quarta-feira, 2 de junho de 2010


NOTÍCIAS

Governo ajusta meta de exportações deste ano para US$ 180 bilhões

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo aumentou de US$ 168 bilhões para US$ 180 bilhões a meta de exportações para 2010. O valor representa 17,6% a mais que os US$ 152,9 bilhões exportados em 2009. Segundo o secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral, a elevação decorreu do desempenho das vendas externas neste ano.

De janeiro a maio, o país exportou US$ 72 bilhões, recorde histórico para o período, chegando a superar os mesmos meses de 2008, antes do início da crise econômica. Na avaliação do secretário, apesar do crescimento, o Brasil precisa estar atento para melhorar a competitividade porque o crescimento das exportações deu-se, fundamentalmente, em razão das vendas de petróleo, minério de ferro e soja em grãos.

“Esses produtos responderam por 53% do crescimento das exportações entre maio de 2009 e maio de 2010. Isso pode ser perigoso caso o país se torne dependente dos preços mundiais das commodities”, disse Barral.

Para o secretário, a alta nas exportações das commodities é consequência, principalmente, da elevação da cotação internacional do petróleo, que aumentou 104,7% nos últimos 12 meses, e do preço do minério de ferro, que subiu 78,3% no mesmo período. Em relação aos produtos industrializados, a quantidade exportada aumentou, mas os preços ficaram praticamente estáveis.

“Para continuar a diversificar as exportações, o Brasil tem de aumentar a competitividade. Os preços das mercadorias industrializadas estão caindo por causa da queda de demanda na Europa e nos Estados Unidos, o que acirra a concorrência e obriga o país a cortar custos como tributos, câmbio e logística”, declarou Barral.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, o agravamento da crise econômica na União Europeia ainda não se refletiu nas vendas para a região. As exportações para o bloco econômico aumentaram de US$ 144,1 milhões em março para US$ 174,2 milhões no mês passado.

Entre os principais países da região, as vendas caíram apenas para a Espanha. Segundo Barral, no entanto, essa queda aconteceu porque não houve embarques de petróleo para aquele país no mês passado. “Ainda é cedo para apontar alguma tendência”, destacou o secretário.

Apesar de não ter arriscado uma avaliação dos impactos da crise na União Europeia sobre as vendas externas brasileiras, Barral admitiu que o cenário econômico na região afetou a estimativa da nova meta de exportações. “Até poderíamos ter feito uma projeção mais ambiciosa, mas preferimos ser conservadores e esperar os desdobramentos da crise na Europa”, ressaltou.

Sobre o pacote de apoio aos exportadores brasileiros, anunciado no mês passado, o secretário afirmou que levará alguns meses para os efeitos serem sentidos. “Várias medidas ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso, como a inclusão das exportações no Simples, que depende de mudança em lei complementar”, disse.

Agência Brasil – 01.06.2010

Maio registra superávit de US$ 3,443 bilhões

A balança comercial brasileira registrou, no mês de maio de 2010, superávit (diferença positiva entre as exportações e as importações) de US$ 3,443 bilhões. O valor do superávit é o maior verificado desde junho do ano passado (US$ 4,604 bilhões). No mês passado, as empresas brasileiras exportaram US$ 17,702 bilhões, com média diária de US$ 843 milhões, e importaram US$ 14,259 bilhões (média diária de US$ 679 milhões). Esses desempenhos resultaram numa corrente de comércio (soma das exportações com as importações) de US$ 31,961 bilhões, valor que também é o maior do ano.

Em maio, a média diária das exportações cresceu 40,7% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 599,2 milhões). Já em relação a abril deste ano – quando a média diária das exportações brasileiras foi de US$ 758,1 milhões – o aumento foi de 11,2%.

No mês, as exportações de básicos foram recordes para meses de maio, com embarques de US$ 8,574 bilhões. Já as vendas externas de manufaturados e os semimanufaturados somaram US$ 6,494 bilhões e US$ 2,330 bilhões, respectivamente. Na comparação com maio do ano passado, houve crescimento das exportações de produtos das três categorias: semimanufaturados (+55,3%), básicos (+52,1%) e manufaturados (+24,5%).

No grupo dos semimanufaturados, houve aumento, principalmente, nas exportações de alumínio em bruto (+219,3%), ouro em forma semimanufaturada (+187,3%), celulose (+101,5%), couros e peles (+65,1%), açúcar em bruto (+56,6%), ferro-ligas (+51,2%), semimanufaturados de ferro e aço (+25,9%) e ferro fundido (+20,4%).

