segunda-feira, 7 de junho de 2010


NOTÍCIAS

Primeira semana de junho registra superávit de US$ 1,145 bilhão

Nos três primeiros dias úteis de junho de 2010 – primeira semana do mês – as exportações brasileiras somaram US$ 3,202 bilhões, com média diária de US$ 1,067 bilhão, e as importações US$ 2,057 bilhões (média diária de US$ 685,7 milhões). Esses desempenhos resultaram num superávit (diferença entre as exportações e as importações) de US$ 1,145 bilhão, com média de US$ 381,7 milhões. No período, a corrente de comércio (soma das duas operações) ficou em US$ 5,259 bilhões, com média diária de US$ 1,753 bilhão.

O desempenho das exportações, pela média diária, é o terceiro melhor resultado do comércio exterior brasileiro. A maior cifra foi registrada na quarta semana de julho de 2008 (US$ 1,086 bilhão), seguido pela primeira semana de fevereiro de 2008 (US$ 1,069 bilhão).

Pela média diária, a performance das exportações, na primeira semana de junho, ficou 54,9% acima da registrada no mesmo mês do ano passado (US$ 689 milhões) e cresceu 26,6% na comparação com o desempenho médio diário verificado em maio de 2010 (US$ 843 milhões).

As importações, na mesma comparação, aumentaram 46% em relação à média diária registrada em junho do ano passado (US$ 469,7 milhões) e 1% sobre maio deste ano (US$ 679 milhões).

O superávit registrado na primeira semana do mês, também pela média diária, ficou 74,1 % acima do verificado em junho do ano passado (US$ 219,2 milhões) e aumentou 132,8% na comparação com maio de 2010, quando a média diária do saldo comercial chegou a US$ 164 milhões.

Ano

De janeiro à primeira semana de junho, as exportações brasileiras acumularam US$ 75,295 bilhões, com média diária de US$ 717,1 milhões. O desempenho médio diário das exportações foi 28,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 556,8 milhões).

No mesmo período, as importações totalizaram US$ 68,533 bilhões, com média diária de US$ 652,7 milhões, valor 42,6% superior ao verificado no mesmo período de 2009 (média diária de US$ 457,6 milhões).

O saldo comercial, no acumulado do ano, chegou a US$ 6,762 bilhões, com média diária de US$ 64,4 milhões. Por esse critério, houve queda de 35,1% em relação ao mesmo período de 2009 (US$ 99,2 milhões).

Às 15h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgará no site www.mdic.gov.br o detalhamento das informações sobre as exportações e importações brasileiras na primeira semana de junho de 2010.

Clique aqui e acesse os números.

MDIC – 07.06.2010

2010 está melhor para as empresas exportadoras

EQUIPE AE Agencia Estado

SÃO PAULO - O reajuste de preços de várias mercadorias importantes na pauta exportadora brasileira, o escoamento da safra agrícola e a menor volatilidade no câmbio são alguns dos fatores que têm permitido às empresas nacionais neste ano desempenho comercial com o exterior em patamares superiores aos registrados em 2009. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, as 40 maiores exportadoras brasileiras venderam nos primeiros quatro meses deste ano 45,7% a mais que no período de janeiro a abril do ano passado. Foram US$ 27,120 bilhões (FOB) no quadrimestre inicial de 2010, ante US$ 18,604 bilhões nos mesmos meses de 2009.

Dessas 40 grandes exportadoras, apenas três venderam menos em valores durante os quatro meses iniciais de 2010 em relação ao mesmo período do ano anterior: Embraer, Bunge e Amaggi. Em 2009, na comparação do acumulado de janeiro a abril com o ano anterior, nada menos que 22 companhias mostravam números de vendas inferiores ao mesmo período de 2008, entre elas a gigante Petrobras.

O avanço recebeu contribuição das altas de preços no período, mas não é possível atribuir o momento positivo apenas a esse fator. Segundo os dados da Secex, até abril a elevação média de preços foi de 15,2%, mas o quantum exportado também cresceu, com taxa média de 8,5%.

