentar uma alta do yuan.

A decisão decepcionou siderúrgicas locais, que esperavam mais suporte do governo em meio a pressões de margens de lucro potencialmente graves no terceiro trimestre, assim como mais um declínio nas exportações, como resultado da valorização do yuan.

"As exportações de aço da China já estão difíceis e não têm competitividade de preço, e vamos enfrentar um ambiente muito mais difícil se alguns impostos não forem reduzidos", disse um gerente de exportação de uma importante siderúrgica.

A partir de 15 de julho, a indústria de aço verá a retirada de um desconto de 9% nas exportações de bobinas laminadas a quente, seções, alguns produtos laminados a frio e bobinas galvanizadas por imersão a quente, informou o ministério em seu site nesta terça-feira.

A medida era amplamente esperada pelo mercado, apesar de negativas da Associação de Ferro e Aço da China no mês passado. Apesar disso, alguns traders esperavam que o governo mudasse de ideia após a decisão do banco central de permitir que o yuan se aprecie após 23 meses.

A decisão do governo de eliminar as reduções de impostos sugere que o governo chinês continua determinado a consolidar o caótico setor siderúrgico do país e também reduzir disputas comerciais.

As exportações de aço da China têm sido alvo de uma série de medidas anti-dumping pelos Estados Unidos, que citam subsídios na forma de empréstimos de baixo custo, terrenos baratos e incentivos tributários a vendas externas.

Folha de São Paulo – 22.06.2010

Brasil e Argentina se reúnem para ajustar comércio bilateral

SÃO PAULO - A turbulência do mercado financeiro argentino, as conturbadas relações comerciais bilaterais e as últimas notícias sobre proibições de entrada de alimentos no mercado vizinho serão alguns dos temas abordados durante a reunião ministerial que está prevista para acontecer ainda nesta semana, em Buenos Aires.

O encontro ministerial anunciado por Débora Giorgi, ministra da Indústria e Turismo da Argentina, terá a participação do ministro argentino da Economia, Amado Boudou.

O último encontro entre representantes dos dois governos aconteceu entre os dias 7 e 10 de junho, quando os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, foram a Buenos Aires para discutir com o governo argentino o desenvolvimento de ferramentas que permitam equilibrar a balança comercial dos dois países. Segundo o Mdic, o Brasil possui superávit de US$ 920 milhões.

"A atividade econômica na Argentina registrou crescimento de 6,4% no primeiro trimestre de 2010 e aumento de 9,2% no período de janeiro a abril. O crescimento industrial impulsiona a maior importação de bens de capital, partes e peças e insumos como ferro, que não é produzido no país", declarou a ministra Giorgi.

Outras pautas da nova reunião ministerial serão o sistema de pagamentos em moeda local para a área de importação e exportação, a integração das cadeias produtivas e o financiamento de exportações com fundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A questão agora é saber o posicionamento do novo ministro de Relações Exteriores da Argentina que já foi embaixador do país nos Estados Unidos.

De acordo com o professor do Mackenzie, Mário Sacchi, que é argentino, muitas mudanças devem ocorrer nos próximos dias e a reunião tende a ser mais positiva e ampliar as relações bilaterais que foram reduzidas após a crise internacional.

"Podemos ver um quadro diferente no modo de atuação da Argentina por meio deste novo ministro. Claro que nada será de um dia para o outro, mas certamente as declarações e pressões comerciais como novas barreiras alfandegárias não devem acontecer. Este novo ministro tem visão de mercado e sabe que as barreiras e imposições do governo Cristina Kirchner prejudica mais do que ajuda os empresários locais", argumentou Sacchi que é natural do país vizinho.

O novo ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, assumirá o cargo hoje. Ele disse que a prioridade é a relação com o Brasil. Timerman é o sucessor de Jorge Taiana que, na última sexta-feira, surpreendeu a chancelaria e o governo com sua renúncia, após discussão por telefone com a presidente Cristina Kirchner. De acordo com assessores da chancelaria, Taiana queixava-se de não obter o apoio da Casa Rosada na condução da política externa argentina.