Entre os básicos, o principal item exportado foi petróleo em bruto (+175,4%), seguido de minério de ferro (+159,7%), carne bovina (+46,1%), café em grão (+18,9%), carne de frango (+17,5%), soja em grão (+15,5%) e carne suína (+9,4%).

Os produtos manufaturados que mais se destacaram foram máquinas e aparelhos para terraplanagem (+225,4%), óxidos e hidróxidos de alumínio (+224,7%), veículos de carga (+118,4%), laminados planos (+75,9%), óleos combustíveis (+60,8%), autopeças (+55,8%), aviões (+38,9%), automóveis (+39,6%), bombas e compressores (+28,1%), açúcar refinado (+3,7%) e celulares (+3,2%).

Por destinos, cresceram as exportações para Europa Oriental (+91,7%), Mercosul (+60,4%), Ásia (+50,8%), América Latina e Caribe, exceto Mercosul, (+43,1%), União Européia (+27,3%), Estados Unidos (+26,4%), Oriente Médio (+15,8%) e África (+6,6%).

Importações

Por sua vez, as importações, também pelo critério da média diária, registraram incremento de 45,1% sobre maio do ano passado (US$ 468,1 milhões). Entretanto, na comparação com abril deste ano – média diária de US$ 693,9 milhões – houve queda de 2,1%.

No mês, cresceram, pela média diária, as importações de bens de consumo (+55%), combustíveis e lubrificantes (+47,9%), matérias-primas e intermediários (+45,6%) e bens de capital (+35,9%).

No segmento bens de consumo, aumentaram, principalmente, as aquisições de máquinas e aparelhos para uso doméstico, móveis, automóveis, partes e peças para bens de consumo duráveis, produtos alimentícios, de toucador, farmacêuticos, objetos de adorno, vestuário, bebidas e tabaco.

Entre os combustíveis e lubrificantes, o crescimento foi justificado pelo aumento no preço internacional de petróleo e incremento de preço e na quantidade importada de óleo diesel, gás natural e carvão.

Entre as matérias-primas e intermediários, aumentaram os desembarques de bens agropecuários não alimentícios, produtos minerais, partes e peças de produtos intermediários, acessórios de equipamentos de transporte, produtos químicos e farmacêuticos, alimentícios e matéria-prima para agricultura.

Nas compras de bens de capital, houve incremento de acessórios de maquinaria industrial, máquinas e aparelhos para escritório e científico, equipamento móvel de transporte, partes e peças para bens de capital para indústria e maquinaria industrial.

Por mercados de origem, na comparação com maio do ano passado, cresceram as compras de produtos da Europa Oriental (+149,3%), Ásia (+79,2%), Estados Unidos (+51,1%), África (+36,1%), União Européia (+27,7%), Mercosul (+24,3%) e América Latina e Caribe, exceto Mercosul (+14,7%).

Acumulado do ano

Nos 102 dias úteis acumulados de janeiro a maio de 2010, as exportações brasileiras totalizaram US$ 72,093 bilhões, com média diária de US$ 706,8 milhões, cifra 28,7% maior que a verificada no mesmo período de 2009 (US$ 549,3 milhões).

Até maio, foram registrados aumento nas exportações de produtos das três categorias: básicos (+36%, para US$ 31,058 bilhões), semimanufaturados (+35,8%, para US$ 9,833 bilhões) e manufaturados (+19,4%, para US$ 29,607 bilhões).

Entre os básicos, cresceram as vendas de petróleo em bruto (+208%), minério de cobre (+145%), carne bovina (+44,2%), minério de ferro (+28,3%), carne de frango (+18,9%), café em grão (+17,7%), carne suína (+12,6%), soja em grão (+11,6%) e farelo de soja (+1,9%).

Nos embarques de semimanufaturados, aumentaram couros e peles (+77%), ferro-ligas (+58,4%), açúcar em bruto (+57,9%), celulose (+55,6%), semimanufaturados de ferro e aço (+44,8%) e ouro em forma semimanufaturada (+31,7%).

No grupo de manufaturados, destacaram-se óleos combustíveis (+122,7%), veículos de carga (+74,4%), óxidos e hidróxidos de alumínio (+71,9%), automóveis (+46,9%), autopeças (+44,6%), bombas e compressores (+38,0%), laminados planos (+36,2%), açúcar refinado (+28,9%), pneus
(+20,2%), polímeros plásticos (+18,0%) e calçados (+11%).