No ranking das maiores exportadoras, a Petrobras liderou até abril, com US$ 5,822 bilhões (FOB) em quatro meses, seguida pela Vale com US$ 4,060 bilhões, pela Embraer com US$ 1,122 bilhão, e pela Bunge, com US$ 1,037 bilhão. No primeiro quadrimestre de 2009, a lista era encabeçada pela Vale, seguida de Petrobras, Bunge e Embraer.Outra característica da balança até abril foi a recuperação nas exportações das montadoras. A Volkswagen, 11ª colocada entre as maiores exportadoras, vendeu 26,4% mais nos primeiros quatro meses de 2010 ante o mesmo período de 2009, enquanto a Mercedes-Benz registrou vendas externas 32,16% mais altas. Também exportaram mais a GM (+91,55%), a Fiat (+100,97%), a Ford (+63,85%) e a Renault (+136,56%). No ano passado, todas essas companhias mostravam receita de exportação menor no primeiro quadrimestre ante 2008.

Agência Estado – 06.06.2010

China tira US$ 12,6 bi do Brasil em exportações

AE Agencia Estado

PEQUIM - A concorrência de produtores chineses tirou da indústria brasileira US$ 12,6 bilhões em exportações a seus três principais mercados, entre 2004 e 2009, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que analisa os embarques para Estados Unidos, Argentina e União Europeia (UE). O levantamento mostra ainda que a disputa com a China também custou à indústria local US$ 14,4 bilhões em vendas internas. Nos seis anos analisados, a China dobrou a participação nas vendas de bens industriais à UE, para 22%, enquanto a presença do Brasil passou de 1% para 1,2%. Nos EUA, a fatia chinesa passou de 11% para 25%, enquanto a brasileira caiu de 1,2% para 1%.

Segundo a Fiesp, a principal razão para a substituição de produtos brasileiros por chineses é o câmbio, que está desvalorizado na China e valorizado no Brasil. "Enquanto a taxa de câmbio chinesa permaneceu praticamente estagnada em patamar estimulante às exportações, o Brasil assistiu a permanente valorização de sua moeda", relata o estudo. Com base em dados do instituto americano Peterson Institute for International Economics, as duas moedas estão em desequilíbrio, com o real valorizado em 16% e o yuan desvalorizado em 40%. Essa diferença torna os produtos chineses mais baratos em dólares e encarece os brasileiros, criando cenário hostil para a indústria nacional.

"A China vai ter de valorizar sua moeda em algum momento. Ela terá de ter câmbio flutuante para se integrar ao mundo de maneira competitiva e ser uma economia de mercado", disse o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, que participou na semana passada de reunião do Conselho Empresarial Brasil-China, em Xangai.

Pequim iniciou processo de valorização do câmbio em meados de 2005 e permitiu a valorização em 20% da moeda até junho de 2008, quando interrompeu o movimento em razão da crise financeira internacional. Desde então, o yuan é mantido no patamar de 6,83 por US$ 1. Apesar da pressão internacional, a China deve manter o gradualismo na política cambial e permitir tímida valorização no segundo semestre, que os analistas estimam em 3%, distante dos 40% apontados pela Fiesp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OESP – 07.06.2010

Miguel Jorge: 'Também fiquei frustrado, mas foi o que conseguimos'

Ministro defende pacote de apoio à exportação e diz que não existe invasão generalizada de produtos chineses no País

Raquel Landim, de O Estado de S. Paulo

O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, rebateu as críticas ao pacote do governo de apoio à exportação. Ele disse que os empresários sabiam que o estoque acumulado de créditos fiscais não seria discutido. "Frustração dos exportadores? Frustração minha também, mas foi o que conseguimos."

O pacote prevê a devolução em até 30 dias de metade dos créditos tributários dos exportadores a partir de agora, mas não esclarece o que vai acontecer com os R$ 10 bilhões já em mãos do governo. Associações de exportadores classificaram o pacote de "calote oficial".

Jorge disse ainda que não existe invasão chinesa e que casos pontuais estão sendo combatidos com antidumping. Ele atribui o déficit da balança da indústria ao crescimento do País e à compra de máquinas.

Soja, minério e petróleo são responsáveis por metade do crescimento das exportações. O sr. está preocupado com a mudança na pauta exportadora?