Ainda em Washington, onde era embaixador desde dezembro de 2007, Timerman deu entrevista a um jornal de Buenos Aires afirmando que as relações da Argentina com o Brasil são prioritárias para o governo. "Vamos continuar aprofundando essas relações, porque juntamente com o Brasil estamos construindo uma união baseada em forte coincidência de interesses, em posições comuns nos foros internacionais e na integração econômica do Mercosul", frisou.

O maior problema, para os especialistas, é o fato de o parceiro mais importante do Brasil na América do Sul viver mais do que apenas uma fase de maus resultados. "Não é só resultado da crise, é uma situação permanente", diz o pesquisador Alberto Pfeifer da Universidade de São Paulo. Para ele, este ponto de vista argentino de dificuldades, corrobora para que o desenvolvimento da região econômica do bloco ultrapasse o seu real potencial.

As brigas no governo e a falta de credibilidade não são um problema direto para o Brasil. "O Brasil é muito maior, e visto internacionalmente como um país bem estruturado, apesar dos contratempos." A questão, porém, é que os problemas argentinos diminuem a atração no Mercosul frente às outras nações, uma vez que o Brasil deixa de ser pautado por fazer parte de um bloco comum. Também fica manchada a relação bilateral entre brasileiros e argentinos, com tantos problemas.

O professor do Mackenzie ressalta que os dois países têm uma importante relação de parceria comercial, mas ela poderia ser mais bem explorada. "O mercado argentino depende e pode ser visto como uma continuação da produção brasileira. Mas há falta de interesse do governo argentino em estabelecer um relacionamento estável", conclui.

Está prevista para esta semana uma reunião entre ministros de Brasil e Argentina para tentar acabar com as pendências comerciais provocadas pelas barreiras não oficiais levantadas pelo governo argentino a alimentos brasileiros. A ministra da indústria da Argentina, Debora Giorgi, ressalta a importância do Brasil para o desenvolvimento de seu país. "Com o crescimento econômico, precisamos importar mais componentes de máquinas e equipamentos, que vêm principalmente do Brasil."

Especialistas e empresários acham difícil que haja um acordo definitivo nesta próxima reunião, mesmo com as mudanças na cúpula do governo argentino.

DCI – 22.06.2010

Mudança no iuane favorece o Brasil, mas é vista com cautela

SÃO PAULO - O anúncio do Banco do Povo da China de tomar medidas para flexibilizar o câmbio chinês - que permanecia fixo a 6,82 iuane por dólar há quase dois anos - deve afetar o comércio do Brasil com aquele país. A medida é vista como positiva pelos especialistas que ao mesmo tempo, no entanto, optam pela cautela em relação à efetiva implementação das mudanças. "Para o Brasil, o reflexo poderia se dar através dos efeitos benignos sobre os preços de commodities, resultando em um reforço da tendência de apreciação do real", interpreta o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campos Neto.

De acordo com o especialista, o reflexo da melhora nos preços das commodities impactaria positivamente nas exportações brasileiras, já que a China é um importante parceiro comercial com o Brasil. "O resultado é que haveria maior entrada de capital e, por isso, apreciação no câmbio brasileiro", constata Campos Neto.

O professor das Faculdades Integradas Rio Branco, Alexandre Uehara , apoia a opinião do economista-chefe. "O fato de a China controlar sua demanda interna - que passou de 4% do PIB no final de 2009 para 6,2% do PIB no primeiro semestre deste ano -, elevando a taxa de juros, e flexibilizar seu câmbio é positivo para todo o mundo, inclusive para o Brasil", entende o especialista.

Uehara prevê que, a curto prazo, o impacto no País não será tão significativo, mas a médio e longo prazo, as exportações brasileiras, principalmente de minério de ferro (resultado da demanda da construção civil chinesa, que apontou crescimento de 35% no primeiro semestre de 2010) e de alimentos serão alavancadas.

Em 2009, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a China assumiu a posição de principal parceiro comercial do Brasil.

A corrente comercial entre ambos foi de US$ 36,1 bilhões, dos quais US$ 20,2 bilhões corresponderam às exportações brasileiras aos chineses e os US$ 15,9 bilhões restantes de produtos e serviços chineses adquiridos pelo Brasil.

