sexta-feira, 11 de junho de 2010


NOTÍCIAS


Senado aprova MP que autoriza retaliação a produtos dos Estados Unidos

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os senadores aprovaram hoje (10) em votação simbólica a Medida Provisória 482, que dá permissão ao governo para retaliar produtos e serviços dos Estados Unidos. As retaliações foram autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) após painel que considerou ilegais os subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos produtores de algodão. A MP permite, entre outras coisas, a quebra de patentes e de propriedade intelectual.

Apesar da baixa presença de senadores em plenário, foi possível votar a Medida Provisória aproveitando o quórum da sessão de ontem que votou os projetos do pré-sal e que só acabou na madrugada de hoje. A medida, que já passou pela Câmara, perderia a eficácia amanhã (11) e, por isso, a liderança do governo tinha pressa para votar. O texto segue agora para sanção presidencial.

Edição: Vinicius Doria

Agência Brasil – 10.06.2010

Encontro em Brasília discute sistema aduaneiro especial

Da Agência Brasil

Brasília - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior promove hoje (11), das 10h às 12h, workshop sobre drawback integrado, sistema aduaneiro especial que suspende pelo período de um ano, prorrogável por mais um ano, a incidência de tributos federais sobre aquisições no mercado interno ou externo para o processo de fabricação de bens exportáveis.

As palestras serão feitas por técnicos do Departamento de Operações de Comércio Exterior. Para participar, os representantes de empresas deverão enviar correspondência eletrônica para seminarios.drawback@mdic.gov.br.

O novo regime foi criado pela Portaria Conjunta nº 467, de 25 de março de 2010, assinada pelas secretarias de Comércio Exterior e da Receita Federal.

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil – 11.06.2010

Para ministro, sanção ampliará exportações

Renata Veríssimo - O Estado de S.Paulo

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, previu ontem que as novas sanções contra o Irã, aprovadas na quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU, devem beneficiar as exportações brasileiras para o país persa. O setor mais privilegiado deverá ser o de alimentos, afirmou o ministro.

"Vários países devem retrair (as vendas) com a sanção aplicada pela ONU. Isso abre uma porta de oportunidades para o Brasil", avaliou Jorge ao participar do programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). O ministro disse que o Irã passou a ser, este ano, o segundo maior comprador de carne do Brasil.

Ele lembrou que liderou recentemente uma missão empresarial ao Irã, quando foi pessoalmente recebido pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. Lembrou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, em visita ao Irã no mês passado, uma linha de financiamento para importadores iranianos comprarem produtos brasileiros, no valor de 1 bilhão, nos próximos cinco anos.

Aprovada apesar da oposição do Brasil e da Turquia, a quarta rodada de sanções não atinge as exportações brasileiras. As restrições são direcionadas aos programas nuclear e balístico iranianos.

OESP – 11.06.2010

Economia mundial desacelerou em mês que Brasil pode ter atingido pico, diz OCDE

DA REUTERS, EM PARIS

O ritmo de crescimento econômico dos países desenvolvidos mostrou sinais de desaceleração em abril, mês que provavelmente viu o pico do Brasil e arrefecimento em China, França e Itália, segundo índice da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O indicador para 29 países desenvolvidos subiu para 104 pontos em abril, ante 103,6 pontos em março. Em relação a igual mês de 2009, houve alta de 11,3 pontos.

O avanço mensal de 0,4 ponto em abril mês a mês marcou o nono mês seguido de desaceleração do crescimento.

O índice do G7 foi de 104,2 pontos, alta de 0,5 ponto sobre o mês anterior, comparado à alta de 0,6 ponto em março.

"Sinais de um pico potencial apareceram no Brasil, com evidências mais fortes surgindo em França, Itália e especialmente China", afirmou a OCDE.

O indicador para o Brasil ficou estável em abril sobre março, em 100,6 pontos, e subiu 12,4 pontos sobre o ano anterior. A leitura da China caiu 0,4 ponto, para 101,6 pontos.