Preocupado, não, porque é uma vantagem termos commodities para exportar. Com a Europa em crise, os Estados Unidos patinando, anunciar em maio revisão da previsão de exportações, de US$ 160 bilhões para US$ 180 bilhões, é alentador para o País. Significa que manteremos um superávit razoável.

Mas o déficit da indústria estava em US$ 7 bilhões apenas no primeiro trimestre.

Temos de avaliar por que isso ocorre. O crescimento das vendas de eletroeletrônicos, por exemplo, é impressionante. Em Manaus, o aeroporto não dá conta da chegada de material eletrônico importado. Parte disso é o mercado interno em crescimento. A indústria brasileira está crescendo. Seria um problema se as importações fossem de bens de consumo, mas compramos insumos e máquinas.

A crise europeia vai impactar a balança?

Claro, porque reduz a atividade econômica da região. Ao contrário do que fez o Brasil, é impossível aumentar o consumo na Europa. Já era difícil antes e ainda mais agora, com cortes de salários, pensões e aposentadorias. O comércio na Europa está praticamente paralisado.

Os exportadores classificaram como "calote oficial" o pacote do governo. O que o sr. achou?

Todos os exportadores sabiam desde o começo das conversas que não trabalharíamos no estoque (dos créditos), mas no fluxo. O estoque é alto e o governo não tem dinheiro para devolver tudo de uma vez. Isso vai ter de ser resolvido de alguma forma, mas interromper o fluxo já é da maior importância. Também ninguém é obrigado a aceitar. Se acham que não é bom, não façam. Se quiserem continuar mantendo seus créditos retidos, não entrem no programa. Foi o que nós conseguimos.

Qual foi sua avaliação pessoal do pacote?

Foi um avanço. As pessoas têm o direito de ter a memória curta e cobrar mais. É natural. Mas nos últimos anos fizemos o drawback verde e amarelo e o drawback integrado. Agora, numa situação de crise, está mais difícil exportar. As reclamações são naturalmente maiores. O estoque não foi aprovado nem no Congresso. É uma frustração do exportador? É uma frustração minha também. Gostaria muito que tivesse sido resolvido, mas não foi possível.

Muita coisa ainda não está clara sobre o Eximbank (banco de financiamento das exportações).

Não está claro porque estamos definindo uma série de coisas. Temos de definir até onde vai funcionar o Eximbank. Temos de alugar um prédio no Rio de Janeiro, que será a sede do banco, porque, como é subsidiária do BNDES, é mais simples.

Quanto o Exim vai emprestar?

O capital do banco deve começar próximo de dois dígitos, mas tem uma capacidade de alavancagem. Perto de R$ 10 bilhões. Você alavanca isso algumas vezes - e é isso que temos de definir ainda. No início, a grande vantagem do Exim é concentrar tudo em um lugar só. Hoje o exportador tem de discutir com muita gente.

Ainda existem muitas linhas de financiamento à exportação no Banco do Brasil ...

Desde o começo, falamos que as linhas do BB continuariam, porque o banco é capitalizado. Não é possível trabalhar com exportadores do Rio Grande do Norte por meio do BNDES, que só tem uma agência no Rio.

Então a vocação do Eximbank é para os grandes exportadores?

No começo, sim, porque os pequenos estão espalhados pelo País inteiro. Estamos trabalhando com a Caixa Econômica Federal para também criar uma área de exportação. Já conversamos sobre isso, mas hoje todo o esforço da Caixa está concentrado no Minha Casa, Minha Vida. E com razão, porque o programa habitacional é prioritário.

O capital do BNDES cresceu muito. Qual é a perspectiva?

Não acredito que reduza. Pelo que você ouve dos candidatos, a tendência é crescer. Os três candidatos (Dilma, Marina e Serra) falam que as exportações vão ser prioridade. Você não pode ficar só com o mercado interno. Mas também não pode criar uma dependência da exportação tão grande como alguns países fizeram.

Há uma grande preocupação com as contas externas em 2011. É por isso que a exportação deve ser prioridade?

Já é uma prioridade nesse governo. O presidente Lula sempre me pergunta como estão as exportações e como vai ser o superávit. Tínhamos exportado US$ 200 bilhões antes da crise. A previsão era crescer 10%, para US$ 220 bilhões. Mas, dois anos depois da crise, vamos exportar US$ 40 bilhões a menos do que gostaríamos.