Importação

As importações, no mesmo período, chegaram a US$ 66,476 bilhões, com uma média diária de US$ 651,7 milhões, valor 42,5% acima da registrada de janeiro a maio do ano passado (US$ 457,2 milhões).

De janeiro a maio, foram registrados aumento nas importações de todas as categorias de uso: combustíveis e lubrificantes (+64,7%), bens de consumo (+47,2%), matérias-primas e intermediários (+46,5%) e bens de capital (+21,5%).

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MDIC – 01.06.2010

Mantega e Miguel Jorge devem analisar em Buenos Aires equilíbrio da balança comercial argentina

Luiz Antônio Alves
Correspondente da Agência Brasil na Argentina

Buenos Aires - O governo Cristina Kirchner, ao contrário das expectativas de exportadores e importadores brasileiros e argentinos, não se manifestou ontem (1º) sobre a entrada em vigor de barreiras comerciais contra alimentos enlatados que tenham similares produzidos pela indústria local. As supostas barreiras, baseadas numa determinação apenas verbal do secretário de Comércio Interior, Guillhermo Moreno, deveriam valer a partir de 1º de junho.

No entanto, no começo da noite, a ministra da Indústria e Turismo, Débora Giorgi, divulgou comunicado à imprensa tocando indiretamente no assunto. Segundo ela, na semana que vem os ministros brasileiros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, estarão em Buenos Aires para analisar com o governo argentino o desenvolvimento de ferramentas comerciais que permitam equilibrar a balança comercial entre o Brasil e o país vizinho.

A ministra disse que informações divulgadas no início desta semana pela Secretaria de Comércio Exterior do Brasil mostram que a balança comercial é desfavorável ao país vizinho em US$ 920 milhões. "Parece incrível que continuemos escutando algumas vozes relacionadas ao setor de importação que colocam fantasmas na relação comercial entre o Brasil e a Argentina, que é profunda mas também precisa percorrer o caminho do equilíbrio", disse, ao se referir ao que chamou de "contexto deficitário para a Argentina".

O encontro ministerial anunciado por Débora Giorgi será em Buenos Aires, em dia ainda não marcado, e terá a participação do ministro argentino da Economia, Amado Boudou. Segundo ela, a reunião foi acertada entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner, na semana passada, quando eles se encontraram no Rio de Janeiro durante o Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.

Os ministros brasileiros e argentinos discutirão um sistema de pagamentos em moeda local para a área de importação e exportação, a integração das cadeias produtivas e o financiamento de exportações com fundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além da eliminação de barreiras ao mercado brasileiro.

A ministra da Indústria disse ainda em seu comunicado que a atividade econômica na Argentina registrou crescimento de 6,4% no primeiro trimestre de 2010 e aumento de 9,2% no período de janeiro a abril. Segundo Giorgi, o crescimento industrial impulsiona a maior importação de bens de capital, partes e peças e insumos como ferro, que não é produzido no país.

Edição: Juliana Andrade

Agência Brasil – 02.06.2010

Fluxo cambial em maio até 28 é positivo em US$ 2,707 bilhões

No acumulado do mês, o fluxo comercial foi positivo em US$ 2,351 bilhões

Fábio Graner, da Agência Estado

BRASÍLIA - Restando apenas um dia útil para acabar o mês, o fluxo cambial em maio até dia 28 foi positivo em US$ 2,707 bilhões, de acordo com dados divulgados há pouco pelo Banco Central. No acumulado do mês, o fluxo comercial foi positivo em US$ 2,351 bilhões, resultado de exportações de US$ 15,354 bilhões e importações de US$ 13,003 bilhões. O fluxo financeiro no mês até dia 28 tem saldo positivo de US$ 357 milhões, resultado de ingressos de US$ 30,002 bilhões e saídas de US$ 29,646 bilhões.

Somente na semana passada, o fluxo cambial foi positivo em US$ 1,185 bilhão.

Mas, nesse período, o fluxo comercial foi negativo em US$ 453 milhões, enquanto o fluxo financeiro foi positivo em US$ 1,638 bilhão. No mês passado até dia 28, o BC adquiriu no mercado à vista US$ 4,172 bilhões, volume 54,1% superior ao fluxo cambial registrado no mês. Mas, considerando somente a semana passada, o BC adquiriu US$ 110 milhões, volume bem menor do que o fluxo verificado no período, de US$ 1,185 bilhão.

No acumulado do ano, o fluxo cambial é positivo em US$ 7,745 bilhões, enquanto as compras do BC no mesmo período somaram US$ 12,147 bilhões (56,8% a mais do que o fluxo do período).