Os dados da França e da Itália recuaram 0,3 ponto em abril, para, respectivamente, 104,3 e 104,6 pontos.

Folha de São Paulo – 11.06.2010

Brasil perde espaço em venda para China

ÁLVARO FAGUNDES
DE SÃO PAULO

As vendas da China para o exterior cresceram expressivamente em maio, mostrando que seu comércio ainda não foi afetado pela crise na Europa. Para o Brasil, porém, as notícias não foram tão positivas, já que perdeu espaço no comércio com a China.

Tanto as exportações como as importações cresceram 48%, o que permitiu à China ter um superavit de US$ 19,5 bilhões -US$ 17,8 bilhões mais que em abril.

Esse aumento no superavit deve aumentar as pressões norte-americanas para que Pequim permita a valorização do yuan (a moeda chinesa), que está atrelado ao dólar desde meados de 2008, o que facilita as exportações do país asiático.

Com o Brasil, no entanto, os resultados são bem diferentes. As vendas de produtos chineses cresceram mais que o dobro da média global (110%), enquanto as exportações brasileiras para seu principal parceiro comercial não acompanharam o mesmo ritmo, avançando 25%.

Essa disparidade, ainda que não tenha tornado o comércio deficitário para o lado brasileiro, fez com que o país perdesse espaço nas importações chinesas. As vendas brasileiras representaram 2,3% de tudo que a China comprou nos cinco primeiros meses deste ano -essa participação era de 2,53% no mesmo período de 2009.

Até maio, o Brasil mantém superavit de US$ 4,2 bilhões com a China, valor que é 6% inferior ao registrado no mesmo período de 2009.

O Brasil compra da China principalmente produtos industrializados, como máquinas, motores e dispositivos de LCD. Já a venda brasileira é formada, em sua maioria por produtos básicos (minério, soja, frango etc.) e semimanufaturados (celulose).

Para o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior, Roberto Segatto, a composição dos itens que o Brasil exporta para a China explica por que as vendas do país se aceleraram menos.

Isso porque, diz, a China não está mantendo o mesmo nível de estoque de produtos agrícolas e minerais devido em parte à crise Europa.

Ele afirma que a alta nas exportações é explicada em parte pelo dólar barato, que facilita a aquisição de itens chineses, como motores usados nos vidros de carros.

"Para produzir aqui, com a carga tributária perto de 40%, fica mais barato comprar da China."

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o problema principal nas relações comerciais é a desvalorização do dólar e não a da moeda chinesa.

Nos EUA, porém, a questão do yuan desvalorizado voltou ontem a ganhar força. O Senado ameaça aprovar lei que restringe as importações de produtos chineses.

O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, defendeu no Senado que o superavit da China com os EUA caiu pela metade e que as exportações americanas estão crescendo.

Folha de São Paulo – 11.06.2010

Japão e EUA decidem "vigiar" situação européia

DA EFE, EM TÓQUIO

O novo ministro das Finanças do Japão, Yoshihiko Noda, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, decidiram de forma conjunta vigiar a situação da dívida na Europa, informou a agência local "Kyodo".

Noda, que assumiu a pasta de Finanças na última terça-feira, entrou em contato por telefone com Geithner nesta quinta-feira, e falou principalmente sobre a situação da dívida na Europa, desencadeada pelos problemas fiscais da Grécia.

A conversa, que durou cerca de 15 minutos, foi a primeira do novo ministro do Japão com Washington. Assim como o restante do governo, ele foi nomeado esta semana pelo novo primeiro-ministro, Naoto Kan.

Noda disse a Geithner que o principal objetivo do Executivo de Kan será recuperar a saúde fiscal do Japão e consolidar o crescimento da segunda economia mundial.

Para isso, o Governo japonês espera apresentar no fim deste mês um novo plano estratégico para os próximos dez anos, que incluirá propostas para reduzir a dívida pública, a maior do mundo e equivalente ao dobro do PIB (Produto Interno Bruto) japonês.