Existem setores se queixando de invasão de produtos chineses. O governo estuda alguma medida para conter as importações?

Ao avaliar os números, vemos que não existe invasão chinesa. Se existe dentro das regras do jogo, é porque ocorre algum problema no processo de produção interno. Se for por concorrência desleal, vamos aplicar antidumping. Temos aplicado bastante, mas não só contra a China, como também contra Suíça, EUA, Canadá. Uma das dificuldades para exportar hoje é que os grandes países exportadores querem ocupar espaço, inclusive em países em que tínhamos uma boa posição.

Aumentou muito a concorrência. Por isso, foi tão acertada a decisão do presidente Lula de diversificar as exportações. Antes ninguém falava em vender para a África ou Oriente Médio. Na Venezuela, um país tão criticado, as exportações subiram de US$ 500 milhões em 1999 para mais de US$ 5 bilhões em 2008. E é um vizinho, com uma fronteira de centenas de quilômetros com o Brasil. Não podemos simplesmente colocar mecanismos contra a importação. Tudo que fizermos será dentro das regras da OMC (Organização Mundial de Comércio).

O governo se preocupa com esse maior apetite dos estrangeiros pelo mercado brasileiro?

Temos de trabalhar com inovação e produtividade. O futuro do Brasil está na inovação. As empresas inovadoras exportam 50% a mais que as outras. Não é uma questão de curto prazo. Os problemas do passado se refletem até hoje. O apagão mais sério hoje é o de mão de obra. Não temos engenheiros. Durante anos, eles foram para o sistema financeiro.

O Brasil vai retaliar a Argentina por causa dos bloqueios às importações de alimentos?

Por enquanto, não. Houve um compromisso da presidente Cristina Kirchner com o presidente Lula. Ela garantiu que isso não aconteceu e não vai acontecer. Vamos acompanhar.

OESP – 06.06.2010

Miguel Jorge: pacote para exportação 'foi um avanço'

AE Agencia Estado

SÃO PAULO - O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, rebateu as críticas ao pacote do governo de apoio à exportação. Ele disse que os empresários sabiam que o estoque acumulado de créditos fiscais não seria discutido. "Foi um avanço. As pessoas têm o direito de ter a memória curta e cobrar mais. É natural. Mas nos últimos anos fizemos o drawback verde e amarelo e o drawback integrado. Agora, numa situação de crise, está mais difícil exportar. As reclamações são naturalmente maiores. O estoque não foi aprovado nem no Congresso. É uma frustração do exportador? É uma frustração minha também. Gostaria muito que tivesse sido resolvido, mas não foi possível", afirmou.

O pacote prevê a devolução em até 30 dias de metade dos créditos tributários dos exportadores a partir de agora, mas não esclarece o que vai acontecer com os R$ 10 bilhões já em mãos do governo. Associações de exportadores classificaram o pacote de "calote oficial". "Todos os exportadores sabiam desde o começo das conversas que não trabalharíamos no estoque (dos créditos), mas no fluxo. O estoque é alto e o governo não tem dinheiro para devolver tudo de uma vez. Isso vai ter de ser resolvido de alguma forma, mas interromper o fluxo já é da maior importância. Também ninguém é obrigado a aceitar. Se acham que não é bom, não façam. Se quiserem continuar mantendo seus créditos retidos, não entrem no programa", disse o ministro.

Jorge afirmou ainda que não existe invasão chinesa e que casos pontuais estão sendo combatidos com antidumping. "Temos aplicado bastante, mas não só contra a China, como também contra Suíça, EUA, Canadá", conta. Ele atribui o déficit da balança da indústria ao crescimento do País e à compra de máquinas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OESP – 07.06.2010

Euro é cotado a menos de US$ 1,19 pela primeira vez em 4 anos

DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO

O euro caiu nesta segunda-feira a menos de US$ 1,19 pela primeira vez em quatro anos como consequência das novas inquietações em relação à situação financeira da Europa depois das declarações alarmistas feitas pela Hungria.