"Esta semana se abre com um fato novo no contexto internacional, que reforça a percepção mais positiva", afirma o economista-chefe do banco Schahin. "Evidentemente, como afirmou ontem [no domingo] o próprio BC [Banco Central] chinês, a flexibilização não será ampla nem rápida e, ainda assim, a sinalização de alguma mudança já é um grande passo", analisa. De acordo com o Banco da China, a flexibilização será lenta e gradual para dar tempo às companhias ajustarem suas estruturas aos impactos.

Ainda no domingo, o presidente do BC, Henrique Meirelles, considerou "bem-vindo" o anúncio feito pelo governo da China. Segundo ele, "demonstra a disposição do governo chinês em contribuir para um maior equilíbrio econômico global. Mas é preciso aguardar os próximos desdobramentos."

Impactos imediatos

O iuane subiu ontem na China para o nível mais alto contra o dólar desde que o governo chinês revalorizou sua moeda, em julho de 2005, por causa da expectativa de uma nova valorização depois da declaração de Pequim. Às 2h30 (de Brasília), o dólar era cotado a 6,8025 iuanes no mercado de balcão. Até então, a mínima pós-revalorização eram os 6,8099 iuanes por dólar, de 23 de setembro de 2008. No fechamento de sexta-feira, a moeda norte-americana era cotada a 6,8262 iuanes.

Ontem, o Banco do Povo da China (banco central) fixou sua paridade central indicativa em 6,8275 iuanes por dólar, a mesma de sexta-feira. Pelo sistema cambial chinês, a taxa do mercado à vista só pode oscilar numa faixa de 0,5% para cima ou para baixo da paridade central. A 6,8025 iuanes por dólar, a taxa estava 0,37% abaixo da paridade. A menor cotação permitida para o dia era de 6,7933 iuanes por dólar.

Para o futuro

Estudo recente realizado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) estima que, até 2020, os chineses se consolidarão como o segundo maior parceiro comercial do continente latino-americano, superando a União Europeia e ficando atrás dos Estados Unidos.

Visando discutir este cenário, amanhã, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio) em parceria com a Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico (CBCDE) realizam seminário, com a participação do presidente do Banco da China no Brasil, Zhang Jianhua.

No evento, serão apresentadas as operações do banco e a avaliações do desempenho presente e futuro da corrente de comércio entre as duas nações.

O Banco da China no Brasil é a única sede de capital chinês na América Latina e é uma subsidiária integral da gigante Bank of China Limited, instituição que detém ativos superiores a US$ 1 trilhão.

O principal objetivo da instituição financeira é facilitar o crédito para tanto para empresas chinesas como brasileiras, que têm interesse em investir nos respectivos países.

Economistas esperam que a flexibilização do iuane, prometida pelo governo chinês, beneficie o Brasil, principalmente no médio e longo prazo. Segundo especialistas, uma eventual valorização da moeda chinesa pode ajudar a impulsionar os preços de algumas matérias-primas e consequentemente aumentar o volume de exportações das empresas brasileiras. Mas a medida também é vista com cautela, por causa de incertezas em relação à implementação da mudança.

"Para o Brasil, o reflexo poderia se dar através dos efeitos benignos sobre os preços de commodities, resultando em um reforço da tendência de apreciação do real", diz o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campo Neto.

E o governo chinês deu um sinal concreto ontem de que realmente vai flexibilizar seu regime cambial. O iuane subiu para o maior valor de fechamento em relação ao dólar desde a mudança cambial de julho de 2005. Dessa vez, o banco central tolerou a forte alta do primeiro dia de operações pós-anúncio. Poucas vezes na história moderna do iuane o banco central negou-se a intervir. O iuane fechou a 6,7976 por dólar ontem, com valorização de 0,42% ante o fechamento de sexta-feira, a 6,8262 iuanes.

Apesar da reação inicial, eufórica, dos mercados ao anúncio de que a China pretende flexibilizar o iuane, analistas destacam o teor político das declarações às vésperas do encontro do G-20, que reúne os países ricos e os principais emergentes, no fim da semana. Havia expectativa de que a questão do câmbio chinês poderia ser levantada na reunião de cúpula em Toronto, no Canadá, um assunto que a China quer evitar.