De janeiro a maio de 2009, quando a crise econômica internacional ainda estava no auge, o fluxo cambial foi positivo em US$ 1,590 bilhão e o BC vendeu, em termo líquidos, US$ 692,5 milhões no mercado à vista.

No acumulado de janeiro a maio de 2010, o fluxo comercial é positivo em US$ 1,681 bilhão, resultado de exportações de US$ 65,133 bilhões e importações de US$ 63,452 bilhões. Em igual período do ano passado, o fluxo comercial era positivo em US$ 12,975 bilhões, resultado de exportações de US$ 59,135 bilhões e importações de US$ 46,159 bilhões. O fluxo financeiro no acumulado deste ano até 28 de maio é positivo em US$ 6,064 bilhões, resultado de entradas de US$ 132,576 bilhões e saídas de US$ 126,512 bilhões. De janeiro a maio de 2009, o fluxo financeiro teve déficit de US$ 11,385 bilhões, resultado de entradas de US$ 105,606 bilhões e saídas de US$ 116,992 bilhões.

Agência Estado – 02.06.2010

Obras de aeroportos estão atrasadas, indica balanço do PAC

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Das 1.587 ações de infraestrutura logística previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), 67% estão concluídas e 27% estão com a execução adequada. De acordo com o décimo balanço do programa, que foi apresentado hoje (2), 5% das ações merecem atenção e 1% tem andamento considerado preocupante.

Entre as obras que estão com a execução classificada como preocupante estão a reforma do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, o terminal de passageiros dos aeroportos de Vitória e de Macapá e a dragagem na Hidrovia Paraguai-Paraná.

Segundo o documento apresentado hoje, a restrição para a conclusão da reforma e ampliação do terminal de passageiros do aeroporto de Brasília é a morosidade na elaboração do projeto básico da obra, que está 42% realizado. A previsão é que esse documento seja concluído até o fim de agosto, o que irá permitir o início do projeto executivo. A licitação das obras está prevista para o começo de outubro. Já as obras dos aeroportos de Vitória e Macapá estão emperradas por causa de questionamentos judiciais.

A dragagem e o derrocamento (retirada de pedras) da Hidrovia Paraguai-Paraná, prevista para estar concluída em maio do ano que vem, estão parados por falta de licenciamentos ambientais. O investimento previsto na obra, que está sendo executada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é de R$ 20 milhões.

Entre as ações concluídas estão a pista do Aeroporto de Congonhas (SP), o terminal de passageiros do Aeroporto Santos Dumont (RJ), a segunda etapa de concessões rodoviárias e a dragagem do canal de acesso ao Porto de Itaguaí.

A terceira etapa de concessões rodoviárias, que envolve a BR-116 e a BR-040, estava com o andamento adequado no balanço anterior, e agora está com o selo amarelo, que indica que a obra merece atenção especial. Isso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu um acórdão pedindo a elaboração de novos estudos de viabilidade técnica e audiências públicas sobre a obra, o que atrasaria as concessões em até três anos.

A duplicação do trecho Sul da BR-101 e a restauração da BR-319, entre Manaus e Porto Velho, também estão com o selo amarelo.

Em relação aos valores das ações, 48% estão concluídos, 40% apresentam andamento adequado e 12% estão em atenção.

Edição: Juliana Andrade

Agência Brasil – 02.06.2010

Jobim rebate estudo do Ipea sobre aeroportos e diz que trabalho do instituto é desqualificado

Ministro da Defesa aponta supostos erros e omissões em material que aponta capacidade acima do limite em alguns dos principais aeroportos brasileiros

Leonardo Goy, da Agência Estado

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, rebateu vigorosamente o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado esta semana, que levantou graves problemas nos aeroportos brasileiros. Em entrevista durante divulgação do 10º balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nesta quarta-feira, 2, Jobim chegou a dizer que o trabalho do Ipea "é totalmente desqualificado". Ele gastou alguns longos minutos apontando omissões e supostos erros do estudo do Ipea, relativos tanto à gestão do setor, quanto aos investimentos já feitos pela Infraero.

Jobim também questionou a principal acusação feita pelo Ipea de que alguns dos principais aeroportos do país já estão com sua capacidade de operação estourada. Ele afirmou que o Ipea, por exemplo, informou no estudo que a capacidade por hora, no aeroporto de Brasília é de 36 pousos e decolagens. "E na verdade é de 45", disse. No caso de Manaus, Jobim argumenta que o aeroporto pode realizar 12 operações por hora e não 9, como consta no relatório do Ipea. "Os dados são absolutamente errados", disse o ministro.