Às 00h30 (horário de Tóquio), a moeda única europeia era negociada a US$ 1,1888, seu nível mais baixo desde março de 2006. Na sexta-feira, às 21h, era cotado a US$ 1,1972.

Em relação à moeda japonesa, o euro estava em seu nível mais baixo em mais de oito anos, a 108,35 ienes às 00h30, contra 110,01 ienes na sexta-feira às 21h.

Funcionários do governo de Budapeste alertaram sobre a má situação econômica do país, apesar dos 20 bilhões de euros colocados à disposição pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), pela União Europeia e pelo BCE (Banco Central Europeu) desde o outono de 2008 no Hemisfério Norte.

Essas declarações reavivaram a inquietação dos investidores em relação à moeda única europeia, cujo valor baixou fortemente nas últimas semanas por conta dos problemas fiscais da Grécia.

Folha de São Paulo – 07.06.2010

Euro se recupera após atingir nova mínima desde 2006 ante dólar

Às 10h20 (de Brasília), o euro diminuía a queda para US$ 1,1951, de US$ 1,1962 no fim da tarde de sexta-feira, depois de ter operado abaixo de US$ 1,19 no início do dia

Danielle Chaves, da Agência Estado

LONDRES - O euro se recuperou nesta manhã, depois de atingir no início do dia o nível mais baixo diante do dólar desde março de 2006, mas os investidores mantém a moeda sob pressão por causa dos receios de que a crise de dívida da zona do euro esteja se espalhando. Dados melhores do que o esperado sobre encomendas à indústria da Alemanha dão suporte à moeda.

Às 10h20 (de Brasília), o euro diminuía a queda para US$ 1,1951, de US$ 1,1962 no fim da tarde de sexta-feira, depois de ter operado abaixo de US$ 1,19 no início do dia. O dólar subia para 91,81 ienes, de 91,60 ienes na sexta-feira, e o euro avançava para 109,72 ienes, de 109,56 ienes. A libra recuava para US$ 1,4491, de US$ 1,4499, e o dólar era cotado a 1,1627 franco suíço, de 1,1623 franco. O índice do dólar estava em 88,239, de 88,271.

Apesar da leve recuperação, o euro ainda enfrenta pressões e pode cair até US$ 1,1645 no curto prazo, segundo analistas, enquanto os investidores se preocuparem com a crise de dívida que começou na Grécia e que parece ter extrapolado as fronteiras da zona do euro, atingindo agora a Hungria.

Na sexta-feira o euro caiu abaixo da marca de US$ 1,20 - sua média em 10 anos - e um recuo para menos de US$ 1,18 significaria que a moeda atingiu o menor nível desde que foi lançada, em 1999. Durante a madrugada desta segunda-feira, o euro chegou a uma nova mínima histórica diante do franco suíço, a 1,3853 franco.

O euro é visto como uma moeda que corre o risco de ter uma desvalorização ainda mais rápida e a crise de dívida europeia vem se transformando em um debate fundamental sobre como a União Europeia vai sobreviver. Esperava-se que a crise de dívida soberana continuasse conforme os investidores transferissem a atenção de um país endividado para outro. Mas agora os investidores parecem estar colocando um olho crítico sobre todo o sistema do euro.

Uma intervenção oficial para colocar a moeda novamente no caminho da valorização é considerada a única fonte significativa de estímulo, mas isso não parece estar na agenda. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado – 07.06.2010

Economia dos EUA preocupa e Hungria abala mercados globais

DA REUTERS, EM LONDRES
DA FRANCE PRESSE, EM TÓQUIO

As Bolsas de Valores mundiais operavam em queda nesta segunda-feira e o euro atingiu mínimas em quatro anos ante o dólar (batendo US$ 1,19), com os investidores reagindo a sinais de desaceleração na retomada econômica dos Estados Unidos e a preocupações com a dívida no Leste Europeu.

Dados fortes sobre as encomendas à indústria alemã (de aumento de 2,8% em abril), no entanto, melhoraram um pouco o humor.

O índice de ações globais MSCI caía 1,02% e a medida dos mercados emergentes perdia 2,3% às 7h38 (horário de Brasília).