DCI – 22.06.2010

China mantém flexibilidade do yuan, moeda cai

DA REUTERS, EM XANGAI

A China mostrou um pouco mais de seu novo regime cambial nesta terça-feira, parecendo planejar uma queda do yuan para deixar claro que sua promessa de flexibilidade não inclui apenas apreciação.

Os grandes bancos estatais da China mantiveram o yuan sob supervisão, um dia após a maior alta da moeda desde sua revalorização em 2005, indicando que Pequim permitirá uma apreciação em um ritmo menor do que querem seus críticos.

A China está relaxando o controle do yuan antes da cúpula do G20 no fim de semana, interrompendo dois anos de moeda atrelada ao dólar.

O yuan subiu mais de 0,4% na segunda-feira, perto do limite de 0,5% para cima ou para baixo do ponto de referência determinado diariamente pelo banco central.

Nesta terça-feira, o BC determinou o ponto de referência perto do patamar de fechamento da véspera, deixando espaço, em teoria, para outro aumento de 0,5%.

O yuan imediatamente atingiu novo pico em cinco anos, antes de cair. Os bancos estatais entraram no mercado e compraram dólares, sugerindo que as autoridades querem controlar o ritmo de apreciação do yuan.

Folha de São Paulo – 22.06.2010

Euro renova recorde de baixa contra franco

Moeda cedeu para abaixo de 1,36 franco, até 1,3595 franco na mínima intraday
Cynthia Decloedt, da Agência Estado

NOVA YORK - O franco suíço continua a se fortalecer nesta terça-feira, com a moeda renovando recorde de alta contra o euro, que cedeu para abaixo de 1,36 franco, até 1,3595 franco na mínima intraday.

O longo rali da moeda suíça acelerou-se nos últimos dias, desde a reunião de política monetária do Banco Nacional da Suíça na semana passada, quando as autoridades não comentaram sobre a apreciação do franco. O mercado entendeu que o BC voltou atrás da política que vinha adotando de intervenções para conter a apreciação da moeda local.

Nesta terça-feira, traders atribuíram a alta do franco contra a moeda europeia, ao enfraquecimento generalizado do euro, diante da retomada das preocupações com as condições na Europa.

Até que o banco central veja evidências de que o fortalecimento do franco está causando deflação, ao tornar as importações mais baratas - uma perspectiva improvável nesse momento - , espera-se que o banco central permita a valorização da moeda.

Ontem, o BC disse estar pronto para retomar as intervenções no câmbio se voltarem os riscos de deflação, segundo o presidente da instituição, Philipp Hildebrand. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado – 22.06.2010

Deficit comercial da Espanha cai no 1º quadrimestre

DA EFE, EM MADRI

O deficit comercial da Espanha caiu 1,6% nos primeiros quatro meses de 2010, até 17,368 bilhões de euros (US$ 21,36 bilhões), período no qual as exportações cresceram em um ritmo maior que as importações, informou nesta terça-feira o Ministério de Indústria espanhol.

Até abril passado, as exportações cresceram 13,8% frente ao mesmo período do ano anterior, até 57,353 bilhões de euros (US$ 70,545 bilhões).

As importações, por sua vez, aumentaram 9,8%, até 74,721 bilhões de euros (US$ 91,91 bilhões).

A taxa de cobertura deste período (percentagem das importações que podem ser pagas com as exportações) foi de 76,8%, 2,7 pontos percentuais a mais que nos quatro primeiros meses de 2009.

No mês de abril, o deficit comercial foi de 5,004 bilhões de euros (US$ 6,155 bilhões), 37,6% a mais que no mesmo período de 2009.

Folha de São Paulo – 22.06.2010

Euro perde ganhos obtidos após China reduzir paridade do dólar-yuan

Às 9h40, o euro caía para US$ 1,2281, de US$ 1,2328 no fim da tarde de ontem

Danielle Chaves, da Agência Estado

LONDRES - O euro opera em queda depois de subir brevemente diante do dólar durante o pregão asiático em seguida a uma sinalização do Banco do Povo da China (PBOC) de que vai tolerar um yuan mais valorizado, o que os investidores acreditam que pode dar impulso aos mercados financeiros globais. O euro passou a cair à medida que o yuan voltou a recuar, já que a apreciação da moeda chinesa diante do dólar aumentou o interesse na compra da moeda norte-americana. Outras moedas asiáticas também fecharam em queda, acompanhando os movimentos do euro.