O ministro negou, mais uma vez, que o governo pretenda privatizar os aeroportos neste momento e sobre uma eventual capitalização da Infraero. Ele reiterou que antes de qualquer coisa é preciso reestruturar a empresa, já que hoje ela não tem patrimônio. Ele lembrou que a Infraero é apenas a gestora dos aeroportos e não tem a concessão deles, o que dificultaria uma abertura de capital.

Agência Estado – 02.06.2010

BCs mundiais não pretendem parar de investir no euro

DA REUTERS, EM TÓQUIO

Alguns dos maiores bancos centrais do mundo não vão parar de investir no euro, apoiando sua condição de moeda global apesar das crise de dívida da Europa, disseram fontes governamentais.

Embora tanto a zona do euro quanto os Estados Unidos tenham desafios fiscais significativos, a liquidez de suas divisas e a dificuldade de mudar portfólios tão grandes significam que não há alternativas no curto prazo, disseram fontes oficiais do Brasil, da Índia, do Japão e da Coreia do Sul à Reuters em entrevistas separadas.

"Mesmo se o dólar ou o euro estiverem em apuros, há algum outro lugar para se investir? Não mesmo. É necessário haver um certo grau de liquidez", disse uma autoridade do governo japonês, que pediu para não ser identificada.

"As moedas de países com controles de capital não funcionarão, também. Isso nos deixa com poucas opções", disse a autoridade.

A reserva de US$ 1,05 trilhão do Japão só é superada pelos US$ 2,45 trilhões da China.

Os comentários sugerem que os ministros das Finanças e banqueiros centrais do G20, reunidos na Coreia do Sul nos dias 4 e 5 de junho, tentarão passar uma mensagem de tranquilidade e estabilidade aos mercados financeiros, após o euro ter caído 10% desde abril, para mínimas em quatro anos ante o dólar.

Fontes no Japão e na Índia, no entanto, tinham cautela sobre a capacidade de países europeus impedirem que seus deficits se tornem estruturais e sobre a possibilidade da crise de dívida se espalhar.

"Se a Europa não fizer um esforço para aliviar as preocupações do mercado, não adianta pedir aos gerentes de reservas para não venderem o euro", disse outra autoridade governamental japonesa.

Não especulamos

Poucos gerentes de reservas revelam a composição de seus portfólios, ainda que muitos economistas acreditem que os bancos centrais estejam gradualmente trocando dólares por euros para diversificar os riscos.

O Banco Central brasileiro tem de 6% a 6,5% de suas reservas de US$ 249,5 bilhões em euros, disse uma fonte do governo.

A crise de dívida soberana da zona do euro não afetará a composição das reservas internacionais do Brasil porque ela é baseada na dívida pública e privada do país, disse a fonte, que não quis ser identificada.

"Se nós encerrarmos essa política, nós vamos nos tornar especuladores. Nós estaremos apostando que uma determinada moeda vai se fortalecer ou se enfraquecer. Nós não fazemos isso", acrescentou a fonte.

"Nós, portanto, não tocaremos na mistura de euro, iene e dólar."

Alguns investidores e economistas admitem a possibilidade de que o cenário ruim na Europa faça os grandes bancos centrais procurarem outras divisas, como o dólar canadense ou o dólar australiano.

Contudo, todas as fontes entrevistadas ressaltaram que suas reservas internacionais são mantidas para manter a estabilidade cambial e macroeconômica, e que o euro ainda corresponde a esse objetivo.

Uma fonte do círculo financeiro russo disse que os gerentes de reservas não poderão migrar em massa para o dólar australiano pois simplesmente não há ativos suficientes.

"Isso não é verdade só para o dólar australiano, é verdade para outras moedas, exceto o euro e o dólar -- você não pode comparar nenhuma outra moeda a eles", disse a fonte.

Lee Eung-baek, diretor-geral da agência de investimentos do Banco da Coreia, disse que há um espaço muito limitado para usar outra moeda que não seja o dólar e o euro.

"Há poucas alternativas, mesmo se olharmos em uma base de longo prazo", disse Lee. "É difícil ter mais de duas ou três moedas de reserva."

Yuan

O Banco da Coreia disse no final de 2009 que 63% das suas reservas são em dólar.

O yuan, que ainda não é conversível por motivos puramente financeiros, é visto como uma possibilidade muito distante e é improvável que seja uma moeda de reserva estabelecida nas próximas décadas, acrescentou Lee.