A Bolsa de Tóquio fechou nesta segunda-feira com o índice Nikkei perdendo 3,84%, a 9.520,80 pontos, seu nível mais baixo em mais de seis mess, vítima das cifras decepcionantes do emprego nos Estados Unidos, do temor da saúde econômica de vários países europeus e da queda do euro.

Depois de uma sessão negativa, o Nikkei terminou cedendo 380,39 pontos (-3,84%). Trata-se de seu nível mais baixo de fechamento desde 30 de novembro de 2009.

Os investidores venderam ações na sexta-feira após dados sobre o emprego nos EUA terem decepcionado. A economia norte-americana criou menos postos de trabalho que o esperado, e uma grande porção deles veio de contratações temporárias para o censo.

Isso gerou preocupações de que a recuperação na maior economia do mundo pode não ser tão forte quanto o imaginado.

Outros temores se concentravam na Hungria, onde autoridades do partido governista sugeriram que há apenas uma pequena chance do país evitar uma crise de dívida similar à da Grécia.

"Os dados sobre o emprego podem ter mudado um pouco a confiança do mercado porque os números desse importante indicador mostraram o que as pessoas estavam suspeitando há algum tempo: que a recuperação econômica norte-americana pode estar desacelerando um pouco", disse Hiroaki Osakabe, gerente de fundos da Chibagin Asset Management no Japão.

"Então você tem isso combinado com sinais de que os problemas de dívida da zona do euro podem ter raízes profundas. Colocados juntos, ambos estão gerando vendas."

A Hungria tem importância mínima em nível global, mas há preocupações sobre a exposição de bancos se o país declarar moratória ou se a queda do florim húngaro impulsionar a alta na inadimplência de empréstimos entre húngaros que tomaram muito emprestado em euros e francos suíços.

O índice das ações europeias FTSEurofirst 300 perdia 0,30%, para 995 pontos. A queda foi amenizada pela alta de 2,8% das encomendas à indústria da Alemanha em abril ante março, ante expectativa do mercado de 0,2%. Mais cedo, o Nikkei do Japão fechou em queda de 3,84%.

O euro era cotado a US$ 1,1985, após ter chegado a US$ 1,1876 mais cedo, o menor valor desde março de 2006.

Folha de São Paulo – 07.06.2010

Governo alemão delibera sobre maior pacote da economia da história

DA EFE, EM BERLIM

O governo alemão continuou nesta segunda-feira com as deliberações sobre o maior pacote de ajuste da história do pós-guerra no país, que terá como meta economizar cerca de 10 bilhões de euros (US$ 11,97 bilhões) anuais entre 2011 e 2016.

Entre os partidos do governo há divergências sobre se as altas fiscais devem ser parte do pacote de ajuste, cujos detalhes espera-se que sejam divulgados ao longo do dia.

O FDP (Partido Liberal), parceiro minoritário da coalizão de governo, é contrário a fazer o ajuste através de aumentos de impostos e considera que a fórmula adequada é fazer cortes nos orçamentos de todas as pastas, especialmente na de Trabalho e Assuntos Sociais, e na redução de subvenções.

No entanto, o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble expressou suas dúvidas sobre se só através da economia se possa conseguir o objetivo de chegar a ter um orçamento equilibrado no mais tardar em 2020.

Merkel também não descarta altas de impostos, embora tenha dito que a atenção deve ser posta no controle da despesa e não no aumento da receita fiscal.

No final espera-se que o FDP ceda e aceite uma mistura de cortes orçamentários e altas de impostos pontuais.

O IVA (Imposto sobre Valor Agregado) está na mira de muitos e uma proposta concreta é a de eliminar sua taxa reduzida para alguns produtos -- que pagam uma tarifa privilegiada de 7% -- e aplicar sempre uma taxa de 19%.

Essa medida, segundo o economista Wolfgang Franz, traria ao fisco 20 bilhões de euros.

No entanto, tudo indica que a parte principal do pacote afetará antes de tudo a despesa social e as ajudas aos desempregados de longa duração.

As organizações empresariais são partidárias de evitar na medida do possível as altas de impostos e algumas delas insistem no corte da despesa social.