O PBOC reduziu a taxa de paridade central do dólar contra o yuan hoje para 6,7980 yuans por dólar, da taxa de paridade central de 6,8275 yuans na segunda-feira, sugerindo que a moeda chinesa poderá começar a subir mais rapidamente do que o previsto. O movimento veio um dia depois de a China anunciar que vai permitir uma maior flexibilização para sua moeda.

Fundos de hedge asiáticos reagiram rapidamente à redução da paridade comprando euros, o que levou a uma alta da moeda europeia para a máxima intraday de US$ 1,2355. Mas no decorrer da sessão o yuan voltou a se enfraquecer diante do dólar.

Operadores da Ásia e vários bancos chineses estiveram por trás das fortes compras de dólares. Também houve especulações de que o PBOC pode ter agido no mercado por meio de bancos para evitar que a moeda subisse demais. No fim da sessão asiática, o dólar valia 6,8136 yuans no mercado de balcão, acima do valor de 6,7976 yuans ontem.

"Fundos de hedge asiáticos venderam rapidamente os euros que haviam comprado poucos minutos antes, à medida que o movimento do yuan sugeriu que as autoridades querem que o ritmo da valorização da moeda seja mais lento do que o que vinha sendo especulado", afirmou o operador de um grande banco do Japão.

O comportamento de outras moedas mais ligadas ao risco foi similar ao do euro. O dólar australiano, por exemplo, que havia subido para US$ 0,8832 logo depois da fixação da paridade dólar-yuan de hoje, de US$ 0,8767 um pouco antes, recuou para US$ 0,8759 no fim da tarde na Austrália, de US$ 0,8835 um dia antes.

O won sul-coreano subiu, com o dólar atingindo a mínima de 1.174 wons, de 1.184,80 wons, antes da redução da paridade dólar-yuan, mas devolveu os ganhos depois que o yuan enfraqueceu. O dólar de Cingapura também subiu inicialmente, com o dólar recuando para 1,3746 dólares de Cingapura, de 1,3784 dólares de Cingapura. Depois a moeda norte-americana passou a operar a 1,3808, de 1,3738 no fim da tarde de ontem.

Às 9h40 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,2281, de US$ 1,2328 no fim da tarde de ontem, enquanto o dólar declinava para 90,60 ienes, de 91,04 ienes. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado – 22.06.2010

Zona do euro registra déficit em conta em abril

DANIELLE CHAVES Agencia Estado

FRANKFURT - A conta corrente da zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda) registrou um déficit de 5,1 bilhões de euros (US$ 6,2 bilhões) em abril, após ter apresentado um superávit de 1,5 bilhão de euros em março. Segundo informou hoje o Banco Central Europeu (BCE), as exportações caíram para 124,5 bilhões de euros em abril, em termos sazonalmente ajustados, ante os 126,5 bilhões de euros em março. Este foi o primeiro declínio desde agosto do ano passado. As exportações vinham se recuperando gradualmente durante os últimos 15 meses, depois da forte queda vista logo após o início da crise financeira, em 2008.

Já a importações ficaram praticamente inalteradas em 123,2 bilhões de euros em abril, resultando em um recuo no superávit comercial de 3,4 bilhões de euros em março para 1,3 bilhão de euros em abril. O déficit sobre transferências financeiras correntes se ampliou de 5,5 bilhões de euros para 7,3 bilhões de euros, na mesma comparação.

Durante os últimos 12 meses, a zona do euro acumulou déficit em conta corrente de 32,3 bilhões de euros - cerca de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. O resultado é bem menor que o déficit de 153,8 bilhões de euros registrado um ano antes. Apesar dos problemas com as finanças de alguns governos da zona do euro, a região atraiu fluxos positivos líquidos de 38 bilhões de euros em títulos de dívida em abril, que foram apenas parcialmente contrabalançados por 8,1 bilhões de euros em fluxos negativos líquidos dos mercados de ações regionais. As informações são da Dow Jones.