O banco central da Índia não tem exposição significativa ao euro, embora tenham ocorrido alguns "ajustes" das reservas para proteger o portfólio, disse uma autoridade com conhecimento direto sobre o gerenciamento das reservas indianas.

Porém, uma fonte do Ministério das Finanças indiano disse que é muito cedo para considerar uma mudança na estrutura das reservas, uma vez que o próprio euro não está ameaçado fundamentalmente.

"Não é fácil excluir moedas como o dólar, a libra e o euro da noite para o dia. A não ser que a crise se espalhe, não acho que há necessidade disso", disse a fonte.

Folha de São Paulo – 02.06.2010

Sindicatos europeus planejam grande protesto contra medidas

REUTERS

Os sindicatos europeus anunciaram nesta quarta-feira planos de realizar um "Dia Europeu de Ação" em 29 de setembro, incluindo um ato em Bruxelas, para protestar contra os cortes de custos na região.

A ação coincidirá com uma reunião de ministros das Finanças da União Europeia. Os sindicatos podem também organizar greves ou protestos em outros países, disse a Confederação Europeia de Sindicatos Comerciais após reunião de seu comitê executivo.

"Conforme os governos europeus se movem coletivamente para reduzir os gastos públicos, incluindo empregos, salários e aposentadorias, enquanto a economia europeia está frágil e vulnerável a uma nova recessão, a confederação irá se mobilizar para um resposta coletiva de sindicatos", disse.

Os organizadores esperam a participação de pelo menos 27 países da União Europeia no protesto em Bruxelas em 29 de setembro. Uma autoridade da confederação disse ainda que os sindicatos devem decidir localmente outras ações.

"Elas (ações) podem incluir paralisações, protestos e reuniões com os ministros das Finanças dos governos", acrescentou a confederação, que representa 82 organizações sindicais comerciais em 36 países.

Os governos locais estão reduzindo gastos depois que a crise de dívida da Grécia ameaçou afetar outros países.

(Por Marcin Grajewski)

OESP – 02.06.2010

Grécia anuncia privatizações nos setores dos transportes, correios e águas

DA FRANCE PRESSE, EM ATENAS

O governo grego planeja nos próximos três anos uma série de privatizações nas áreas dos transportes, correios e águas para arrecadar cerca de um bilhão de euros (US$ 1,22 bilhão) anuais, anunciou nesta quarta-feira o ministro das Finanças, Giorgos Papaconstantinou.

"A decisão do governo é a de acelerar os procedimentos de privatizações desses setores para valorizar a importante fortuna do Estado", enfatizou Papaconstantinou em coletiva de imprensa.

O governo quer vender em breve 49% da Trainose, a filial transporte do grupo ferroviário estatal OSE, 10% de sua parte nas Águas de Atenas (Eydap) e 23% de águas de Salônica, Cidade do Norte (Eyath), assim como 39% do Correio Grego (Elta), indicou o ministro.

Os lucros previstos por este programa somarão cerca de um bilhão de euros por ano até 2013, conforme memorando assinadao em maio pela Grécia, União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional) para endireitar as finanças públicas, afirmou o ministro.

Folha de São Paulo – 02.06.2010

Secex publica consulta pública para importação de 42 máquinas e equipamentos usados

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) publicou hoje (1º/6), no site www.mdic.gov.br, a Consulta Pública nº 19 de 2010, que dá visibilidade a pedidos para a importação de 42 máquinas e equipamentos usados. No Brasil, o governo federal só autoriza a importação de bens de capital usados quando não há produção nacional.

Os fabricantes brasileiros dessas máquinas e equipamentos têm 30 dias, a partir da publicação da Consulta Pública, para encaminhar manifestações sobre a existência de produção nacional ou a existência de bens substitutos capazes de atender aos fins a que se destina o material a ser importado. Essas manifestações deverão ser dirigidas ao Departamento de Operações de Comércio Exterior (Decex) da Secex, para o seguinte endereço: Protocolo Geral do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Esplanada dos Ministérios, Bloco J. Brasília / DF. CEP 70.053-900.

As manifestações devem estar acompanhadas de catálogos descritivos dos bens, contendo características técnicas, informações referentes a percentuais relativos aos requisitos de origem do Mercosul e unidades já produzidas no Brasil. Sem essas informações não será caracterizada a existência de produção nacional.

Clique aqui e acesse a Consulta Pública nº 19.

MDIC – 01.06.2010

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