O presidente da Confederação de Sindicatos Alemães, Michael Sommer, por sua vez, anunciou resistência contra os planos de economia e contra cortes sociais.

"A intenção é clara: se quer passar a fatura para os mais pobres para proteger os ricos. Isso é algo que não podemos aceitar", declarou hoje Sommer ao canal "ARD".
O SPD (Partido Social-Democrata), o principal na oposição, advertiu que os cortes sociais podem colocar em perigo a paz social.

Folha de São Paulo – 07.06.2010

Merkel anuncia cortes nos gastos de 80 bilhões de euros na Alemanha

DA EFE, EM BERLIM

A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou nesta segunda-feira o mais drástico plano de cortes de gastos na história da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial, no valor de 80 bilhões de euros (US$ 95,73 bilhões) até 2014.

"Temos de assegurar o futuro de nosso país", disse Merkel em entrevista coletiva após dois dias de reunião extraordinária de seu conselho de ministros para detalhar as medidas de economia.

Mais cedo, o governo alemão havia divulgado deliberações sobre o pacote de ajuste com meta de economizar cerca de 10 bilhões de euros (US$ 11,97 bilhões) anuais entre 2011 e 2016.

Entre os partidos do governo há divergências sobre se as altas fiscais devem ser parte do pacote de ajuste, cujos detalhes espera-se que sejam divulgados ao longo do dia.

Folha de São Paulo – 07.06.2010

FMI vê exagero em reação à situação da zona do euro

LIGIA SANCHEZ Agencia Estado

LUXEMBURGO - Os problemas enfrentados na zona do euro (grupo das 16 nações que adotam a moeda única) são sérios, mas a resposta dos investidores pode ter sido exagerada, disse o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, em reunião com ministros de finanças europeus. "Como sabemos, a situação é muito séria, mas é impressionante ver como os europeus são capazes de reagir prontamente", declarou Strauss-Kahn. "Agora, a questão é operacionalizar tudo isto".

Em sua opinião, os investidores logo terão uma visão realista do tamanho dos problemas enfrentados pela zona do euro. "Em breve, as pessoas voltarão à realidade dos números. A pressão colocada sobre a situação europeia foi provavelmente exagerada". O ministro de finanças holandês, Jan Kees de Jager, disse não ter dúvidas de que a zona do euro sobreviverá, embora os governos tenham ainda de cortar déficits orçamentários rapidamente. "Os europeus precisam fazer sua parte. Temos de consolidar. Mas, por outro lado, não tenho preocupações sobre a sustentabilidade da região."

O comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn, afirmou que o ritmo de depreciação do euro nos últimos dias é a maior preocupação para os ministros e não a taxa de câmbio que a moeda atingiu. O ministro holandês concorda. "A atual taxa de câmbio do euro está perto de sua média histórica", disse Jager.

Os ministros de finanças europeus tentarão acordar detalhes importantes do chamado "veículo de propósito especial (SPV, em inglês)", que usarão para emitir títulos nos mercados de capitais internacionais. Os fundos levantados pelo SPV serão usados para prover até 440 bilhões de euros aos países da UE que enfrentam problemas para obter empréstimos a taxas de juros acessíveis.

Também participando da reunião, o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, afirmou que os ministros de finanças vão decidir sobre os detalhes do SPV ainda hoje. "Este instrumento de estabilização imita títulos em euro sem ser um título em euro". As informações são da Dow Jones.

Agência Estado – 07.06.2010

Países em desenvolvimento da Ásia devem crescer 7%, estima ONU

DA REUTERS, EM HO CHI MINH CITY (VIETNÃ)

A ONU (Organização das Nações Unidas) espera que as economias em desenvolvimento da Ásia cresçam cerca de 7% neste ano.

A organização alertou, no entanto, que uma nova recessão nos países desenvolvidos pode reduzir essa expansão em até 1 ponto percentual, segundo um secretário-geral assistente.

"Se houver uma nova recessão, então teríamos que repensar as taxas de crescimento", disse Ajay Chhibber à "Reuters" nesta segunda-feira.
"Eu acho que os riscos para o crescimento serão pequenos. Haveria uma redução de no máximo um ponto percentual na taxa geral de crescimento."

Folha de São Paulo – 07.06.2010

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