Agencia Estado – 22.06.2010

Londres anuncia imposto sobre rendimentos de bancos que deve arrecadar US$ 2,95 bi

DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES

O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, anunciou nesta terça-feira a instituição de um imposto sobre o volume de negócios dos bancos que operam no país, que entrará em vigor no próximo ano e arrecadará 2 bilhões de libras anuais (US$ 2,95 bilhões).

Osborne também anunciou que seu objetivo é eliminar totalmente o deficit oçamentário estrutural num prazo de cinco anos.

"Vamos reduzir a dívida e ter um orçamento estrutural equilibrado no final desta legislatura", declarou Osborne ao apresentar seu orçamento de emergência ante o parlamento para reduzir o enorme deficit público do país.

O Reino Unido -- formado por Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales -- também deverá cortar outros 17 bilhões de libras do gasto público e congelará os salários dos funcionários durante dois anos.

Além disso, Osborne reduziu sua previsão de crescimento para 2011 de 2,6% a 2,3%, oito dias depois de ter baixado a primeira estimativa de 3,25%.

Folha de São Paulo – 22.06.2010

Porto de Navegantes cersce 92% de janeiro a maio deste ano

De A Tribuna On-line

O Porto de Navegantes, em Santa Catarina, registrou crescimento de 92,9% de janeiro a maior deste ano, em comparação com o mesmo período de 2009. Ao todo, foram movimentados cerca de 234 mil Teus (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Apenas no último mês, 55 navios atracaram no complexo e transportaram 55.483 Teus, garantindo um aumento de 28% em relação a maio do ano anterior, quando os terminais receberam 44 embarcações e movimentaram 43 mil Teus.

Segundo a Portonave, empresa que administra o complexo, o resultado é muito bom, ainda mais depois do prejuízo obtido por conta das fortes chuvas que atingiram o estado de Santa Catarina em abril.

Em maio, o terminal também obteve um aumento de 20% no volume de exportações, mas o destaque ficou por conta da importações que obteve o melhor resultado já registrado, com a movimentação de 8.159 contêineres, 41,5% a mais que em abril. Os principais produtos foram plásticos, máquinas, eletrônicos, ferro, aço, borracha e papel.

A Tribuna – 22.06.2010

Resultado de parceria com Alemanha, deve ser mostrado em outubro

De A Tribuna On-line

Em busca de saídas para o aprimoramento do setor portuário, a prefeitura de Santos e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) firmaram parceria com o governo alemão nesta segunda-feira. Liderada pelo secretário de Estado do Ministério, Rainer Bomba, a comitiva alemã assinou junto aos órgãos uma carta de intenções, que prevê o intercâmbio para cooperação com ênfase no setor portuário, nos aspectos de tecnologia e formação de mão de obra. O resultado do acordo deve ser mostrado em visita dos alemães, em outubro deste ano.

“Estive aqui há dois meses e fiquei entusiasmado com o rápido desenvolvimento pelo qual Santos está passando. A cidade tem papel-chave para o Brasil. Isso me motivou a criar um grupo técnico para buscar agilidade no transporte de mercadorias”, disse Rainer Bomba.

A Alemanha é um dos principais polos de distribuição de mercadorias na Europa e referência em tecnologia. Uma delegação santista visitou o país no início deste mês. “A experiência técnica que tivemos lá foi fundamental para traçar nosso planejamento. Temos de trocar de idéias. O porto de Santos representa mais de 45% na relação comercial Brasil – Alemanha”, afirmou o presidente da Codesp, José Roberto Serra.

Políticos, empresários e trabalhadores participaram da solenidade, realizada no salão nobre da prefeitura. Ainda estavam presentes o capitão dos portos de São Paulo, capitão-de-mar-e-guerra Antonio Sérgio Caiado de Alencar, o cônsul-geral da Alemanha no Brasil, Heinz-Peter Behr, o cônsul-honorário da Alemanha em Santos, Michael Timm, o presidente da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), Agnes Barbeito de Vasconcellos, o presidente do Sindraport, Everandi Cirino dos Santos e o secretário municipal de Assuntos Portuários e Marítimos e presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Sérgio Aquino.

A Tribuna – 21.06.2010

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