Noda disse que, "com base na política do primeiro-ministro Naoto Kan, a aliança entre Estados Unidos e Japão é o pilar fundamental da diplomacia japonesa e, por isso, os chefes de Finanças manterão fortes laços".

Além disso, o ministro japonês confirmou a Geithner sua participação na cúpula do G20 que será realizada em Toronto (Canadá), no final deste mês, onde o Japão espera que sejam tratadas as políticas fiscais a longo prazo e planos para estimular o crescimento econômico mundial.

Folha de São Paulo – 11.06.2010

Japão deve implementar reforma fiscal e reduzir gasto público, diz premiê

DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO

O primeiro-ministro do Japão de centro-esquerda, Naoto Kan, declarou nesta sexta-feira que é inevitável que seu país implemente uma vasta reforma do sistema fiscal para reduzir seu deficit orçamentário.

"É inevitável lançar agora uma reforma fundamental de nosso sistema fiscal", insistiu o novo chefe do governo durante seu discurso de política geral ante o Parlmento.

O orçamento do Japão é muito deficitário devido ao fato de os impostos serem muito inferiores aos gastos de Estado. A diferença é coberta com a emissão de bônus do Tesouro que aumentavam a dívida todos os anos.

Segundo Kan, também é indispensável uma redução do gasto público e uma estratégia de crescimento econômico sólido para aumentar o volume das rendas fiscais e sanear as finanças públicas.

Folha de São Paulo – 11.06.2010

Alemanha eleva previsão de crescimento em 2010 apostando nas exportações

DA EFE, EM FRANKFURT

O Bundesbank, o banco central da Alemanha, revisou para cima suas previsões de crescimento da Alemanha para este ano e prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) suba 1,9%, contra o 1,6% previsto há seis meses.

Nas novas projeções econômicas semestrais, publicadas neste sexta-feira, o Bundesbank também revisou para cima suas previsões de crescimento para 2011 até 1,4%, dois décimos a mais do que tinha calculado em dezembro.

Os principais motores da reativação econômica na Alemanha serão as exportações, assim como os impulsos do ciclo de inventários.

A médio prazo, o investimento das empresas e o consumo privado devem melhorar.

O Bundesbank disse que "a recuperação da economia alemã ganhou velocidade após um semestre contido".

"Desde o começo da primavera (boreal) crescem os impulsos positivos da economia mundial", afirma a entidade monetária.

Além disso, o Bundesbank considera que a alta dos preços permanecerá contida apesar da depreciação do euro e do encarecimento do petróleo.

O Bundesbank prevê uma inflação de 1,2% este ano e de 1,6% no próximo.

Folha de São Paulo – 11.06.2010

Inflação ao consumidor chinês têm máxima em 19 meses

DA REUTERS, EM PEQUIM
DA FRANCE PRESSE, EM PEQUIM

Os preços ao consumidor da China subiram 3,1% em maio sobre igual mês de 2009 e caíram 0,1% sobre abril, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira.

Os preços no atacado tiveram aumento de 7,1% contra maio do ano passado e de 0,6% sobre abril. A previsão para a leitura anual era de 6,9%.

A produção industrial do país cresceu 16,5% em maio sobre 2009, comparada à estimativa de analistas de 17,1%.

As vendas no varejo subiram 18,7% contra maio do ano passado, ante previsão de 18,5%.

Inflação

O governo planeja manter a inflação anual abaixo dos 3%, mas certos analistas estimam que a inflação na China vai superar os 4%, em razão do aumento do custo do trabalho e dos preços das matérias primas.

Em maio, os investimentos em capital fixo nas zonas urbanas, indicador das despesas governamentais em infraestrutura, aumentaram 25,9% sobre os cinco primeiros meses do ano, contra 26,1% entre janeiro e abril, destacou o Bureau de Estatísticas.

Folha de São Paulo – 11.06.2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário