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Delarue: “Nossa greve não
tem data para acabar. O Governo que mude a lei”
Vândia Ribeiro
A
declaração do presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, foi destaque em
matéria publicada na edição de terça-feira (31/7) do jornal Correio
Braziliense. No texto intitulado “Dilma suspende as negociações”, Delarue
afirma que a DEN (Diretoria Executiva Nacional) já havia antecipado que o
Governo não apresentaria uma proposta às reivindicações dos trabalhadores do
setor público na data prometida.
Na
publicação, o presidente do Sindifisco Nacional reforça que o Sindicato não
espera grandes novidades no dia 13, e tacha o adiamento estipulado pelo
Executivo de previsível. "Já havíamos adiantado isso: o governo tem
apresentado essa forma pouco honesta de negociar desde o ano passado".
A
matéria destaca ainda que, segundo o presidente do Sindicato, a proposta não
sairá em duas semanas, e o prazo será protelado novamente até o fim do mês.
“Ele acredita que, em 31 de agosto, o governo não vai acatar nenhuma das
reivindicações da categoria ou, no máximo, vai aceitar a reposição da inflação
de 2012 em 2013. Caso o Executivo opte por essa alternativa, diz Delarue, a
paralisação será mantida, mesmo após o fim do prazo para encaixe no orçamento”,
endossa a reportagem.
A
matéria aborda a indignação das carreiras do serviço público federal diante da
protelação do Governo em negociar e revela que o Ministério do Planejamento não
apresentou nenhuma justifica ao fato de, em ofício, comunicar às entidades
representativas dos servidores o adiamento das negociações. “Procurada pelo
Correio, a assessoria de imprensa da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT) do
órgão explicou que não haverá, por ora, reuniões para que as autoridades tenham
condições de trabalhar, já que, ultimamente, toda a jornada de trabalho delas
estava sendo tomada pelas negociações”, ressalta a matéria.
Será
que o Governo não se cansa de apresentar desculpas esfarrapadas para a falta de
seriedade no tratamento para com os servidores públicos federais? No caso dos
Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil), as negociações se
arrastam há mais de um ano. Foram 19 reuniões infrutíferas.
A
postura que o Governo vem adotando nas últimas semanas, com o adiamento das
rodadas de negociações, a edição do Decreto 7.777/12 e da Portaria MF
(Ministério da Fazenda) nº 260 - para tentar coagir a Classe – só aumenta a
indignação da categoria, e a empurra para acirramento das operações padrão e
crédito zero que têm surtido o efeito esperado e vem incomodando, não apenas
setores da economia, como o próprio Executivo.
Sindifisco Nacional – 31.07.2012
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